Do encobrimento da memória e do outro: uma analítica acerca dos relatos da colonização

The emergence of America is marked by controversies and by the covering up of memory and the other (Native Americans). In this perspective, this article seeks to outline an analysis of the reports of colonization, from which the figure of the Indian and his associations are created. For this, the text was divided into 5 axes. Firstly, the Salvationist myth of the good savage and the initial narrative of colonization stand out. Afterwards, it is evident that the 'Amerindian' native is decarcerated from his humanity in order to justify his exploration in the face of the New World, a fact related to the myth of modernity and the cover-up of multiplicity, which make up the third point of approach. In the fourth point, the strategy of domination present in the nomination “Indian” adopted by the Europeans to refer to the natives stands out. In the fifth point highlighted, the myth of the encounter between races that masks violence and strategies of domination of the territory is emphasized. Finally, the text ends, making a dive, submersion and emergence of the topics and points covered. We conclude that the history of the American peoples and the historiography of colonization need to be revisited in order to enhance the perception of the other side of the arrival of Europeans and the cover-up and devaluation of the memory of the peoples of America.O surgimento da América é marcado por controvérsias e pelo encobrimento da memória e do outro (nativos americanos). Nesta perspectiva, o presente artigo busca traçar uma analítica acerca dos relatos da colonização, a partir dos quais, cria-se a figura do índio e suas associações. Para isso o texto foi dividido em 5 eixos. Primeiramente, destaca-se o mito salvacionista do bom selvagem e a narrativa inicial da colonização. Após, evidencia-se a descaraterização do nativo ‘ameríndio’ de sua humanidade a fim de justificar sua exploração frente ao Novo Mundo, fato relacionado ao mito da modernidade e ao encobrimento da multiplicidade, que compõem o terceiro ponto de abordagem. No quarto ponto destaca-se a estratégica de dominação presente na nominação “índio” adotada pelos europeus para se referir aos nativos. No quinto ponto destacado ressalta-se o mito do encontro entre raças que mascara a violência e as estratégias de dominação do território. Por fim, encerra-se o texto, realizando um mergulho, submersão e emersão dos temas e pontos abordados. Conclui-se que a história dos povos americanos e a historiografia da colonização precisam ser revisitadas de forma a potencializar a percepção da outra face da chegada dos europeus e do encobrimento e desvalorização da memória dos povos originários da América