Educação infantil, atendimento educacional especializado e inclusão : o caso Laura

Esta pesquisa teve como intenção reconhecer os efeitos do Atendimento Educacional Especializado (AEE) sobre o trabalho com bebês e crianças pequenas. Para isso foi realizado um estudo de caso que inicia com os relatos/lembranças da autora como professora de Laura, uma aluna em uma Escola Infantil da rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Ampliando e dando consistência ao que se chamou “Caso Laura”, realizou entrevistas com a atual professora e monitora, assim como direção da Escola Infantil de Laura; professoras do AEE e duas coordenadoras da Educação Especial da SMED/Porto Alegre. Durante o processo de pesquisa, ainda foram realizadas observações nos atendimentos de AEE com Laura. Tinha-se como pressuposto que as intervenções da Escola Infantil e do AEE constituem marcas estruturantes que operam sobre o bebê e a criança pequena num tempo primordial em que nada está dado de modo absoluto sobre o desenvolvimento futuro desses sujeitos. Para entender este processo a pesquisa trabalhou sobre três eixos: Inclusão, Atendimento Educacional Especializado e Educação Infantil, estes aparecendo de forma transversal no decorrer do texto. O estudo contou com o referencial teórico da psicanálise articulada a autores que dão ênfase à aprendizagem como processo. A pesquisa dá evidências de que a escola produz inscrição social a partir das relações entre sujeitos e reafirma-conclui que para a inclusão escolar se efetivar é imprescindível um processo de formação contínua do professor/educador e que a interdisciplina seja tomada como eixo condutor na rede de trabalho com o aluno