Maternidade e cárcere: adversidades na manutenção do vínculo materno

Female incarceration in Brazil has been grown in dizzying way and its consequences must be seen because the prison system is an environment historically not designed for women. Thus, the present research aimed to identify what are the adversities found by women deprived from their liberty in maintaining the maternal bon. In this way a qualitative study was carried out of the narrative literature type. Among the results found many adversities were found, such as the feeling of failure as a mother, double punishment for the crime and due the social role as a mother who ends up limiting herself within prison, associated to a hard choice of keeping the child within the prison environment or by choosing to pass on the child care to third parties. Both choices bring up a series of worries and anguish to the to the mothers and consequences to the development of those children. The study concluded that there is no unanimity in that decision: some women believe that it is better to keep the child with themselves because they understand that the maternal bond disruption could be more harmful while others see the separation as the best choice to enable the child to develop outside the prison environment.O encarceramento feminino no Brasil vem aumentando de forma vertiginosa, e suas consequências devem ser observadas, pois o sistema prisional é um ambiente que historicamente não foi projetado para mulheres. Desta forma, a presente pesquisa teve como objetivo identificar quais são as adversidades encontradas pelas mulheres privadas de liberdade na manutenção do vínculo materno. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo, do tipo revisão de literatura narrativa. Dentre os resultados encontrados, foram verificadas diversas adversidades, tais como sensação de falhar como mãe, dupla punição pelo crime e pelo seu papel social de mãe que acaba por se limitar dentro do cárcere, juntamente com uma difícil escolha entre manter a criança dentro do ambiente prisional ou optar por passar o cuidado dessa criança a terceiros. Ambas as escolhas acarretam em uma série de preocupações e angústias para as mães e consequências para o desenvolvimento destas crianças. A conclusão do estudo foi de que não há unanimidade nesta decisão: algumas mulheres entendem ser melhor manter o filho consigo pois percebem que o rompimento do vínculo entre eles seria mais prejudicial, enquanto outras interpretam a separação como melhor escolha, a fim de possibilitar à criança um crescimento fora do ambiente penitenciário