Estado de proteção social ou Estado global de violências? Descolonizar e despatriarcalizar as políticas de proteção social

This article proposes a discussion about the Social Protection State instituted in Brazil and the elevation of social rights to the status of fundamental human rights. The bases of this protection system, enshrined in the Federal Constitution, establish that these rights must be distributed based on a system of recognition of rights based on the total absence of prejudice of any kind. However, this redistributive system is extremely limited, in view of the cyclical reorganizations of the capitalist production system, which commodifies social life. Furthermore, with the protection system cemented in a modern/colonial/capitalist/patriarchalist world system, social policies end up revitimizing the most vulnerable and precarious people, who end up being treated as guilty of their own social condition. Therefore, it is urgent to break with the capitalist, colonialist and patriarchal logic in order to have social policies that do not reproduce a global state of violence against, especially against women, black people, LGBTQIA+ people and those who live in the most peripheral regions do not would disappear, since they were produced by the state structures themselves.Este artículo propone una discusión sobre el Estado de Protección Social instituido en Brasil y el ascenso de los derechos sociales al estatus de derechos humanos fundamentales. Las bases de este sistema de protección, consagrado en la Constitución Federal, establecen que estos derechos deben distribuirse con base en un sistema de reconocimiento de derechos fundado en la ausencia total de perjuicio de cualquier tipo. Sin embargo, este sistema redistributivo es extremadamente limitado, en vista de las reorganizaciones cíclicas del sistema de producción capitalista, que mercantiliza la vida social. Además, con el sistema de protección cimentado en un sistema mundial moderno/colonial/capitalista/patriarcalista, las políticas sociales terminan retimizando a las personas más vulnerables y precarias, quienes terminan siendo tratadas como culpables de su propia condición social. Por lo tanto, es urgente romper con la lógica capitalista, colonialista y patriarcal para tener políticas sociales que no reproduzcan un estado global de violencia contra, especialmente contra las mujeres, las personas negras, las personas LGBTQIA+ y quienes viven en las regiones más periféricas. no desaparecerían, ya que fueron producidos por las propias estructuras estatales.Este artigo propõe uma discussão acerca do Estado de Proteção Social instituído no Brasil e ao alçamento dos direitos sociais ao status de direitos humanos fundamentais. As bases desse sistema de proteção, insculpidas na Constituição Federal, estabelece que esses direitos devem ser distribuídos com base em um sistema de reconhecimento de direitos baseado na ausência total de preconceitos de qualquer espécie. No entanto, esse sistema redistributivo é extremamente limitado, tendo em vista as reorganizações cíclicas do sistema de produção capitalista, mercantilizador da vida social. Ademais, estando o sistema de proteção cimentado em um sistema mundo moderno/colonial/capitalista/patriarcalista, as políticas sociais acabam por revitimizar as pessoas mais vulnerabilizadas e precarizadas, que acabam por serem tratadas como culpadas pela própria condição social que se encontram. Portanto, urge romper com a lógica capitalista, colonialista e patriarcalista para que se tenham políticas sociais que não reproduzam um estado global de violências contra, especialmente, contra as mulheres, as pessoas negras, as pessoas LGBTQIA+ e aquelas que vivem nas regiões mais periféricas não desapareceria, já que produzidas pelas próprias estruturas estatais