O estereótipo e a representação do negro na literatura brasileira do século XIX: entre fissuras e cristalizações de discursos

El imperio del discurso colonial en la producción literaria brasileña tiene raíces profundas y se consolida mediante la representación de modelos interesados ​​en mantener el orden de dominación racial y económica. Modelos que cristalizan personajes negros como desenfrenados, pueriles y, sobre todo, vacíos de agencia histórica. Por lo tanto, en este artículo, pretendemos recuperar algunos registros posibles de Agencia dentro de la literatura brasileña del siglo XIX. Para ello, analizamos tres obras de diferentes autores blancos que contienen relaciones entre personas esclavizadas y no esclavizadas en contraste con dos obras de dos autores negros también en las mismas condiciones. Nuestro análisis se basó en el concepto de discurso propuesto por Michel Foucault en la concepción de Lugar de fala de Djamila Ribeiro, alineado con la noción de fijeza de Homi K. Bhabha. Con esto, percibimos cómo, a través de la deslegitimación de los discursos desviados de la reproducción colonial, la representación de la Agencia de los personajes negros en la literatura brasileña ha sido borrada de nuestra historia. En este sentido, esta investigación pretende incorporar estudios en el campo educativo por nuevas perspectivas de análisis literario, actuando para abrir fisuras en nuestro canon y dando visibilidad a nuevos discursos.O império do discurso colonial na produção literária brasileira tem fundas raízes e se consolida através da representação de modelos interessados em manter a ordem de dominação racial e econômica. Tais modelos cristalizam personagens negros como devassos, infantis e, acima de tudo, vazios de agência histórica. Sendo assim, neste artigo, objetivamos recuperar alguns possíveis registros de agência dentro da literatura brasileira do século XIX, para isso, analisamos três obras de diferentes autores brancos contendo relações entre escravizados e não escravizados em contraste com duas obras de dois autores negros, nas mesmas condições. Nossa análise teve como base o conceito de discurso proposto por Michel Foucault, citado por Djamila Ribeiro em ‘Lugar de fala’, alinhado com a noção de fixidez e estereótipo, de Homi K. Bhabha, como signo da diferença racial na construção ideológica da alteridade. Com isso, percebemos como, através da deslegitimação de discursos desviantes da reprodução colonial, a representação da agência de personagens negros na literatura brasileira tem sido apagada de nossa história. Nesse sentido, esta pesquisa visa incorporar os estudos ao campo educacional através de novas perspectivas de análise literária, atuando na abertura de fissuras no nosso cânone e dando visibilidade a novos discursos