The influence of socioeconomic inequalities on dental caries occurrence in adolescents

The literature has shown an existence of inequalities in oral health: individuals with lower socioeconomic conditions are more likely to oral diseases, such as dental caries. However, there are not studies addressing the socioeconomic conditions and the risk of dental caries in the adolescence. In order to reduce health inequities, it is necessary to explore the causes of the disease, once it is a public health problem. The objective of this study is to evaluate the influence of socioeconomic inequities on the incidence of caries in two phases of adolescence. Data from this longitudinal study were obtained through a sample of 1,134 12-year-old children. Children were enrolled in public schools from Santa Maria, RS, Brazil in 2012. The students were re-evaluated with 14 years in 2014-2015. The outcome of this study is dental caries, evaluated through the mean decayed component of the DMF-S index in the second evaluation. Clinical variables related to dental plaque and dental crowding were also collected. Individual socioeconomic conditions were assessed through family income and maternal schooling. Data on demographic variables, psychosocial and behavioral aspects were collected through a semi-structured questionnaire. The Basic School Development Index was considered as a contextual variable. Data were analyzed using STATA 14.0 program. Unadjusted and adjusted dental caries rate ratios were estimated using multi-level Poisson regression analysis. The mean DMF-T of the sample was 1.15 (SD: 1.57) at baseline and 1.48 (SD: 1.79) at follow-up. The variables that were associated with higher mean dental caries were low IDEB, non-white skin color, lower income and frequency of dental visit, regular or poor perception of oral health and presence of dental plaque in more than 15% of the surfaces.This study showed the occurrence of socioeconomic inequities in the average dental caries of adolescents followed for 2 years a period.A literatura tem demonstrado a existência de desigualdades em saúde bucal, onde aqueles com condição socioeconômica mais baixa apresentam maiores níveis de doença, como a cárie. Entretanto, existem poucos estudos longitudinais que associem fatores socioeconômicos com a doença no decorrer da adolescência. Para que haja a diminuição de iniquidades em saúde, é necessário explorar suas causas, já que se trata de um problema de saúde pública. O objetivo deste estudo é avaliar a influência de iniquidades socioeconômicas na incidência de cárie em duas fases da adolescência. Os dados deste estudo longitudinal foram obtidos através de uma amostra de 1.134 crianças de 12 anos de idade matriculadas em escolas públicas da cidade de Santa Maria, RS, Brasil em 2012. Os escolares foram reavaliados quando estavam com 14 anos,entre 2014–2015. O desfecho desse estudo é cárie dental, avaliada através da média do componente cariado do índice CPO-S na segunda avaliação. Variáveis clínicas referentes à placa dental e apinhamento dental também foram coletadas. As condições socioeconômicas individuais foram avaliadas através de renda familiar e escolaridade materna. Dados referentes às variáveis demográficas, aspectos psicossociais e comportamentais foram coletados através de um questionário semiestruturado. O Índice de Desenvolvimento Escolar Básico foi considerado como uma variável contextual. Os dados foram analisados utilizando o programa STATA 14.0. Razões de média não ajustadas e ajustadas de cárie dentária foram estimadas através da análise multinível de regressão de Poisson. O CPO-D médio da amostra foi de 1,15 (DP:1,57) no baseline e 1,48 (DP:1,79) no follow-up. As variáveis que se mostraram associadas com maiores médias de cárie dental foram baixo IDEB, cor da pele não branca, menores renda e frequência de visita odontológica, percepção regular ou ruim da saúde bucal e presença de placa dental em mais de 15% das superfícies. Esse estudo mostrou a ocorrência de iniquidades socioeconômicas nas médias de cárie dental de adolescentes acompanhados por um período de 2 anos