Inequalities related to dental pain in children and adolescents.

Recent studies have shown how unequal the distribution of oral diseases in different ethnic, social and economic groups and it is the same for dental pain. This condition may compromise basic daily activities of children and adolescents and negatively influence oral health-related quality of life. Dental pain is more prevalent in socially disadvantaged subgroups. Because it is primarily associated with dental caries, it is an avoidable condition and therefore needs to be monitored and prevented. In view of this, the aim of this thesis was to investigate inequalities related to the occurrence of dental pain in children and adolescents at the national and global levels. A systematic review was conducted in order to answer the following research question: "How unequal is the occurrence of dental pain in children and adolescents in the world?". Metaanalysis was performed using a random model. The trend of dental-related inequalities in adolescents was investigated through the National School Health Survey (PeNSE), carried out with schoolchildren of the ninth grade, enrolled in school years 2009, 2012 and 2015 in public and private schools. The stratifier used was maternal schooling and the indicators of inequality used were slope index (SII) and concentration index (CIX). The same indicators of inequalities were used to assess dental pain in children participating in the 2004 birth cohort. In this last study, the stratifiers evaluated were maternal schooling, family income at birth and changes in family income throughout life course. Inequalities were observed in the occurrence of dental pain in children and adolescents at a national and global level, and the prevalence of pain was higher in girls, children and adolescents with black skin color, with a worse socioeconomic status, in children of less educated mothers with episodes of poverty throughout life. In relation to the Brazilian population, it can be observed that there was no reduction in the inequalities of dental pain in adolescents in the country from 2009 to 2015. Still, the inequalities were more marked in the North and Northeast regions. Thus, in view of the inequalities found in the distribution of dental pain and the impact that pain can have on the lives of children and adolescents, actions in public health should be conducted to reduce these inequalities.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESEstudos recentes têm mostrado o quão desigual é a distribuição das doenças bucais em diferentes grupos étnicos, sociais e econômicos e o mesmo tem sido observado para dor dentária. Esta condição pode comprometer atividades básicas do cotidiano de crianças e adolescentes e impactar negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal. A dor dentária é mais prevalente em subgrupos socialmente. Por estar associada principalmente à cárie dentária, constitui-se em uma condição evitável e, portanto, carece ser monitorada e prevenida. Em vista disso, o objetivo desta tese foi investigar desigualdades relacionadas à ocorrência de dor dentária em crianças e adolescentes. Uma revisão sistemática foi conduzida a fim de responder a seguinte questão de pesquisa: “Quão desigual é a ocorrência de dor dentária em crianças e adolescentes no mundo?”. Foi realizada meta-análise utilizando modelo randômico. A tendência de desigualdades relacionadas à dor dentária em adolescentes foi investigada através da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada com escolares do nono ano do ensino fundamental, matriculados nos anos escolares de 2009, 2012 e 2015 em escolas públicas e privadas. O estratificador utilizado foi a escolaridade materna e os indicadores de desigualdade utilizados foram o slope (SII) e concentration index (CIX). Os mesmos indicadores de desigualdades foram utilizados para avaliação da dor dentária em crianças participantes da coorte de nascimentos de 2004. Neste estudo os estratificadores avaliados foram a escolaridade materna, renda familiar ao nascer e mudanças na renda familiar ao longo da vida. Foram observadas desigualdades na ocorrência de dor dentária em crianças e adolescentes, sendo a prevalência de dor maior em meninas, crianças e adolescentes de cor da pele preta, com pior posição socioeconômica, naqueles filhos de mães menos escolarizadas e com episódios de pobreza ao longo da vida. Em relação à população brasileira pode-se observar que não houve redução nas desigualdades de dor dentária em adolescentes no país de 2009 para 2015. Ainda, as desigualdades foram mais marcantes nas regiões Norte e Nordeste. Assim, em vista das desigualdades encontradas na distribuição de dor dentária e do impacto que a dor pode ter na vida das crianças e adolescentes, ações em saúde pública devem ser conduzidas para redução destas desigualdades