Neste artigo, apresentamos duas cenas de uma aula de português como língua de herança na Alemanha e demonstramos como os conceitos de cultura(s) como uma programação coletiva da mente (Woodside, 2010) e território(s) são úteis para entendermos como uma professora brasileira é surpreendida pelo modo como os seus alunos germânico-brasileiros, nascidos e criados na Alemanha, interpretam o texto-objeto de Ensino (uma propaganda verbo-visual impressa). Os apontamentos interculturais que realizamos nos auxiliam a acessar e a compreender circunstâncias que perfazem o trabalho com exemplares de textos no contexto de ensino-aprendizagem de língua de herança, o que, por sua vez, aponta para especificidades do trabalho do professor, que já atua ou que...