Noções de pessoa, o político e as relacionalidades: paradigmas da antropologia da natureza

The article offers a conceptual journey of anthropology focusing on the way in which the relationship between societies and the environment has been framed, facing a turning point with the so-called "anthropology of nature". In this work, foundational concepts such as adaptation, nature, culture, otherness and personhood are rethought. The aim of the article is to address the paradigmatic break that has allowed anthropology to connect and engage in dialogues with other disciplines, such as ecology, sociolinguistics and philosophy, paying attention to the complexity and suggesting the uniqueness between nature and culture, in opposition to the dichotomous and fragmentary approaches that separate them. The article is the product of the revision and contrast of theories and approaches between the mentioned disciplinary fields. The article also presents some approximations about the theoretical and the empirical, with examples taken from the literature of the Andes and Amazon. In the conclusions the article highlights the relevance that the emphasis on the anthropology of nature has had by focusing on the subjectivity and agency of non-human beings, and in reframing the philosophical category of person from multinaturalism, causing an ontological twist. This has allowed for the enrichment of the debate about what is considered a subject agent in the world and therefore subject of law, with ethical approaches to deal with the problems of the anthropocene.El artículo ofrece un recorrido conceptual por la antropología en el tratamiento de la relación entre las sociedades y el ambiente, que tuvo un punto de inflexión a partir de la denominada “antropología de la naturaleza”. Este trabajo repiensa conceptos fundacionales como adaptación, naturaleza, cultura, alteridad y persona. El objetivo del artículo es abordar el quiebre paradigmático que ha permitido a la antropología enlaces y diálogos con otras disciplinas como la ecología, sociolingüística y la filosofía, atentas a la complejidad y que sugieren la unicidad entre naturaleza y cultura, en oposición a los enfoques dicotómicos y fragmentarios que las separan. En lo metodológico se procedió a la revisión y contraste de teorías y enfoques entre los campos disciplinarios señalados. El artículo presenta también algunas aproximaciones entre lo teórico y lo empírico, con ejemplos tomados de literatura sobre los Andes y Amazonía. En las conclusiones se señala la pertinencia que ha tenido el énfasis de la antropología de la naturaleza en enfocarse en la subjetividad y agencialidad de los seres no-humanos, y resignificar la categoría filosófica de persona desde el multinaturalismo, produciendo un giro ontológico que ha permitido enriquecer el debate sobre aquello que se considera sujeto agente en el mundo y por tanto sujeto de derecho, con planteamientos éticos para tratar las problemáticas del antropoceno.Este artigo oferece uma jornada conceitual pela antropologia no tratamento da relação entre as sociedades e o meio ambiente, que teve um ponto de virada a partir da chamada "antropologia da natureza". O trabalho repensa conceitos fundamentais como adaptação, natureza, cultura, alteridade e pessoa. O objetivo do artigo é abordar a quebra paradigmática que tem permitido à antropologia vínculos e diálogos com outras disciplinas, como a ecologia, a sociolinguística e a filosofia, atentas à complexidade e sugerindo a unidade entre natureza e cultura em oposição às abordagens dicotômicas e fragmentárias que as separam. No metodológico, foram revisadas e contrastadas teorias e abordagens entre os campos disciplinares indicados. O artigo também apresenta algumas proximidades entre o teórico e o empírico, com exemplos retirados da literatura sobre os Andes e a Amazônia. Nas conclusões, se aponta a relevância que tem tido a ênfase da antropologia da natureza em se enfocar na subjetividade e na agência de seres não-humanos, e ao ressignificar a categoria filosófica da pessoa desde o multinaturalismo, produzindo uma virada ontológica que tem permitido enriquecer o debate sobre aquilo que é considerado sujeito agente no mundo e, portanto, sujeito de direito, com abordagens éticas para lidar com os problemas do antropoceno