Intrauterine exposure to the hyperlipidic diet, with different lipid levels, and its gastrointestinal and metabolic repercussions: a fetal programming model in Wistar rats

Background: Faced with our lifestyle often exposed to an excessively high fat diet, questions began to arise whether such a diet during pregnancy could also impact the health of the developing fetus, increasing the risk of metabolic diseases as an adult. Aims: to investigate the possible gastrointestinal and metabolic repercussions in the offspring exposed to the maternal hyperlipidic diet, with different lipid levels. Methods: Pregnant rats were divided into groups: C (control group: mothers submitted to a normolipid diet - 3.5% of lipids), E1 (experimental group 1: mothers submitted to diet with 28% of lipids) and E2 (experimental group 2: mothers on a 40% lipid diet). During the gestational period, maternal parameters such as feed intake and fluid intake, as well as body weight variation were evaluated. Functional tests as well as gastrointestinal morphometry were performed in the 30-day-old pups, while metabolic analyzes (blood pressure determination, serum lipid determination, renal function tests and body adiposity assessment using the Lee index and dry adipose tissue weight) were performed on the 120 day old pups. Results: In group E1 we found the following changes: higher caloric and lipid intake by pregnant rats; lower body weight, despite higher adiposity at 120 days, and a lower Glomerular Filtration Rate (GFR) was also found in the animals of that age; while in the 30-day-old offspring, a lower relative weight of the stomach, lower ulcer rate (UR), thicker stomach wall and mucosa, and a smaller thickness of the jejunal mucosa were observed, despite the larger area presented by this segment of the small intestine and smaller thickness of the rectal wall. In the animals of the E2-40% group, lower intakes of diet, carbohydrates and proteins were found, accompanied by an increase in lipid intake by the mothers; lower body weight, despite higher adiposity in offspring at 120 days of age; lower body weight, as well as reduced weight and stomach area, as well as lower UI and gross weight, but higher relative weight of the small intestine, lower thickness of the ileal mucosa, reflecting the total thickness of this segment, as well as a lower thickness of the mucosa and layer colonic and cecal muscles, giving a lower total wall thickness of these intestinal segments in offspring at 30 days of age. Conclusion: The high-fat diet maternal was able to promote important metabolic and gastrointestinal changes in offspring at 30 and 120 days of age.Dissertação (Mestrado)Diante de um estilo de vida dos indivíduos frequentemente exposto a uma dieta excessivamente rica em gorduras, surgiram questionamentos se tal dieta durante a gestação poderia, também, causar impactos à saúde do feto em desenvolvimento, aumentando os riscos de doenças metabólicas quando adulto. Objetivo: investigar as possíveis repercussões gastrointestinais e metabólicas na prole de ratas Wistar expostas à dieta hiperlipídica, com diferentes teores de lipídeos. Metodologia: As ratas grávidas foram divididas nos grupos: C (grupo controle: mães submetidas à dieta normolipídica – 3,5% de lipídeos), E1 (grupo experimental 1: mães submetidas à dieta com 28% de lipídeos) e E2 (grupo experimental 2: mães submetidas à dieta com 40% de lipídeos). Durante o período gestacional foram avaliados parâmetros maternos como consumo de ração e líquidos, bem como a variação de peso corporal. Os testes de função, bem como a morfometria gastrintestinal foram realizadas nos filhotes de 30 dias, enquanto que as análises metabólicas (determinação de pressão arterial, determinação de lipídeos séricos, testes de função renal e avaliação de adiposidade corporal, por meio do índice de Lee e peso de tecido adiposo seco) foram realizadas nos filhotes de 120 dias. Resultados: No grupo E1 encontramos as seguintes alterações: maior consumo calórico e lipídico pelas ratas grávidas; menor peso corporal, apesar de maior adiposidade aos 120 dias, e também foi encontrada uma menor Taxa de Filtração Glomerular (TFG) nos animais dessa idade; enquanto nos filhotes de 30 dias, foi observado menor peso relativo do estômago, menor índice de úlcera (IU), parede e mucosa estomacais mais espessas, menor espessura da mucosa jejunal, apesar da maior área apresentada por esse segmento de intestino delgado, e menor espessura da parede retal. Já nos animais do grupo E2-40% foram encontrados menores consumos de ração, de carboidratos e proteínas, acompanhado pelo aumento do consumo lipídico pelas mães; menor peso corporal, apesar de maior adiposidade na prole aos 120 dias de idade; menor peso corporal, além de peso e área do estômago reduzidos, bem como menores IU e peso bruto, mas maior peso relativo do intestino delgado, menor espessura da mucosa ileal, refletindo na espessura total desse segmento, além de menor espessura da mucosa e camada muscular colônica e cecal, conferindo menor espessura total da parede desses segmentos intestinais na prole aos 30 dias de idade. Conclusão: A dieta materna rica em gorduras foi capaz de promover importantes alterações metabólicas e gastrintestinais na prole aos 30 e 120 dias de idade