Este artigo visa refletir sobre o pensamento letrado acerca da mulher – principalmente dos médicos – na Bahia, de 1850 a 1853, considerando as continuidades e transformações na concepção científica do Ocidente e na prática médica. Para tanto, partimos do pressuposto que o corpo humano, para além de suas dimensões corpóreas, é um artefato cultural historicamente produzido. Além disso, acreditamos que forma como as gerações anteriores se relacionava com o corpo ou elaboravam representações e praticas discursivas sobre o mesmo, reflete e, ao mesmo tempo, altera a estrutura social em que vivemos. Dessa forma, argumentamos que corpo que fala, anda e come mantém suas atividades fisiológicas básicas, exercita-se e estabelece relações sexuais e afe...