FINALESTUDOPROJETO DE UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS Amanda Oliveira da Silva ∙ Orientador: Mauro Santos FAU|UFRJ ∙ Trabalho Final de Graduação II ∙ 2021.12UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROFaculdade de Arquitetura e UrbanismoTrabalho Final de Graduação UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS CURTUME Autora: Amanda Oliveira da Silva Orientador: Mauro César de Oliveira SantosRio de Janeiro,2022 ACOLHER | CUIDAR | RESPONSABILIZAR3Figura 1: Imagem-síntese do Projeto de Unidade de Cuidados Continuados4AGRADECIMENTOSA mais sincera gratidão a Deus por ter chegado até essa etapa. Sem seu amor, bondade e graça não teria conseguido sequer um dia.Aos meus pais por terem sempre acreditado, incentivado e apoiado todos os meus sonhos. A todas as pessoas que me acolheram desde que vim morar no Rio de Janeiro. Em especial aos meus tios Beto e Andreia, por terem me oferecido um lar no meu momento de maior vulnerabilidade. Ao meu namorado Leonardo, por toda atenção, auxílio e compreensão. Gratidão a toda minha ancestralidade, que trilhou um caminho árduo para que eu chegasse até aqui. Em especial minha avó Adelaide, minha eterna gratidão. Ao orientador Mauro, por ter me mostrado o caminho. E a todos os professores que me orientaram e contribuíram para minha formação, principalmente a professora Tereza que durante o curso técnico despertou em mim o interesse por arquitetura. 5SUMÁRIO:1. Introdução2. Justificativa3. Objetivo Geral4. Objetivos Específicos5. Objeto e Campo de atuação6. Metodologia 7. Contextualização8. Referências 9. Recorte 10. Programa11. Estudos de Implantação12. Projeto13. Bibliografia 6899101112202329373963INTRODUÇÃO:Nas últimas décadas o Brasil experienciou o aumento daexpectativa de vida de sua população, que passou de 62,2 anos em 1980 para73,76 anos em 2010. Estima-se ainda, que até 2060 a expectativa de vida dobrasileiro alcance os 81,2 anos. (FIO CRUZ). Paralelamente, houve o decréscimona taxa de natalidade que somado às mudanças na expectativa, padrõessocioeconômicos e qualidade de vida seguem a tendência de uma populaçãoque ao longo dos anos se mostrará predominantemente mais velha, tal qualocorreu em países europeus. Essas mudanças trazem consigo alterações nopadrão epidemiológico nacional e, portanto, novos desafios para a saúde dasociedade.Apesar do aumento na expectativa de vida, estudos realizadospela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP demonstram que boa parcela dapopulação idosa tem sua qualidade de vida prejudicada em detrimento deconviver mais tempo com doenças e condições crônicas que são típicas da suafaixa etária. Sendo as doenças crônicas e degenerativas responsáveis por maisde 70% das causas de mortes no país. As consequências dessas dinâmicasetárias e epidemiológicas resultam na crescente demanda por serviços de saúdedestinados a essa parcela da população. Levando-se em consideração opanorama atual e dos próximos anos, torna-se clara necessidade de políticaspúblicas que atendam as demandas de saúde nacional de modo otimizado esustentável.6Figura 2: Estimativas de distribuição populacional de acordo com a idade, por sexo – Brasil: 1980-2050. Fonte: IBGENesse sentido, faz-se necessária a diferenciação das doençascrônicas das demais patologias. Doenças crônicas são aquelas de progressãolenta e longa duração, podendo durar por toda vida. Podendo ser assintomáticasou sintomáticas, mas em ambos casos prejudicando o paciente e exigindoconstante acompanhamento médico. Os principais exemplos são doençascardiovasculares, hipertensão e diabetes. Seu tratamento exige profissionaisespecializados e cuidados continuados.dentre eles podemos citar Portugal e sua Rede Nacional de CuidadosContinuados Integrados – RNCCI. A construção da política do RNCCI iniciou-seem 1994, contudo apenas no início dos anos 2000 que foram criadas asprimeiras unidades de internação. O programa possui abrangência nacional, ese desdobra em quatro tipologias de atendimento. As três primeiras se referindoa unidades de internação, que só se diferenciam em função dotempo/expectativa de recuperação, e a última trata-se de equipes para cuidadoscontinuados domiciliares.No Brasil houveram alguns avanços nas políticas públicas para a implantação eregulamentação dessa modalidade de tratamento. Em dezembro de 2012 foipublicada a primeira legislação sobre os cuidados continuados, responsável porcaracterizar os pacientes a serem contemplados pelo serviço, define diretrizesde atuação, locais para seu possível implemento, exigências e parâmetros para oatendimento. Atualmente os Cuidados Continuados Integrados – CCI estãopresentes em quatro estados brasileiros: São Paulo, Mato Grosso do Sul eParaná e Minas Gerais.Nesse contexto, a crise implantada nos espaços de saúde em detrimento dapandemia de Covid-19 só reafirmou evidências e necessidades que já eramlevantadas anteriormente. Em primeiro lugar, a necessidade da descentralizaçãodo modelo hospitalocêntrico. Tendo em vista a diversidade de funções quedesempenha e que necessariamente não abarca apenas pacientes agudos, mastambém pacientes crônicos ou em outras condições. Dessa forma, tantoprofissionais quanto pacientes que não necessitam estar nesse modelo sãoexpostos a uma série de riscos de infecção.Para além da tipologia, o próprio projeto do espaço contribui para adisseminação de infecções. Estudos sobre conforto em unidades hospitalaresdemonstram condições desfavoráveis referentes a ventilação como excesso ouausência de calor, umidade, ventilação e renovação do ar. Além disso, é notória aextrema dependência da climatização artificial que combinada à ausência deaberturas e falta de manutenção desses equipamentos pode contribuir para ainsalubridade nos ambientes hospitalares.7Figura 3: Evolução da proporção de mortalidade segundo principais grupos de causas -1930-2005. Fonte: Brasil:2013Contudo, o modelo de assistência mais comum nó país é o hospitalocêntrico, no qual o hospital é o centro e seu principal ator é o médico. Tal modelo possui uma estrutura complexa e onerosa, que é pensada para tratar doenças agudas e infecciosas por um curto período. Foi concebido em um momento onde não havia tantas vacinas e as terapias medicamentosas eram menos eficazes. Seu desempenho é medido pela taxa de rotatividade dos leitos e pelo número de altas concedidas. Possui a clara incompatibilidade com o tipo de tratamento para doenças crônicas, visto que demandam uma rede de serviços de cuidados continuados que compreenda todo processo de convalescença até sua recuperação, resultando num período maior de tratamento.Os cuidados continuados, como o nome propriamente diz, tratam-se de serviços de saúde prestados de maneira contínua a pacientes que apresentam situação de dependência em virtude de doenças crônicas, declínio na capacidade física, cognitiva ou mental. Esse modelo de tratamento já foi adotado em alguns países, 8Portanto, existe a clara demanda para o implemento de unidades de saúde queestejam alinhadas às tendências epidemiológicas nacionais. Considerando atipologia e projeto de arquitetura como ferramenta para auxiliar o processo derecuperação, os quais precisam estar alinhados ao tipo de cuidado a serprestado.Destaca-se a importância do tema abordado, uma vez que o processo deenvelhecimento e consequente aumento da expectativa e qualidade de vidatornam as doenças e condições crônicas objetos centrais dos programas desaúde a serem desenvolvidos. Diante disso as Unidades de Cuidado Continuadoconfiguram uma oportunidade prática para atender de modo sustentável eotimizado as demandas de saúde da população brasileira.JUSTIFICATIVA DO TEMA:O aumento da longevidade dos idosos combinado e a redução das taxas denatalidade e mortalidade infantil provocam mudanças no perfil demográficonacional. Estima-se que o Brasil em poucos anos se tornará um país com um altopercentual de população de idosos. Seguindo, assim, uma tendência mundial queserve como um indicativo positivo de aumento de qualidade de vida e dosimpactos dos programas de atenção básica à saúde. Mas, também, representaum desafio no tange a administração dos programas e demandas de saúde parao que será o perfil etário nacional.Estudos demonstram que doenças crônicas são causadoras de 70% dos óbitosno país. Evidenciando o campo de atuação a ser considerado pelo PoderPúblico através dos programas de saúde. Além disso, também é levantado que amaioria das readmissões evitáveis decorrem de complicações no procedimentocirúrgico e de doenças crônicas, o que serve como indicativo das deficiências noatendimento das necessidades dos pacientes.A falta de alinhamento entre as tendências epidemiológicas e o modelo decuidado predominante nacionalmente prejudicam o desenvolvimento sustentáveldos programas de saúde. De acordo com a ONU, o desenvolvimento sustentávelé alcançado através da união de três tipos de desenvolvimento: o econômico,social e ambiental. Os quais além de interagir e coexistir de forma harmoniosa,devem também servir como parâmetro para as tomadas de decisão.Em virtude de sua estrutura mais complexa - associada à diversidade deequipamentos, estruturas físicas, serviços prestados e recursos – os leitoshospitalares tendem a ser mais onerosos. Têm como objetivo hospedar por poucotempo, promovendo de forma rápida o restabelecimento do paciente. Contudo, oscuidados referidos a pacientes crônicos, que são maioria no país, exigem leitos demenor complexidade e cuidado prolongado, só que menos onerosos. Nessesentido, são comuns as prescrições de altas em casos onde ainda se faznecessária a atenção médica, mas em virtude das limitações operacionais daunidade o paciente não recebe cuidados continuados.Por isso, a internação de pacientes crônicos em leitos hospitalares trata-se de umaresposta desproporcional e ineficiente à questão da saúde. Na qual existe odesperdício de recursos ambientais, danos à saúde da população e perda dedinheiro público. A última podendo, ainda, ser agravada em virtude da readmissãode pacientes em situações análogas ou piores às iniciais.Pensando a respeito de sustentabilidade econômica e ambiental é importanteconsiderar os benefícios do implemento de medidas de eficiência energética emprojetos de espaços de saúde. Uma vez que pela natureza de seu funcionamentoapresenta-se como um grande consumidor de energia. Tal consumo pode serotimizado e reduzido através de técnicas passivas e bioclimáticas, que ao seremempregadas contribuem para economia dos recursos bem como para o maiorconforto ambiental.Uma das premissas consideradas é de um espaço bem projetado e humanizadocomo parte do serviço terapêutico oferecido ao paciente. Desse modo, éfundamental a preocupação com o conforto ambiental e com as demais medidasque possam contribuir para a melhoria na qualidade do processo de reabilitação.Tendo-se em vista que o papel da medicina não é apenas garantir a saúde, mascolaborar com a qualidade de vida do paciente. Assim a arquitetura encontraoportunidade de colaborar com a redução do desconforto, através do projeto deambientes de relaxamento, tranquilidade e descanso, que através de suaorganização possibilitem ao paciente a sensação de segurança e autonomia. Quetambém conceda à equipe de profissionais um local de qualidade paraatendimento, contribuindo para sua produtividade.O trabalho tem como objetivo projetar uma Unidade de Cuidados Continuadospública com ênfase no tratamento fisioterápico e psicológico aliado ao contatocom a natureza. Atuando em todo processo de internação - onde não sedemandam mais cuidados hospitalares- e pós internação, até que haja arecuperação global do paciente. Considera-se o padrão epidemiológiconacional e os impactos gerados pós a pandemia, que geram a necessidade decuidados continuados a uma parcela da população. O projeto visa atender aosrequisitos de humanização do espaço e eficiência energética de modo amelhorar a qualidade do ambiente projetado e com isso, agilizar o processo derecuperação dos pacientes.CONFORTOHUMANIZAÇÃOSUSTENTABILIDADEOBJETIVO GERAL:9OBJETIVO ESPECÍFICO:▪ Propor um projeto de Unidade de Cuidados Continuados que presteserviços de internação, cuidados médicos e de enfermagempermanentes, exames complementares de diagnóstico, prescrição eadministração de medicamentos, fisioterapia e apoio psicológico.▪ Projetar espaços que proporcionem segurança, conforto, acolhimento econdições para recuperação, estando alinhados à política dehumanização do SUS.▪ Elaborar um projeto paisagístico que possa ser integrado às sessões defisioterapia e que auxilie, através do conforto visual, no processo derecuperação.▪ Utilizar ventilação e iluminação natural onde possível.▪ Implantar projeto em área de intervenção extensa, de modo a acomodara maior parte do programa no primeiro pavimento. Que apresenteatributos paisagísticos que possam ser integrados ao projeto.▪ Criar espaços internos com identidade, propondo soluções criativas ondepossível e que gerem sensação de conforto e pertencimento ao paciente.▪ Desenvolver espaços destinados à palestras, que auxiliem notreinamento de profissionais e familiares.OBJETO E CAMPO DE ATUAÇÃOA assistência a saúde, considerando os níveis de cuidado, apoiodiagnóstico e terapêutico de média e alta complexidade são pontos importantespara os atendimentos e quase sempre onde há o estrangulamento do serviçoprestado. Existe uma alta demanda por esses meios assistência os quaisapresentam uma oferta menor que a demanda, gerando filas, grandes períodospara atendimento e, por conseguinte, usuários desassistidos.O fato não ocorre apenas pela organização dos recursosdisponíveis, mas o mau encaminhamento do usuário para estruturas que nãocontemplam suas reais necessidades. Tornando numerosa a parcela dapopulação que passa pela rede de atenção básica ou de alta complexidade, masnão continua sendo assistido justamente pelo tipo de serviço oferecido não o seradequado. Se por um lado existe a possibilidade de reinternação por outro adescontinuidade de um tratamento significa o desperdício de todos recursos atéentão envolvidos no processo.10Levando-se em consideração as estruturas de atendimento e operfil epidemiológico nacional somada ao perfil etário tornam-se claras aslacunas na prestação dos cuidados. Nesse sentido, o presente trabalho buscaatravés do estudo no campo de atuação da arquitetura e saúde propor umaUnidade Pública de Saúde de pequeno porte voltada para os CuidadosContinuados. Visando adequar os processos de atendimento, diagnóstico eacompanhamento ao nível de complexidade do cuidado a ser administrado, bemcomo a sua estrutura e insumos envolvidos no processo.Para além da questão da sustentabilidade econômica vinculadaao assunto, existe o compromisso de atender e acompanhar de forma humanaaté que haja a recuperação global do usuário. Utilizando a arquitetura paraatender a legislação no âmbito da humanização dos espaços, como parteintegrante do processo terapêutico ali desenvolvido, o projeto de Unidade deCuidados Continuados caracteriza-se pela estruturação de conceitos dehumanização do ambiente, design baseado em evidências e eficiênciaenergética. Atua-se de forma ativa desde a composição programática doedifício, passando pela disposição volumétrica até a especificação de materiais.Essas medidas arquitetônicas tem o foco no paciente, melhorando sua relaçãocom espaço construído.11Para o desenvolvimento da fundamentação teórica e produção textual foram considerados bibliografias e periódicos relacionados aos assuntos do tema relevantes para arquitetura e produção de espaços de saúde, estudo de precedentes de programas de UCC, pesquisas e estatísticas referentes a população brasileira, legislações referentes a instituição dos cuidados continuados e espaços de saúde e acesso a sites para levantamento arquitetônico e urbano. METODOLOGIALEGISLAÇÃONesse sentido, deve-se ressaltar a importância da portaria 2.809 de 2012 que estabelece a organização dos Cuidados Prolongados para retaguarda à Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) e demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Situando-a como estratégia de cuidado intermediária entre os cuidados hospitalares de casos agudos e crônico reagudizado e a atenção básica.Determina a elegibilidade dos usuários:‘’São considerados usuários em situação de perda de autonomia aqueles comlimitações físicas, funcionais, neurológicas e/ou motoras, restritos ao leito, ou emqualquer condição clínica que indique a necessidade de cuidados prolongadosem unidade hospitalar.’’Diretrizes:• prestação individualizada e humanizada do cuidado ao usuário hospitalizadoque necessite de cuidados em reabilitação intensivos, semi-intensivos ou nãointensivos para o restabelecimento das funções e atividades, bem como paraa recuperação de sequelas;• Garantia de cuidado por equipe multidisciplinar;• Incentivo à autonomia e autocuidado do usuário;• Garantia da alta hospitalar responsável e em tempo oportunoCuidados Hospitalares de caráter agudo e crônico reagudizadoCuidados Continuados Integrados Atenção básica domiciliar Portaria 2.809 de 7 dezembro de 2012 - Cuidados Prolongados.Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 -RegulamentoTécnico destinado ao planejamento, programação, elaboração,avaliação e aprovação de projetos físicos de estabelecimentosassistenciais de saúde.Lei Federal n° 9.431/97 – Dispõe sobre a obrigatoriedade damanutenção de programa de controle de infecções hospitalares peloshospitais do país.NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços eequipamentos urbanos12CONCEITOSOs principais conceitos que norteiam o desenvolvimento do trabalho sãohumanização dos espaços de saúde, design baseado em evidências e eficiênciaenergética.HUMANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE SAÚDE A Política Nacional de Humanização, elaborada pelo Governo Federal, tem comodiretriz esforços e ações para humanizar os espaços de saúde, instituído umconjunto de diversas medidas sobre essas estruturas. A humanização doambiente em estabelecimentos de saúde guarda relação com a estrutura físicaespacial do edifício gerada através de projetos de arquitetura, pois esta buscapadrões de projetos que proporcionam satisfação, bem-estar e que auxiliem nocuidado.A humanização dos ambientes passa então a ser entendida como parte doprocesso terapêutico desenvolvido. Assim, desdobra-se um novo enfoque,centrado no usuário que passa a ser entendido de forma holística. O conceitotrabalha com a iluminação dos espaços, textura e conforto higrotérmico.EXEMPLOS DE APLICABILIDADE:CONFORTO HIGROTÉRMICO• Controlar o acúmulo de calor;• Procurar dissipar a energia térmica do interior do edifício;• Retirar toda umidade em excesso, promovendo o movimento do ar;• Privilegiar o uso de ventilação natural quando possível• Controlar as fontes de ruído. ILUMINAÇÃO• Prezar pelo uso da iluminação natural• Quantidade de iluminação artificial adequada por ambiente• Privilegiar o contato visual com o ambiente externo• Coloração da iluminação de acordo com a amplitude do ambiente,CORES• Utilização de cores com interesse terapêutico• Aliar a cor com o intenção de amplitude ou redução do espaço• Uso de cores para facilitar a legibilidade dos espaçosEBD13DESIGN BASEADO EM EVIDÊNCIASDesign baseado em evidências (EBD, na sigla em inglês) trata-se de umprocesso de basear decisões de projeto em pesquisa confiável de modo a atingir melhoresresultados no ambiente construído. Podendo ser desenvolvido em todas as áreas daarquitetura, porém encontrou maior notoriedade em espaços de saúde por conta danecessidade de aliar o bom planejamento hospitalar com medidas que contribuam noprocesso de cura dos usuários.O EBD é responsável por promover impactos positivos ao ambiente físico,gestão, operação e aos usuários. É comprovado que por capacitar decisões de projeto quealém de possibilitarem uma estadia menos estressante fazem que com ela seja reduzida.Por exemplo, para o objeto de trabalho em questão, à atenção a doentes crônicos, idosos epessoas com mobilidade reduzida são determinadas medidas de atenção com ailuminação, atenção ao contraste do piso e acessibilidade..EXEMPLOS DE APLICAÇÃO:Acesso a ambientes externosBoa acústicaDesign de iluminação funcionalUso de arte nos ambientesPlanejamentodo espaçoIntegração do paisagismo com as sessões terapêuticasLocais especiaispara equipe detrabalhoPreocupação com a experiência proporcionada ao usuárioGEOMETRIA SOLAR• Arquitetura bioclimática• Volume do edifício de acordo com a zona bioclimática• Estudo do sombreamento • Uso de proteção solar• Posicionamento 14EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ‘’Eficiência energética na arquitetura pode ser entendida como um atributo inerente à edificação representante de seu potencial em possibilitar conforto térmico, visual e acústico aos usuários com baixo consumo de energia.’’ (LAMBERTS, 2014, p.5)Trazendo o conceito para o segmento hospitalar, o sistema deenergia elétrica é um dos principais insumos para suas operações. Sendoresponsável por manter em funcionamento todos os sistemas e equipamentosque dão suporte a todos procedimentos realizados, sejam eles de naturezaadministrativa ou de ordem clínica.De acordo com pesquisas a iluminação pode representar de 20% a35% dos custos de energia elétrica num ambiente de saúde que nãoimplementou soluções de economia de energia ou com arquitetura que nãoprivilegia a iluminação natural. É, também, na economia de energia que se podeobter as maiores reduções no custo operacionais.Desse modo o conceito de eficiência energética se mostra deextrema pertinência para o desenvolvimento do presente trabalho, visto queenvolve não só a redução nos custos operacionais – que é algo proposto pelasetorização e descentralização do cuidado, principalmente de unidades menoscomplexas – mas também porque envolve uma melhoria de qualidade noambiente..VENTILAÇÃO NATURAL • Correção da velocidade do vento• Fluxo de ar• Ventilação cruzada• Análise da implantação e da orientação na ventilação natural ILUMINAÇÃO NATURAL • Pátios e átrios• Cores• Distribuição e posicionamento de aberturas• Light shelf• Iluminação zenitalEXEMPLOS DE APLICAÇÃO:15PRECEDENTEConsiderado o programa pioneiro na prestação de cuidadoscontinuados a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)criada em 2006 que atualmente possui plena abrangência em todo territórioportuguês. O programa tem como objetivo a prestação de cuidados de saúde eapoio social de forma continuada e integrada à pessoas que, independente daidade, se encontram em situação de dependência.De acordo com levantamento são mais de 6500 leitos distribuídosao longo de Portugal, podendo materializar-se através de entidades públicas doServiço Nacional de Saúde ou através de Instituições Particulares deSolidariedade Social ou Entidades Privadas. A RNCCI se desdobra no âmbito dasaúde mental e âmbito geral, o último contemplando as seguintes tipologias derespostas:• Unidades de Convalescença;• Unidades de Média Duração e Reabilitação;• Unidades de Longa Duração e Manutenção;• Equipes de Cuidados Continuados Integrados – Domiciliar• Reabilitação funcional intensiva;• Cuidados médicos permanentes;• Cuidados de enfermagem permanentes;• Exames complementares de diagnóstico, laboratoriais e radiológicos;• Reabilitação funcional;• Cuidados médicos diários;• Cuidados de enfermagem permanentes;• Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;• Apoio psicossocial;• Controlo fisiátrico periódico;• Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;• Animação sociocultural;• Higiene, conforto e alimentaçãoUC INTERNAÇÃO ATÉ 30 DIAS• Prescrição e administração de medicamentos;• Cuidados de fisioterapia;• Apoio psicológico e social;• Higiene, conforto e alimentação;• Convívio e lazer.• Prescrição e administração de medicamentos;• Apoio psicossocial;• Higiene, conforto e alimentação;• Convívio e lazer• Reabilitação funcional de manutenção;• Atividades de manutenção e de estimulação;• Cuidados de enfermagem permanentes;• Cuidados médicos regulares;• Prescrição e administração de medicamentos;UMDRINTERNAÇÃO 30-90 DIASULDMINTERNAÇÃO > 90 DIASCONTEXTUALIZAÇÃO16Figura 3: Mapeamento das UCPS no BrasilA portaria n° 2.809 de 7 de dezembro de 2012 determinada quea necessidade de leitos hospitalares gerais é estabelecida na razão de 2,5leitos a cada mil habitantes. O cálculo para a necessidade de leitos decuidados continuados é realizado em função da região, e representa 5,62%da parcela total dos leitos de hospitais gerias. Podendo ainda subdividir-seem 60% para conforma-se em UCP e HCP e 40% para cuidados em Atençãodomiciliar.Hospital Localização TIPOQnt. de leitos Hospital São Julião Campo Grande, MSHCP 22Casa de Saúde São Francisco de AssisBambuí, MG UCP 50Casa de Saúde Santa IzabelCitrolândia, MGHCP 25Hospital da Caridade Dona Darcy VargasRebouças, PRHCP 25Santa Casa de Misericórdia de PedregulhoPedregulho, SPHCP 22Santa Casa de Ipuã Ipuã, SP HCP 20Total de leitos : 164UCC no BrasilTabela 1: Contabilização das Unidades de Cuidados ContinuadosContudo, observa-se que a oferta de leitos para cuidadoscontinuados encontra-se muito aquém do que a legislação determina. Atualmenteexistem apenas 6 espaços de saúde que ofereçam esse serviço em todo país, osquais totalizam 164 leitos. Além disso, as unidades configuram-se integralmenteem UCPs, sendo um serviço sempre associado a uma estrutura de hospital geral.ESTUDO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO17Considerando a demanda como uma das prerrogativas fundamentais paraimplantação de um projeto, foram estudados os dados de perfil etário nacional e oquantitativo dos impactos da COVID-19 por região.De acordo com a pesquisa ‘’Onde estão os idosos?’’ realizada pela FGV em2020, os idosos representam 13,06% da população do Rio de Janeiro, seguidopor Rio Grande do Sul (12,95%), São Paulo (11,27%) e Minas Gerais (11,19%).Quando comparado por capital, o Rio de Janeiro também ocupa a primeiraposição, com 14,5% de sua população sendo acima de 65 anos, tendo asmaiores concentrações nos bairros de Copacabana, Flamengo, Ipanema eLeblon. Em contrapartida, os quantitativos referentes a essa parcela dapopulação encontram-se inversamente proporcionais aos qualitativosestabelecidos para mesma.Figura 4: Mapa com o Percentual de Pessoas acima dos 65 anos (FGV Social, 2020) Figura 5: Mapa da cidade do Rio de Janeiro com o Percentual de Pessoas acima dos 60 anos por bairro (FGV Social, 2020) 18Um estudo realizado pelo IBGE (2019) demonstra que a expectativa geral de vida do brasileiro são 76,6 anos, no ranking de longevidade o estado do Rio de Janeiro ocupa a 8º posição com a expectativa de 77,0 anos. Combinado a isso, diversas cidades do Rio de Janeiro lideram o ranking de idosos e doenças crônicos elaborado pela consultoria da Macroplan. Onde o Rio de Janeiro também figura a lista das cidades com mais mortes entre pessoas que apresentam comorbidades.Aliado a isso, a situação da pandemia acentuou a pressão nos sistemas desaúde. Tanto pela alta procura por assistência e meios de tratamento, comotambém pelo tempo em que o cuidado pode se desdobrar, em virtude dareadaptação, para os casos de maior gravidade, ou por as sequelas deixadaspela doença. Entre os sintomas pode-se listar: fadiga crônica, sintomasneurológicos, distúrbios de sono e irritabilidade.Fonte: MacroplanPos ição Cidade EstadoTaxa de DCNT1 Petrópolis RJ 480,72 São Vicente SP 442,63 Nova Iguaçu RJ 420,54 Praia Grande SP 416,75 Pelotas RS 408,66 Olinda PE 403,97 Belford Roxo RJ 402,58 Guarujá SP 401,29 Santos SP 399,810 Duque de Caxias RJ 392,911 Canoas RS 385,512 Taboão da Serra SP 381,513 Rio de Janeiro RJ 380,814 São João de Meriti RJ 377,415 Campos dos Goytacazes RJ 375,2Cidades bras ileiras com mais comorbidades 6.344.141Casos de Covid-19 confirmados na região sudeste 883.360Casos de Covid-19 confirmados no Estado do Rio de Janeiro 298,33° maior índice de mortalidade do país.Mortalidade/100.000 habitantes 19RECORTEPor se tratar de uma das metrópoles mais populosasdo país, com o maior percentual de pessoas idosas e com altaconcentração de pessoas com doenças crônicas existe a claranecessidade por políticas públicas que atendam as demandas desaúde da população carioca.Somado a isso a pandemia deixa um lastro de usuáriosque precisam de cuidados continuados em virtude dosprocedimentos de internação ou mesmo das sequelas.Diante disso, se propõe a implantação do projeto deHospital de Cuidados Continuados na cidade do Rio de Janeiro.Visando contribuir para melhoria na qualidade de vida, reduzir apressão nos hospitais gerais, colaborando com a alta responsável.Durante o percurso do TFG foram estudados 5 terrenospara implantação do projeto, dois situados no Centro, um na Penhae outro no Cachambi. Nesse processo de análise e comparação, oterreno situado na Rua Panamá - Penha se mostrou coerente com asdemandas populacionais para implantação de uma UCC e aspectospaisagísticos considerados relevantes para o projeto.Dos critérios relevantes de projeto na tomada de decisão para sua implantação lista-se:Integrar a paisagem com as áreas internas do projeto.Descentralização de hospitais geraisFacilidade de AcessoExtensão do TerrenoAspectos da PaisagemAproximar a escala do projeto do usuário e colaborar com a prevenção de infecçõesPara transportes públicos, privados e de emergênciaComportar o programa numúnico nível20Avenida Henrique Valadares, n° 56 - CentroÁrea≌ 3.700m² IAT: 5,01• Dimensão do Terreno• A remoção do uso atual não implica em grandes impactos para vizinhança• Custo por m² em virtude da localização• Pode ser uma zona de disseminação de vírus• Afastado de zonas residenciais • Insolação prejudicada em virtude do edifício vizinho • Macrozona de ocupação controladaPONTOS POSITIVOSPONTOS NEGATIVOS• Proximidade com uma rede de serviços de saúde• Fácil Acesso• Local movimentado • Proximidade a comércio• O terreno faz frente com três ruas 21Avenida Henrique Valadares, n° 133 - CentroÁrea≌ 14.655m² IAT: 5,02• Dimensão do Terreno• Não possui uso• Proximidade com uma rede de serviços de saúde• Custo por metro quadrado em virtude da localização• Pode ser uma zona de disseminação de vírus• Afastado de zonas residenciais • Fácil Acesso• Local movimentado • Proximidade a comércio• O terreno faz frente com três ruas PONTOS POSITIVOSPONTOS NEGATIVOS• Macrozona de ocupação controlada22O TERRENO ESCOLHIDOPASSADO | PRESENTE | OPORTUNIDADES • Dimensões do Terreno• Fácil Acesso viário e de transporte público • Proximidade ao comércio• Está inserido próximo a estruturas com diversos níveis de assistência a saúde • Terreno possui construção abandonada• Necessidade de demolição das estruturas existentes • Possível necessidade de tratamento do solo• Faz testada com uma zona menos movimentada • Demanda de serviços de conservação pública no entorno PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS• Área residencial• Está inserido numa Macrozonade ocupação incentivada• O terreno faz frente com três ruasO terreno escolhido localiza-se na Rua Panamá com a Rua do Couto, possui umaárea 7.490 metros quadrados. Encontra-se situado na Macrozona de Ocupaçãoincentivada, que permite o uso misto. Faz frente com três ruas, Rua Panamá, Ruado Couto e Rua Luíza Figueiredo.Encontra-se nas imediações do IAPI da Penha, num área onde antes funcionava acadeia de fabricas que pertenciam a S.A Curtume Carioca. Após sua falência nofinal dos anos 1990, a área foi desapropria e parte dela vendida, contudo a áreade intervenção permaneceu abandonada.Trata-se de uma área majoritariamente residencial, no entanto existem galpões dediversos serviços nas quadras que se aproximam da Avenida Brasil. O entornoimediato é amparado por um comercio de apoio, que oferece supermercados,padarias, farmácias, lanchonetes e bares.NFigura 11: Planta de Situação. Fonte: Cadastral Rio de JaneiroFigura 12: Fotografia Aérea com demarcação do terrenoFonte: Acervo Pessoal23PENHAPENHASituada na Zona Norte do Rio de Janeiro, a Penha é um bairrotradicional do subúrbio carioca. Sua história se inicia com a Zona da Leopoldina,que é a região mais antiga da zona norte, a primeira a passar por loteamentoordenado (1850) e a receber iluminação elétrica (1910).De acordo com o censo o 2010 o bairro possui 78.678 habitantes.Além disso, segundo a pesquisa ‘’Onde estão os idosos?’’ realizada pela FGV em2020 a Penha encontra-se em 15° lugar no hanking de bairro com mais pessoasidosas na cidade do Rio, tendo o equivalente a 18,51% de sua população commais de 65 anos.O existência do bairro Penha remonta a implantação da primeira fazenda naregião em 1568. Até aqui, o lugar passou por diversas transformações, das quaisas que possuem influência direta no presente trabalho são: a Criação doCurtume Carioca (1949), Construção do Conjunto Residencial IAPI da Penha(1949) e a falência total do Curtume (1998). Isso porque o terreno escolhido paraimplantação do projeto localiza-se em uma das quadras que faziam parte docurtume. Além disso, a relação do fábrica com o conjunto habitacional foi crucialpara o desenvolvimento da área de interversão.A escolha da Penha para comportar o projeto proposto se deve, em primeirolugar, ao perfil etário de seus habitantes, que obedece uma relação direta com anecessidade de uma UCC. Por sua localização estratégica no cenário da zonanorte, como mostrará o estudo do sistema viário realizado e, também, apresentara possibilidade apoiar a estrutura de saúde do bairro. Ainda, o aspectoeconômico presente em toda zona norte acentua o contexto de vulnerabilidadepara pessoas com locomoção reduzida e idosos, o que reforça a necessidadeda implantação de uma UCC na região.Por fim, os critérios qualitativo e paisagístico foram determinantes diante dacomparação com os outros bairros. Quando se pensa em uma UCC é impossívelnegar o caráter residencial que o espaço possui. Existem diversas diretrizes paraalcançar a sensação de acolhimento, uma delas é implantar o projeto num lugarque proporcione esse tipo de sensação. Nesse sentido, a Penha e, em especial,o IAPI são capazes de proporcionar o acolhimento, a paz e a sensação depertencimento que são prezadas no presente trabalho.Figura 10: Mapa da cidade do Rio de Janeiro com demarcação do bairro da Penha. Fonte: FGV24CENÁRIOVISADA 2 VISADA 1 VISADA 3 Figura 13: Mapa de visadasFonte: Acervo PessoalFigura 14: Fotografia Rua PanamáFonte: Acervo PessoalFigura 15: Fotografia Rua Luísa FigueiredoFonte: Acervo PessoalFigura 16: Fotografia Rua do Couto. Fonte: Acervo Pessoal25CURTUME CARIOCANascido em 12 de julho de 1920 a S.A Curtume Carioca foi uma indústria de grande porteque atuava no tratamento de couro, comércio de couro e afins. Na mesma década de suacriação, a indústria alcançou o posto de principal curtume do país e maior parque industrialda Penha. Durante os anos 1980 o curtume ocupava uma área de 108.700m², ondetrabalhavam 3.000 funcionários. Tamanha sua relevância para o bairro que o símbolo oficialda XIª R.A – Penha era o desenho de um couro com uma engrenagem.As complicações administrativas e a concorrência com o avento do couro sintético de boaqualidade no final da mesma década afetaram sua produção, fazendo com que ele fossevendido e, posteriormente, em 1998 fosse decretada sua falência. Desde então diversosterrenos do parque industrial foram apropriados para os mais diversos usos, desdeconstrução de conjuntos habitacionais até templos de diferentes denominações.Os impactos ambientais gerados por uma estrutura industrial desse porteem sua vizinhança são inegáveis. A situação se agrava por se tratar de umaindústria de produção de couro, a qual o processo envolve o descarte dematerial contaminado, depósito de metais pesados no solo e uso decombustível fóssil em densa escala. Que são responsáveis pela geração dedoenças, contaminação do solo e do corpo hídrico. Durante o período deascensão do curtume, foi criada a Estação de Tratamento da Penha,visando reduzir os impactos gerados pelos efluentes industrializados.No terreno funcionavam os edifícios responsáveis pelo acabamento docouro, considerada a etapa mais limpa de todo processo. Contudo, nelatambém existe a emissão de compostos voláteis provenientes de solventesorgânicos e resquícios de substâncias utilizadas anteriormente. Mesmoestando desativado há mais de 20 anos, nessa área ainda podem haversubstancias nocivas depositadas, podendo causar doenças e atingir olençol freático.Atualmente, existem técnicas capazes de reverter a contaminação do solo.As mais indicadas para os compostos presentes em curtumes são astécnicas de incineração, disposição em aterro e biorremediação. Sendo aúltima a técnica que produz menos impactos a natureza. Uma vez que setrata do estimulo a processos biológicos, como: o uso de bactérias,nutrientes e espécies para degradar, transformar e remover oscontaminantes reduzindo os riscos e melhorando a qualidade do ambienteonde é proposta.Assim, a escolha de implantar uma UCC nesse terreno traduz um duplocompromisso com a saúde. Primeiramente, por trazer a pauta adescontaminação de um espaço que está abandonado e representa umpotencial risco para comunidade. E, também, por mudar a perspectiva deum espaço que trazia danos a saúde e inserir ali um programa que contribuicom a saúde e qualidade de vida continuamente.Figura 17: Perspectiva Aérea do Bairro nos anos 1990 com demarcação da área ocupada pelo curtume. Fonte: Acervo PessoalIGREJA NOSSA SENHORA DA PENHA POSTO DE SAÚDEHOSPITALCORPO DE BOMBEIROS26LEGENDAMAPEAMENTOUNIDADES DE SAÚDE + EMERGÊNCIAEm 1938 foi inaugurado o Hospital Estadual Getúlio Vargas, sendoum dos primeiros hospitais implantados no subúrbio. Atualmente a Penha contauma rede de apoio e suporte a saúde, através de um hospital, quatro Postos deSaúde e três Clínicas da Família A área de intervenção é resguardada pelaClínica Da Família, que através do sistema do SUS desenvolve o trabalho deacompanhamento da saúde de seus moradores.No mapa ao lado são demarcados os postos de saúde, hospitais eCorpo de Bombeiros. Possuir essa infraestrutura de saúde é fundamental paraimplantação da UCC. Embora haja a intenção de desvinculá-la da estrutura dohospital geral por questões já discutidas, é importante que haja uma redepróxima de apoio, tanto para facilitar o acesso e encaminhamento de pacientes,quanto para auxiliar em procedimentos que não competem ao programa emquestão.Implantar uma UCC nessa região significa completar essa rede de atenção asaúde, oferecendo tanto aos moradores quanto aos bairros vizinhos aoportunidade de ser assistido por um nível de cuidado intermediário.Possibilitando, também, a redução da demanda de leitos em hospitais como opróprio Getúlio Vargas ou o Hospital Geral de Bonsucesso, o que melhora aqualidade de atendimento nesses espaços.HOSPITAL GERAL GETÚLIO VARGAS Figura 18: Mapeamento Espaços de Saúde na Penha. Imagem AutoralLEGENDAPONTO DE ÔNIBUSESTAÇÃO DE BRTESTAÇÃO DE TREMMAPEAMENTORUA QUITOTRANSPORTE PÚBLICO + SISTEMA VIÁRIOO terreno se encontra no trecho que compreende entre a linha do trem e aAvenida Brasil. Pelo bairro passam diversas vias importantes, com a já citadaAvenida Brasil, que liga a Zona Oeste passa pela Zona Norte dando acesso aNiterói e a Região Central. As Ruas Quito e Ibiapina e Avenidas Lobo Junior eBraz de Pina são vias constantemente movimentação, que incluem rotas quelevam da zona oeste a zona sul do Rio.Pensando na malha do transporte público, o bairro é privilegiado com diversosmodais e linhas, como mostra o mapa ao lado. Considerando que o público alvoatendido pela UCC é idoso e/ou possui mobilidade reduzida foi realizado umestudo afim de analisar e verificar se as distâncias percorridas são ergonômicase atendem ao programa. Abaixo são listadas distâncias em relação a cadamodal.Ponto de Ônibus: mais próximo: 360metros Trem: 670 metrosBRT Estação 1: 986 metrosBRT Estação 2: 1,14kmDISTÂNCIAS MÍNIMAS PERCORRIDAS PARA ACESSO AOS MODAIS905 - Bonsucesso x Irajá 906 - Jardim América x Cajú923 - Jardim Violeta x Iapi da Penha940 - Ramos x Madureira 355 - Madureira x Praça Tiradentes 350 - Irajá x Passeio483 - Copacabana x Penha489 - Duque de Caxias SaensPena 497 - Laranjeiras x Penha630 - Saens Pena x Penha LINHAS DE ÔNIBUS QUE ATENDEM O ENTORNO IMEDIATO (RAIO DE X METROS)Na Penha, assim como em vários bairros da Zona Norte, existe uma divisão emdetrimento da implantação da linha de trem. O que gera diversos impactos, umdeles é a falta de integração espacial e, nesse caso, de transporte dentro dopróprio bairro. Hoje não existe uma linha de ônibus que circule por todo bairro daPenha. Isso faz com que as pessoas tenham que atravessar constantemente alinha do trem para ter acesso a um modal específico ou a uma linha de ônibusque circule em determina parte do bairro. Essa situação se torna mais dramáticaquando se pensa que ali transitam pessoas idosas e/ou com a mobilidadereduzida.Figura 19: Mapeamento transporte público na Penha. Imagem Autoral28ESTUDOLEGISLAÇÃO E CONDICIONANTESSegundo o Plano Diretor LC111/2011 o lote está numa Zona de Uso Misto, quepermite a inserção de um projeto de espaço de saúde naquela localidade. Paradisposições de ocupação, a área está inserida na Macrozona de Ocupaçãoincentivada, onde é determinado em 2,5 o coeficiente de aproveitamento doterreno. São permitidas construções de até 8 pavimentos, obedecendo ogabarito de 29 metros. Acerca de proteção das edificações e locais parainteresse do patrimônio cultural, não existe nenhum tombamento dentro ou nasimediações do lote, sendo livre a intervenção nele.ASPECTOS AMBIENTAISPara análise do ambiente é utilizada a NBR 15.220-3 que institui o zoneamentobioclimático brasileiro e estabelece diretrizes construtivas para melhorar odesempenho térmico das edificações. O cidade do Rio se encontra na ZonaBioclimática 8 (ZB-8), considerada a zona mais quente. A norma recomenda ouso de aberturas grandes com sombreamento, as alvenarias e cobertura sejamleves e de material/cor refletora.Por estar situada numa cidade de clima tropical úmido, com altas temperaturasdurante o verão, invernos secos e visando a maior eficiência energética eeconômica do unidade é de suma importância considerar o clima durante todo oprojeto. No diagrama a seguir é mostrada a orientação solar e a direção dosventos no terreno.De acordo com o gráfico no terreno existe a predominância dos ventos nosentido sudeste e oeste. Considerando a ventilação uma das principais diretrizespara ZB 8, nessas fachadas podem ser exploradas aberturas e permeabilidadesna implantação. Por outro lado, como a chuva também acompanha o sentido dovento é importante considerá-la no projeto de modo a mitigar seus impactos.Figura 20: Diagrama de Aspectos Climáticos. Imagem Autoral Figura 21: Gráfico Rosa dos Ventos cidade do Rio de Janeiro. Fonte: projetee.com PROGRAMA29A organização dos cuidados continuados na rede de atenção asaúde se organiza em duas tipologias. A primeira trata-se de Unidades deInternação em Cuidados Prolongados (UCP), um serviço prestado dentro de umHospital Geral ou Especializado que deve oferecer entre 15 a 25 leitos parainternação. A segunda tipologia, que se trata da área de interesse do trabalho,são Hospitais Especializados em Cuidados Prolongados (HCP), como o nomepropriamente diz trata-se de uma estrutura independente com o enfoque noscuidados continuados. Embora a legislação brasileira classifique esse tipo deunidade como hospital, sua estrutura programática, serviços prestados eprocessos desenvolvidos são de menor complexidade se comparado comHospitais Gerais.Para tipologia em questão é instituída a capacidade mínima de 40leitos por unidade, podendo ser acrescida por módulos de 40 leitos por vez.Cada modulo deverá possuir uma equipe multiprofissional visando desenvolverum trabalho articulado, com troca de informações que resultem num tratamentohumanizado e resolutivo a fim de alcançar a recuperação global do paciente. Atabela 3 define a composição das equipes multiprofissionais e suas respectivasescalas.Profissional PeríodoMédico plantonista 24h/7diasMédico 24h/dias úteis Enfermeiro: oitenta horas semanais 80horas/semanaEnfermeiro plantonista noturno 24h/7diasTécnico de enfermagem 24h/7diasAssistente sociaL 40horas/semanaFisioterapeuta 120horas/semanaPsicólogo 40horas/semanaFonoaudiólogo 60horas/semanaTerapeuta ocupacional 30horas/semanaTabela 3: Profissionais e escala de trabalho✓ Estrutura Independente✓ Maior capacidade de internação✓ Especializada em Cuidados Continuados✓ Associado a um Hospital Geral ou Clinica ✓Especializada✓ Capacidade limitadaHCP UCP30Medidas mínimas de projeto:• As portas deverão ter altura mínima de 1,80m e vão mínimo de 1,50revestidas de material lavável• A maçaneta deverá estar localizada entre 0,80 e 1,0m do solo.• Os interruptores devem se situar entre 0,60 e 1,0m do solo.• As tomadas devem se situar entre 0,40 e 1,0m do solo.• Piso: Liso (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos delimpeza, descontaminação e desinfecção.• Parede: Lisa (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processosde limpeza, descontaminação e desinfecção.• Teto: deve ser resistente à lavagem e ao uso de desinfetantes.• Os corredores devem possuir no mínimo 1,50 m de largura para permitir otrânsito de duas cadeiras de rodas.• Os leitos devem contar com uma faixa livre de circulação com no mínimo0,90 m de largura, prevendo área de manobras para o acesso ao sanitário,camas e armários.• Pelo menos 5% dos leitos devem ser acessíveis a cadeirantes, com alturade 0,46m. Recomenda-se que outros 10% sejam adaptáveis.• Os boxes para bacia sanitária devem possuir dimensão mínima de 1,50 m(largura) X 1,70 m e devem garantir as áreas para transferência diagonal,lateral e perpendicularNa legislação também são dispostas características e demandas básicas deprojeto. Em virtude do serviço prestado e dos usuários principais do objeto, aacessibilidade é elencada como prioridade no projeto. Logo após, é disposta anecessidade de alguns setores como:- Sala Multiuso de reabilitação- Serviço de apoio diagnóstico e terapêutico, contando com laboratório deanálises clínicas e serviço de radiologia com funcionamento ininterrupto, nasvinte e quatro horas do dia e nos sete dias da semana;- Assistência Nutricional- Assistência FarmacêuticaFonte: Portaria 2.809 de dezembro de 2012PROGRAMA PROPOSTO31Para o desenvolvimento do projeto será considerado a tipologia deHospital Especializado em Cuidados Continuados obedecendo a capacidademínima de 40 leitos - . A legislação brasileira não descrimina as tipologias deacordo com o período de internação, como é feito em Portugal. Contudo, afim deprojetar mais assertivamente e estabelecer uma ênfase para a unidadeprojetada considera-se o modelo português de Unidades de Média Duração eReabilitação – UMDR. Que trata pacientes com perda transitória de autonomiapotencialmente recuperável. Tendo como objetivo a estabilização clínica,avaliação e reabilitação integralPensando na estrutura a ser projetada e sua contribuição paracomunidade, instaura-se também o atendimento a pacientes não-utentes. Demodo a promover o cuidado continuado em casos que não há demanda deinternação, mas ainda a necessidade de acompanhamento. Para tal serãoofertados os mesmos serviços terapêuticos: terapia ocupacional,acompanhamento psicológico, fisioterapia e fonoaudiologia.Parte importante do trabalho é considerar o cuidado humanizado ea experiência oferecida ao usuário, por isso o programa é acrescido de serviçosnão descriminados como obrigatórios para o funcionamento de uma HCP, comintuito de melhorar a experiência do paciente em internações de longa duração,como é o caso das salas de convivência e jardins. Na tabela a seguir é possívelobservar os setores que serão considerados em projeto.• Recepção• Sala de reuniões• Direção• Sala de arquivos• Assistência SocialSETOR ADMINISTRATIVOCLÍNICO APOIO TÉCNICO SOCIAL• Salão de convivência• Auditório • Refeitório• Jardim• Lanchonete• Sala de atendimento• Consultório Odontológico• Sala Multiuso de reabilitação• Farmácia e estocagem• Quarto de internação• Depósito de limpeza • Copa • Vestiário para funcionários • Sala para material descontaminado • Depósito de resíduos• Embarque e desembarque de ambulâncias• Lavanderia • Sala de leitura• Oficina 32PROGRAMA DE NECESSIDADESPRÉ-DIMENSIONAMENTOPROGRAMA E QUADRO DE ESTIMATIVA DE ÁREAS MÍNIMAS SETOR AMBIENTE QUANTIDADE ÁREA UNIT. ÁREA TOTAL (m²)ADMINISTRATIVORECEPÇÃO 1 20 20SANITÁRIOS 4 8 32ADMINISTRAÇÃO 1 30 30SECRETARIA 1 16 16SALA DE ARQUIVOS 1 8 8TESOURARIA 1 12 12RECURSOS HUMANOS 1 4,35 4,35SALA DE REUNIÕES 1 30 30DIREÇÃO 1 15 15ARQUIVO 1 12 12COPA 1 6 6CLÍNICOCONSULTÓRIO 4 9 36CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO 1 12 12ASSISTÊNCIA SOCIAL 1 9 9ESPERA 1 25 25SANITÁRIO 2 12 24TERAPÊUTICO CONSULTÓRIOS 4 10 40SALA MULTIUSO DE REABILITAÇÃO 1 35 35ESPERA 1 25 25VESTIÁRIO 2 20 40PROCEDIMENTOSSALA DE INALAÇÃO COLETIVA 1 12 12SALA DE CURATIVOS 1 9 9SALA PARA COLETA 3 2,5 7,5FARMÁCIA 1 14 14ESTOCAGEM 1 4 4ENTREGA DE RESULTADO DE EXAMES 1 12 12RAIO X 1 25 25ARQUIVO 1 3,6 3,6ESPERA 1 30 30SANITÁRIOS 2 8 16INTERNAÇÃOBANHO ASSISTIDO 1 12 12POSTO DE ENFERMAGEM 1 8 8COPA 1 1,5 0DEPÓSITO DE RESÍDUOS 1 3,5 3,5DEPÓSITO DE ROUPAS SUJAS 1 4,5DEPÓSITO DE ROUPAS LIMPA 1 6SALA DE UTILIDADES 1 7 7DTL 1 5,4QUARTO DE INTERNAÇÃO 40 30 1200SOCIALCAFÉ 1 60 60REFEITÓRIO 1 80 80AUDITÓRIO 1 130 130SALA DE CONVIVÊNCIA 1 40 40SALA DE CONVIVÊNCIA FUNCIONÁRIOS1 30 30SALA DE LEITURA 1 40 40ATELIER 1 30 30SANITÁRIOS 4 12 48PÁTIOS 3 100 300JARDIM 2 100 200APOIO TÉCNICOVESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS2 18 36COPA 2 9 18COZINHA 1 25 25CARGA E DESCARGA DE MATERIAIS1 25 25RECEBIMENTO, INSPEÇÃO E REGISTRO (MATERIAIS E EQUIPAMENTOS)1 12 12ALMOXARIFADO 1 10 10DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA (DML)1 2,5 2,5DEPÓSITO DE MACAS E CADEIRAS DE RODAS1 4,5 4,5SALA DE ARMAZENAGEM DE ROUPA SUJA2 6 12SALA DE ARMAZENAGEM DE ROUPA LIMPA2 10 20DEPOSITO DE RESÍDUOS CONTAMINADOS1 5,4 5,4DEPÓSITO DE RESÍDUOS COMUNS 1 5,4 5,4DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS1 5,4 5,4ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DE LIXO3 3,25 9,75RECEPÇÃO, DESCONTAMINAÇÃO E SEPARAÇÃO DE MATERIAS 17,2 7,2ESTERILIZAÇÃO E ESTOCAGEM DE MATERIAL 112 12ABRIGO EXTERNO DE RESÍDUOS 1 10 10ÁREA TOTAL ESTIMADA: 2973,133PROPOSTAO projeto se desdobra da relação entre todo plano conceitual e programático paraUCC com as análises de lugar realizadas. Considerando e respeitando osaspectos ambientais, sociais, históricos do lugar. Atuando de modo apotencializar os pontos positivos levantados, e mitigar os aspectos negativos pré-existentes.A proposta se inicia pensando nos impactos que a reativação do terreno podepromover no seu entorno imediato, ainda mais considerando que sua árearepresenta mais de 50% da quadra. Para tal se propõe que a implantação serelacione com a praça, de modo gerar fluxo em seu interior a partir doposicionamento estratégico para acesso da unidade. Integrando o paisagismodas duas áreas, de modo revitalizar a praça e gerar maior aproximação dacomunidade com o programa.A história e a sensação de pertencimento do bairro são dois pontos quepromovem a aproximação do usuário com a ideia de lar em relação a unidade.Desse modo a edificação se insere num único pavimento, obedecendo o gabaritomédio vizinho que é de 5 metros, que além de promover conforto aos espaçosinternos, permite a elevação da unidade em relação a rua e a criação do setortécnico na cobertura. Posicionar a unidade num único pavimento também éinteressante do ponto de vista terapêutico, em virtude de tornar os espaçosacessíveis a todos usuários. Sobre a história do lugar, é disposta a utilização dematerialidades e paleta de cor que reforcem a identidade do bairro.Durante a análise, os pontos críticos de maior impacto para qualidade do projetosão a sensação de risco que o terreno abandonado promove e suas condiçõesambientais. Implantar um aparato público de saúde já resolve a questão doabandono, mas não da qualidade do ambiente. Porque é através da interação daarquitetura com o meio que, também, se desenvolve a terapia dos usuários e dolugar. Com base nisso, no projeto serão preconizadas as relações de interior eexterior, privilegiando a permeabilidade visual desde a implantação até escolhade materiais.DIRETRIZES DE PROJETOApesar de não ser detalhado no projeto, a análise da qualidade do solo doterreno proposto é essencial para entender melhor suas condições e, assimfornecer diretrizes caso seja necessária a descontaminação. Como não se temacesso a esse dado e afim de projetar da forma mais assertiva, é considerado opanorama mais pessimista. Onde existe a contaminação e a estrutura existenteestá comprometida, por isso durante o projeto não é considerado a estrutura enem a massa arbórea.Por fim, é necessária a criação de uma linha de ônibus circular no bairro visandosua melhor integração e acessibilidade, principalmente na área da UCC.Integração dos ambientes internos com o exterior Privilegiar ventilação e iluminação natural Horizontalizar o programa Setorização eficiente, adequada aos fluxos e processosQuartos de internação individuais e confortáveis.Utilização da arte para composição do espaço34REFERÊNCIAS DE PROJETOREDE SARAH – SALVADORImplantado numa cumeada típica do Recôncavo, o terreno da Rede Sarah de Salvadorpossui uma área de 70.000m² localiza-se na zona central da cidade. O projeto do HospitalSarah Kubitschek de Salvador foi elaborado em 1987 e construído em 1991. Durante suainauguração, em 1994, sua capacidade instalada era de 157 leitos.As condições favoráveis do terreno possibilitaram a implantação de um hospital horizontal,que segundo o arquiteto idealizador era a disposição mais adequada ao programa dereabilitação proposto ao espaço. A proposta de implantação se assemelha com aarquitetura colonial do recôncavo, através de uma construção baixa inserida no alto dacumeada, com visada do mar e ventilação abundante.O hospital se estrutura em um único bloco horizontal disposto entre galerias subterrâneas,que correspondem ao andar técnico e funcionam como um túnel de ventilação responsávelpor distribuir o ar por todo pavimento terreno.A Flexibilidade da construção, criação de espaços verdes, iluminação natural, confortotérmico, flexibilidade da infraestrutura e a padronização da construção foram princípioslevados em conta durante todo processo conceptivo dessa unidade. Além disso, utiliza-seda arte como composição do espaço e meio para sua humanização. Em todo hospital épossível observar os muros coloridos, painéis, quadros e peças de mobiliário concebidaspelo artista Athos Bulcão.Figura 7:.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos -da-arquitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-filgueiras-lima-lele35ReferênciasCENTRO GERIÁTRICO SANTA RITAConcebido em 2003 pelo arquiteto Manuel Ocaña, o centro geriátrico localiza-se NA CIDADEDE Ciutadella, na Espanha. Segundo o autor, os centros geriátricos devem ser locais otimistas,que despertem a vontade das pessoas de habitá-lo ou visita-los. Dessa forma, foi proposta acriação de um ambiente diferenciado que estimule o aproveitamento do tempo livre pelosidosos.O projeto da unidade foi pensado para oferecer ampla acessibilidade, autonomia física,segurança psicológica e respeito a privacidade dos hospedes e visitantes. Assim, o projeto seestruturou em um único pavimento, sem corredores ou barreiras arquitetônicas. É possível teracesso ao pátio central de todos os quartos por meio da circulação aberta e interconectada, aqual permite um deslocamento dinâmico entre os setores.Caminhar pela unidade significa percorrer um espaço sem portas ou corredores, o queestabelece percursos que não implicam em uma única solução. Traduzindo um espaço decirculação ‘’poli-atmosférico’’. Um série de eventos que podem estimular os sentidos eamenizar a desorientação e tédio espacial decorrente de viver num centro geriátrico.Considerando o conforto térmico e luminoso as paredes são compostas por duas camadas, apele interior e o acabamento exterior que se projeta de acordo com a orientação solar. Ascores dos ambientes também são pensadas de acordo com orientação. Por se localizar nohemisfério norte a fachada norte fortalece a luz fria com o emprego de revestimentos de corazul e verde, enquanto na fachada sul é possível ter ambientes mais quentes com a utilizaçãode revestimento amarelo.Figura 8: Disponível em: https://www.archdaily.com/24725/santa-rita-geriatric-center-manuel-ocana?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user36ReferênciasCENTRO MÉDICO PSICOPEDAGÓGICOInaugurado em 2015 o Centro Médico Psicopedagógico situa-se na cidade de Vic, naEspanha. Numa região rodeada por parques onde estão implantados os principais centrosde saúde da cidade. O projeto concentra todos os serviços de reabilitação para pessoascom doenças mentais em basicamente um único pavimento para facilitar a mobilidade deseus usuários. Ao redor do pavilhão de acesso central se ramificam os outros pavilhões comseus programas específicos, adaptados a topografia original e separados por jardins epomares.A edificação que é estruturada a partir da repetição de módulos de 6 metros de largura, comuma cobertura abobadada metálica modulada a cada 2,4 metros. unidade de 1652m² traduzem seus espaços uma escala domestica e de acolhimento das áreas internos somado àrelação do centro com a natureza, que colaboram para a produção de um espaço quecolabora com a saúde emocional.Outro ponto notável nesse projeto são suas características de eficiência energética eventilação passiva, que fazem o Centro obtenha certificação energética na categoria ‘’A’’, amais eficiente. Primeiramente por adotar uma cobertura a qual permite a ventilar a câmara dear acima dos ambientes durante o verão, e oferece a opção de ser fechada durante o invernoo que conserva o calor e ajuda a propaga-los pelo interior com mecanismos automatizados.As varandas dos quartos de internação voltadas para o sudeste que além de servirem comoelemento de proteção solar também cumprem a função de colchão de ar, isso ocorre atravésde um sistema de cortinas PVC que podem ser fechadas durante o inverno, para reter calor,ou abertas para que circule a ventilação durante o verão. Nas varandas foram plantadasdiversas espécies que são cultivadas pelo próprios pacientes como terapia de reabilitação.Figura 9:. Fotografias e Desenho técnico do Centro Médico PsicopedagógicoDisponível em: https://www.archdaily.com.br/br/878967/centro-medico-psicopedagogico-comas-pont-arquitectos37ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃOOPÇÃO 1 LEGENDA ADMINISTRATIVOCLÍNICOQUARTOS DE INTERNAÇÃO ÁREA SOCIALCIRCULAÇÃO ACESSO PRINCIPALACESSO DE SERVIÇOESTACIONAMENTOCARGA/DESCARGAA implantação foi determinada a partir do estudo dascondições do terreno, diretrizes de projeto e legislaçãoem vigor. O acesso principal da Unidade de CuidadosContinuados acontece pela Rua do Couto, de modo aprivilegiar a relação com a praça existente. Na Rua LuizaFigueiredo é posicionado o acesso de serviço, quefunciona tanto para os funcionários, como visitantes,todas as operações e manejo de insumos no interior dolote.Todo programa Clínico e administrativo é voltado parafachada de acesso, de modo a já setorizar os limites deacesso. Por conseguinte os blocos dos quartos deinternação são dispostos no interior, preconizando o ventopredominante que vem do sudeste, posicionando a maiordimensão das fachadas dos quartos em direção opostaao norte – com maior insolação.O bloco destinado as áreas sociais é dispostoacompanhando paralelamente a Rua Luiza Figueiredo,permitindo que as áreas de convívio tenham um plano defundo menos movimentado. Mas ao mesmo tempo,oferecendo ao exterior , através da permeabilidade, amovimentação e segurança que atualmente não existem..Entre os volumes são criados pátios, que além deproduzirem maior conforto ambiental, contribuempara a terapia desenvolvida pela unidade sendo partedo programa proposto. Em relação ao exterior, ospátios se comunicam com a Rua Panamá através desoluções de permeabilidade que serão propostas nodecorrer do trabalho. Os volumes dos dormitórios sãoseparados de modo a gerar uma circulação externaque possibilite o acesso aos outros pátios sem quehaja necessidade de transitar no interior da unidadeFigura 22: Diagrama com Setorização dos Ambientes e relação com meio. Imagem AutoralFigura 23: Diagrama com Setorização dos Ambientes. Imagem Autoral38ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃOOPÇÃO 2 LEGENDA ADMINISTRATIVOCLÍNICOQUARTOS DE INTERNAÇÃO ÁREA SOCIALCIRCULAÇÃO ACESSO PRINCIPALACESSO DE SERVIÇONa segunda opção de implantação a lógica de acesos eposicionamento do estacionamento e carga/descargasão mantidas, uma vez que tem relação com a o melhoraproveitamento das condições no espaço.Levando em consideração essa dinâmica, os setoresadministrativo e clínico também são mantidos em suasposições. Contudo, no interior do lote ocorrem algumasalterações. Primeiramente, os volumes destinados aosquartos de internação são dispostos longitudinalmente,de forma aproveitar a maior extensão do terreno paraacomodar o setor com maior área dentro do programa.As circulações internas do bloco que é dividido sãoESTACIONAMENTOCARGA/DESCARGAvoltadas para o exterior, de modo a fazer divisa com oterreno. Afim de garantir a ventilação cruzada , nasparedes de divisa do lote serão utilizados materiais quepermitam a permeabilidade.Considerando a relação com o exterior, propõe que obloco esteja elevado em relação ao nível da rua paraoferecer privacidade as operações realizadas em seuinterior. Entre os blocos de dormitórios são criadospátios, que além de representarem um ganho paraqualidade do ambiente, possibilitam a mobilidade econtato com a natureza.O bloco destinado as áreas sociais é implantadofazendo divisa com a Rua Panamá, oferece umaperspectiva mais movimentada. No centro do blocoé criado o terceiro pátio, em menor escala e maisintimista.Embora não esteja definido na implantação, existemcirculações internas e externas entre os setores,que aparecerão posteriormente com odesenvolvimento da planta. .Figura 24: Diagrama com Setorização dos Ambientes e relação com meio. Imagem AutoralFigura 25: Diagrama com Setorização dos Ambientes. Imagem Autoral39DIAGNÓSTICO URBANO E INTERVENÇÕES PROPOSTASForam elencados os principais problemas urbanos que afetam o funcionamento desselugar. No diagrama acima estão representados os principais pontos que serão objeto deintervenção:1. Falta de legibilidade no traçado urbano;2. Arruamentos largos que acarretam em situações de insegurança para os pedestres e condutores;3. Ruas e espaços públicos subutilizados;4. Falta de acessibilidade nas travessias.A partir disso foram definas estratégias para mitigar os problemas urbanos econtribuir com a acessibilidade da UCC:1. Alinhar o traçado das ruas afim de melhorar a legibilidade do espaço.2. Estratégias de pintura no piso em ruas largas. 3. Criação de rampa de transferência para travessia acessível.4. Elevação da pavimentação com piso intertravado afim de reduzir a velocidade do tráfego (traffic calming).PROJETO40ARBORIZAÇÃO E SETORIZAÇÃO DA PRAÇAPara complementar a vegetação e garantir sombreamento nas áreas depermanência propõem-se o plantio de novas espécies na praça. Relacionandoseus posicionamentos com a orientação solar e os espaços criados nasetorização a seguir.Além da proposta arquitetônica, para garantir a ativação do espaço público como um todo énecessário agir também nas áreas livres. Deste modo, propõe-se em paralelo a criação deespaços que se relacionem com o programa da UCC e contribuam para a apropriação doespaço público. Sendo assim, é proposto para a praça:1. A criação de um pista de corrida no seu entorno;2. Local de contemplação e permanência: pórtico de acesso a praça que remetem a história do antigo Curtume.3. Ágora: espaço central para reunião, realização de feiras e atividades ao ar livre.4. Academia pública voltada para terceira idade.41DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOPara o lançamento inicial, desconsiderou-se por completo as edificaçõesexistentes do terreno em virtude da falta de acesso à documentos e registrosdos imóveis, partindo de um terreno totalmente vazio e com base no programapreliminar, estipulou-se a área total da edificação em aproximadamente2.800m². Esta metragem será distribuída totalmente no nível térreo, por se tratarde uma unidade voltada à pessoas com mobilidade reduzida, evitando destaforma desníveis nos espaços internos ou necessidade de circulações verticais(Escadas e rampas), melhorando a acessibilidade dos espaços, contribuindopara a recuperação e reduzindo riscos de quedas e acidentes.O programa foi distribuído no terreno, tomando a praça como entrada principal e graduando osníveis de acesso, partindo de público até o totalmente restrito. 1. Na faixa de acesso público,teremos os elementos do programa voltados para o recepcionamento dos usuários e atividadesvoltadas para a comunidade. 2. Na faixa de acesso controlado, serão distribuídos os elementosdo programa voltados para o atendimento clínico, terapêutico, convivência dos usuários internose equipamentos de apoio ao funcionamento da edificação; 3. Já na faixa de acesso restrito,estarão posicionados os quartos de internação e seus respectivos equipamentos.42DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICONa imagem acima, representa-se os elementos do programa de forma maisdetalhada, seguindo o direcionamento apontado anteriormente sobre os níveisde privacidade e controle de acessos. 1. Na faixa um, teremos os setores:Administração, Recepção e desenvolvimento pessoal, aproveitando de suaconexão com a praça, facilitando a integração da unidade com a comunidade.2. Na faixa dois, teremos os setores: Apoio técnico e logístico com seurespectivo acesso voltados para a rua Luíza Figueiredo por ser menosmovimentada, atendimento, alimentação e terapêutico, voltado para a ruapanamá, que proporcionará conexão com a vida da comunidade. 3. Na faixatrês, o setor de internação, tomando partido da privacidade no fundo do lote.43DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOAfim de viabilizar a conexão dos espaços propostos, foram dispostascirculações tronco entre os diferentes níveis de acesso, facilitando a conexãoentre os setores e viabilizando também o controle de acesso. O afastamentodos pavilhões também contribuirá na ventilação dos compartimentos,agregando ao conforto ambiental da unidade e garantindo a renovação de arem seu interior, item crucial por se tratar de uma unidade de saúde.Os pavilhões, por sua vez, são separados em blocos e afastados uns dos outros para criação deespaços livres internos que se articularão com os setores próximos. Estes espaços serãocaracterizados de acordo com sua função, proporcionando diversas atividades para os internos.Além de contribuir com a funcionamento da unidade, esses pátios proporcionam melhorqualidade nos ambientes internos, atuando como filtro para a ventilação e proporcionando umambiente humanizado para todos os usuários.Figura 37: Permeabilidade do solo no interior do terreno44Paisagismo – ConcepçãoFigura 35: Identificação dos limites de atuação Figura 36: Diagrama conceitual para paisagismoDurante o projeto foi definido que o paisagismo dapraça seria integrado com a UCC de modo a criarmaior conexão com seu entorno. Esta estratégia iráatuar na ativação do espaço público, garantindo asustentabilidade social do espaço, a segurança dosusuários e o pleno funcionamento do conjunto praçae unidade.A articulação dos espaços se inicia a partir dairradiação do espaço público para a UCC. Por isso,foi definido o centro da praça como ponto de iníciodo traçado paisagístico, alinhando-se ao eixo deacesso da unidade (em laranja), onde estãoconcentradas as principais atividades. Irradiando-sea partir deste centro, tem-se uma diferenciação depisos e texturas, que irão partir da praça e adentrarãonos espaços livres da UCC, criando a conexão visualdo conjunto.O processo de internação pode gerar bastanteestressante por parte do usuário. Nesse sentidooferecer acesso seguro e controlado a áreas externasse trata de uma ótima estratégia para redução daansiedade. Visando oferecer diversas possibilidadesde utilização desses espaços e explorar seu poderterapêutico para recuperação dos residentes, asetorização do paisagismo é pensada para oferecerdiferentes possibilidades de apropriação dosespaços externos e interação com a natureza.Esses espaços funcionaram de três formas:1. Pátio2. Jardins Transitáveis3. Jardins contemplativos45Setorização dos ambientes em plantaFigura 38: Diagrama de implantação com Setorização macro dos AmbientesAFigura 39: Compartimentação dos setores, com hierarquia de acesso aos ambientesNas figuras 38 e 39 é possível observar o zoneamento dos setores dentro de cada bloco, sua conformação se deuconsiderando a orientação solar, relações com as áreas externas criadas e dinâmica de trabalho para cadaambiente, principalmente se tratando do Setor Clínico e de Apoio Técnico.Os ambientes relacionados a recebimento de insumos e a procedimentos que envolvem terceirização sãoposicionados mais próximos a fachada da Rua Luiza Figueiredo.Os ambientes relacionados ao apoio as atividades clinicas e desenvolvidas no setor de internação sãoposicionadas ao lado do corredor esquerdo.As áreas destinadas a apoio aos funcionários da unidade (copa, área de convivência) são posicionadaspróximas a administração e recepção, voltadas para a fachada sudeste, onde existe menor insolação. Tendotambém relação com o jardim, o que proporciona ambientes de descompressão maior qualidade ambiental.Os ambientes administrativos relacionados ao atendimento direto ao público são posicionados ao lado darecepção.No interior do bloco administrativo, são posicionados as áreas de trabalho que requerem maior privacidade econtrole de acesso.Os consultórios são posicionados próximos a recepção, concentrando-se principalmente na fachada noroeste.Que embora seja a fachada com maior insolação, é contemplada com o jardim onde há o trafego reduzido depessoas e por isso maior privacidade para quem está em atendimento.;Os ambientes relacionados a procedimentos e exames são posicionados no final do bloco, de modo a obedecera ideia de atendimento clinico e posteriormente intervenção.Os ambientes que possuem acesso público irrestrito são posicionados no eixo de acesso a unidade.Ambientes sociais voltados principalmente aos residentes da unidade são posicionados no final do pavilhão, deforma a controlar o acesso externo e gerar maior privacidade.Os ambientes relativos a fisioterapia são posicionados voltados para o pátio afim de facilitar a integração com oexterior.Os consultórios são voltados para os jardins contemplativos para que haja maior privacidade.No centro do pavilhão de internação é posicionado o posto de enfermagem e os ambientes de apoiorelacionados, afim de otimizar o trabalho dos enfermeiros e facilitar o acesso e visibilidade dos quartos.As circulações foram pensadas e posicionadas sempre priorizando a ventilação e iluminação natural dosambientes internos.46Figura 40: Corte esquemático A, demonstrando incidência solar em laje simplesFigura 41: Corte esquemático A, demonstrando funcionamento de laje com colchão de arFigura 42: Corte esquemático A, demonstrando estratégias de cobertura para mitigar os problemas de irradiaçãoEstratégias de cobertura para mitigar insolação na edificaçãoA figura 40 ilustra um sistema de laje simples recebendoincidência solar gerando irradiação que aquece os ambientesinternos. Nesse sentido, a primeira estratégia utilizada é acriação de colchão de ar exercendo a função de isolantetérmico evitando a propagação direta do calor recebido nacobertura. (figura 41). Para os ambientes externos sãoplantadas espécies de árvores de modo a contribuir com osombreamento.Além das estratégias que visam bloquear a incidência solar,utiliza-se de soluções ativas para remoção do ar quente dointerior da Unidade. Os compartimentos são posicionados deforma a gerar ventilação cruzada; a circulação central possui pédireito elevado e abertura de ‘sheds’ que também contribuempara a melhoria do conforto ambiental. Estratégiasrepresentadas na figura 42.O pátio central por possuir maior área exposta a insolação,intempéries e por se tratar de um espaço que relaciona arecepção ao setor de internação, propõem-se o uso decobertura modular com aberturas pontuais que protegem oespaço e ao mesmo tempo oferecem iluminação natural.A vegetação por sua vez, além da função de sombreamento,atuará como pulmão verde filtrando e melhorando a qualidadedo ar que circula entre os pavilhões.47ESTUDOS DE INSOLAÇÃO NAS FACHADASA partir da definição da implantação foi possível estudar os impactos da insolação em cada fachada afim de observar as orientações mais criticas, e escolher soluções arquitetônicas adequadas para cada face de acordo com a orientação e época do ano. De acordo com a leitura das cartas solares analisadas, constatou-se que as fachadas nordeste e noroeste são aquelas que recebem a maior parte da insolação crítica, seja por períodos da tarde ou grandes períodos seguidos. Nessas fachadas, cuidou-se para proteger os vãos de esquadrias, com a utilização de venezianas e/ou o recuo da fachada com a criação de varandas (como é o exemplo das unidades de internação).Figura 45: Insolação na fachada Noroeste Figura 46: Insolação na fachada SudoesteFigura 43: Insolação na fachada Sudeste Figura 44: Insolação na fachada Nordeste48ACESSO PRINCIPALACESSO TÉCNICOFigura 47: Planta de Cobertura491 Depósito de Roupa Suja2 Rouparia3 Área de Serviço4Recepção e Separação de Materias5 Vestiário Funcionários6 Controle de Acesso7 DTL8Recepção e Esterilização de Materiais9Armazenamento e Distribuição de Materiais10 DML11 Almoxarifado12 Depósito de Macas13 Depósito Externo de Resíduos14 Sala de Curativos15 Sala de Coleta16 Resultado de Exames17 Lavabos18 Consultório Odontológico19 Consultório Indiferenciado20 Sala de Espera21 Farmácia22 Sala de Inalação Coletiva23 Sala de Preparo24 Sala de Exame - Radiologia25 Arquivo - Radiologia26 Circulações - Atendimento27 Recursos Humanos28 Lavabos29 Tesouraria30 Direção31 Sala de Reuniões32 Secretaria33 Sala de Espera34 ARQUIVO35 Circulações36 Recepção37 Auditório38 Café39 Cozinha - Café40 Lavabos41 Refeitório42 Cozinha - Refeitório43 Circulações44 Sala de Convivência45 Sala de Leitura46 Oficina47 Sala de Espera48 Consultório - Psicologia49 Vestiário + Sanitários50 Sala Multiuso de Reabilitação51 Consultório Indiferenciado52 Lavabos53 Quarto de Internação54Quarto de Internação -Acessibilidade55 Posto de Enfermagem56 Depósito de Roupa Suja57 Rouparia58 Lavabo - Posto de Enfermagem 59 DTL60 Sala de Utilidades61 Circulações62 Pátio62 Pátio Interno - Área de Internação63 JardimACESSO PRINCIPALACESSO TÉCNICOFigura 48: Planta baixa com layout e paisagismoLegenda:50Quadro de Áreas - UCCSetor Número Ambiente QuantidadeÁrea total (m²)APOIO TÉCNICO1 Depósito de Roupa Suja 1 13,112 Rouparia 1 19,163 Área de Serviço 1 21,324Recepção e Separação de Materias 1 22,675 Vestiário Funcionários 2 28,426 Controle de Acesso 2 12,097 DTL 2 2,888Recepção e Esterilização de Materiais 1 11,729Armazenamento e Distribuição de Materiais 1 12,1710 DML 1 8,111 Almoxarifado 1 8,6312 Depósito de Macas 1 9,1713 Depósito Externo de Resíduos 1 3,76ATENDIMENTO14 Sala de Curativos 1 10,0915 Sala de Coleta 1 16,3116 Resultado de Exames 1 3,1217 Lavabos 3 16,7718 Consultório Odontológico 1 12,3119 Consultório Indiferenciado 4 40,7520 Sala de Espera 1 40,6121 Farmácia 1 922 Sala de Inalação Coletiva 1 9,4423 Sala de Preparo 1 12,7824 Sala de Exame - Radiologia 1 18,3825 Arquivo - Radiologia 1 1,5526 Circulações - Atendimento 1 33,66ADMINISTRATIVO27 Recursos Humanos 1 17,3528 Lavabos 1 16,2629 Tesouraria 1 9,7430 Direção 1 16,7331 Sala de Reuniões 1 20,332 Secretaria 1 29,5833 Sala de Espera 1 11,24O 21 Farmácia 1 922 Sala de Inalação Coletiva 1 9,4423 Sala de Preparo 1 12,7824 Sala de Exame - Radiologia 1 18,3825 Arquivo - Radiologia 1 1,5526 Circulações - Atendimento 1 33,66ADMINISTRATIVO27 Recursos Humanos 1 17,3528 Lavabos 1 16,2629 Tesouraria 1 9,7430 Direção 1 16,7331 Sala de Reuniões 1 20,332 Secretaria 1 29,5833 Sala de Espera 1 11,2434 ARQUIVO 1 6,635 Circulações 1 17,9636 Recepção 1 161,37SOCIAL37 Auditório 1 115,838 Café 1 78,7739 Cozinha - Café 1 20,440 Lavabos 4 15,2641 Refeitório 1 96,242 Cozinha - Refeitório 1 25,6643 Circulações 1 46,3444 Sala de Convivência 1 66,1745 Sala de Leitura 1 44,3746 Oficina 1 42,81TERAPÊUTICO47 Sala de Espera 1 35,6348 Consultório - Psicologia 2 22,2549 Vestiário + Sanitários 2 36,6750 Sala Multiuso de Reabilitação 1 77,6951 Consultório Indiferenciado 2 28,0552 Lavabos 2 3,58INTERNAÇÃO53 Quarto de Internação 38 811,6854Quarto de Internação -Acessibilidade 2 55,5855 Posto de Enfermagem 1 45,8356 Depósito de Roupa Suja 1 3,4457 Rouparia 1 3,94INTERNAÇÃO53 Quarto de Internação 38 811,6854Quarto de Internação -Acessibilidade 2 55,5855 Posto de Enfermagem 1 45,8356 Depósito de Roupa Suja 1 3,4457 Rouparia 1 3,9458 Lavabo - Posto de Enfermagem 1 3,3659 DTL 1 2,8360 Sala de Utilidades 1 19,25CIRCULAÇÃO61 Circulações 804,5PAISAGISMO62 Pátio 1 249,4862 Pátio Interno - Área de Internação 1 406,2363 Jardim 340,03QUADRO DE ÁREAS POR AMBIENTE Área total: 4206,9 m²51Implantação Figura 49: Corte geral AA, demonstrando relação entre os blocos de diferentes caráterFigura 50: Corte geral BB, demonstrando relação entre os blocos de acesso controlado e seus respectivos pátios52Figura 51: Corte Fachada Principal - AuditórioMATERIALIDADEA escolha dos materiais empregados no projeto seguiu três critérios: primeiroatender as recomendações da RDC50-Anvisa, segundo escolher materiais combom desempenho térmico e que contribuíssem para o conforto ambiental e, porultimo, que remetessem ao histórico do terreno e se integrassem a paisagem dobairro.Levando-se em consideração a sustentabilidade e versatilidade que o espaço desaúde necessita com os galpões anteriormente construídos no terreno, o sistemaconstrutivo adotado consiste em estrutura metálica associada a laje ‘steel frame’coberta por telhas isotérmicas sanduiche. Para os fechamentos internos foramescolhidas placas de dry-wall com câmara de ar, que além de versáteis possuemum ótimo desempenho energético. Para os fechamentos externos foram adotadosdois tipos de soluções: placas cimentícias e esquadrias de vidro.As estratégias de composição e proteção de fachada foram determinadas emfunção da orientação solar e do posicionamento dos ambientes dentro do terreno.Um exemplo é a fachada principal (Figura 51), a qual tem orientação sudeste epor isso recebe o sol matutino durante todas as estações. Por ser a fachada deacesso e com vista para praça, existe a intenção de conectá-la visualmente masmantendo a privacidade das atividades no interior da edificação.Optou-se por utilizar esquadrias de vidro como fechamento, afim de permitir avisualização do exterior. No entanto, decidiu-se implantá-la recuada do limite dafachada. Foi escolhido também criar uma pele de tijolo maciço assentado deforma desencontrada, a estrutura remete a cobogós, porém possui estéticarustica que se relaciona com o industrial e com as casas antigas da região.Através dessa segunda pele a iluminação incide de forma difusa e a privacidadeno interior da edificação é resguardada. Além disso, foram criadas estruturasmodulares pré-moldadas em concreto que protegem o interior da enrolação epermitem maior visibilidade do exterior.ELEMENTO ESTRUTURAL DE FACHADA EM CONCRETO PRÉ-MOLDADOTIJOLO MACIÇOVIGA METÁLICA PERFIL I TELHA SANDUÍCHE COM53CHAPA EXPANDIDAVENEZIANA EM MADEIRAVIGA METÁLICA PERFIL I PAVIMENTO TÉCNICOQUARTO VARANDAFigura 52: Corte Fachada Setor de Internação - QuartosNos fachadas nordeste dos pavilhões de apoio técnico, atendimento eterapêutico são utilizadas venezianas móveis associadas as esquadrias, demodo a proteger da incidência solar nos momentos críticos e também oferecerprivacidade as áreas de atendimento.Para concepção das fachadas dos quartos (Figura 52) foi preciso alinhar ademanda de ventilação e iluminação natural, na quantidade adequada paraque os residentes tivessem conforto, com a necessidade de privacidade e aconexão visual com os espaços externos.Por isso foi adotado o painel de chapa expandida, que permite a ventilaçãonatural e promove iluminação difusa no interior da varanda. Esse material alémde reduzir a visibilidade de quem está no exterior, também se integrafacilmente ao paisagismo. Para reduzir a incidência solar foram instaladasvenezianas como proteção horizontalMATERIALIDADE54Figura 53: Perspectiva – Praça em visão sequencial 01.55Figura 54: Perspectiva – Praça em visão sequencial 02.56Figura 55: Perspectiva – Fachada de acesso da UCC.57Figura 56: Perspectiva – Acesso principal da UCC, vista da fachada.58Figura 57: Perspectiva – Fachada principal completa e estacionamento.59Figura 58: Perspectiva – Hall de acesso.60Figura 59: Perspectiva – Pátio principal.61Figura 60: Perspectiva – Corredor com vista para bloco de internação.62Figura 61: Perspectiva – Pátio interno do bloco de internação.CARVALHO, Antônio Pedro Alves de. Arquitetura de Unidades Hospitalares.Salvador: FAUUFBA,ARQSAUDE/GEA – hosp,ISC,2004.ALVES DE CARVELHO, A. P. VILAS-BOAS, D. Orientações da ArquiteturaHospitalar para o controle de contágio: Covid-19. Bahia: FAUFBA e ABDEH, 35p,2020.BRANDÃO LOPES, F. SOUZA, C. Envelhecimento e Cuidados ContinuadosIntegrados: Uma nova perspectiva no cuidado à saúde do idoso em CampoGrande/MS. Mais 60: Estudos sobre Envelhecimento, São Paulo, Volume 30, p.48,49, 2020.BOCCOLINI, C. SILVA CAMARGO, A. T. Textos para discussão: Morbimortalidadepor doenças crônicas no Brasil. FIO-CRUZ, 2016. Disponível em:.Acessado em: 16 de abril de 2021.LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando.Eficiência Energéticana Arquitetura. [3.ed.] Rio de Janeiro.SCHOELER, Guilherme Pereira; et. Al. Proposta de recuperação de áreadegradada de um curtume desativado no município de Pelotas/RS. UniversidadeFederal de Pelotas, 2019. 2º Congresso Sul-Americano de resíduos sólidos esustentabilidade. Foz do Iguaçu/PR, 2019."CENTRO MÉDICO PSICOPEDAGÓGICO / COMAS-PONT ARQUITECTOS" [Centro Médico Psicopedagógico / Comas-Pont arquitectos] 14 Dez 2020.ArchDaily Brasil. Acessado 29 Ago 2021. 2021.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.809, de 07 de dezembro de 2012.Estabelece a organização dos cuidados prolongados para retaguarda à Rede deAtenção às Urgências e Emergências (RUE) e às demais Redes temáticas deatenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Gabinetedo Ministro, 2012. Disponível em:>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt2809_07_12_2012.html.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_cuidado_pessoa_idosa_sus.pdf 2021.UNIFESP, Linhas de Pesquisa. Biorremediação. Acessado em 28/08/2021 2021.“SANTA RITA GERIATRIC CENTER / MANUEL OCAÑA" 15 Jun 2009. ArchDaily.Acessado 29 Ago 2021. 2021.63BIBLIOGRAFIA:FINALESTUDOPROJETO DE UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS Amanda Oliveira da Silva ∙ Orientador: Mauro Santos FAU|UFRJ ∙ Trabalho Final de Graduação II ∙ 2021.12UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROFaculdade de Arquitetura e UrbanismoTrabalho Final de Graduação UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS CURTUME Autora: Amanda Oliveira da Silva Orientador: Mauro César de Oliveira SantosRio de Janeiro,2022 ACOLHER | CUIDAR | RESPONSABILIZAR3Figura 1: Imagem-síntese do Projeto de Unidade de Cuidados Continuados4OBJETIVO GERALO trabalho tem como objetivo projetar uma Unidade de Cuidados Continuados pública com ênfase no tratamentofisioterápico e psicológico aliado ao contato com a natureza. Atuando em todo processo de internação - onde não sedemandam mais cuidados hospitalares- e pós internação, até que haja a recuperação global do paciente. Considera-se opadrão epidemiológico nacional e os impactos gerados pós a pandemia, que geram a necessidade de cuidadoscontinuados a uma parcela da população. O projeto visa atender aos requisitos de humanização do espaço e eficiênciaenergética de modo a melhorar a qualidade do ambiente projetado e com isso, agilizar o processo de recuperação dospacientes.CONFORTOHUMANIZAÇÃOSUSTENTABILIDADE5CUIDADOS CONTINUADOSOs cuidados continuados, como o nome propriamente diz,tratam-se de serviços de saúde prestados de maneira contínua apacientes que apresentam situação de dependência em virtude dedoenças crônicas, declínio na capacidade física, cognitiva ou mental.Têm como objetivo geral a recuperação clínica e funcional, a avaliaçãoe a reabilitação integral.Aumento da parcela idosa na populaçãoDoenças Crônicas como maior carga de mortalidadeMudança no perfil epidemiológico+60ESTUDO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃOConsiderando a demanda como uma das prerrogativas fundamentais paraimplantação de um projeto, foram estudados os dados de perfil etário nacional eo quantitativo dos impactos da COVID-19 por região.De acordo com a pesquisa ‘’Onde estão os idosos?’’ realizada pela FGV em2020, os idosos representam:+6514,05%A cidade do Rio de Janeiro ocupa a posição de capital com maior número de idosos6.344.141Casos de Covid-19 confirmados na região sudeste 883.360Casos de Covid-19 confirmados no Estado do Rio de Janeiro 298,33° maior índice de mortalidade do país.Mortalidade/100.000 habitantes 6RECORTEPor se tratar de uma das metrópoles mais populosasdo país, com o maior percentual de pessoas idosas e com altaconcentração de pessoas com doenças crônicas existe a claranecessidade por políticas públicas que atendam as demandas desaúde da população carioca.Somado a isso a pandemia deixa um lastro de usuáriosque precisam de cuidados continuados em virtude dosprocedimentos de internação ou mesmo das sequelas.Diante disso, se propõe a implantação do projeto deHospital de Cuidados Continuados na cidade do Rio de Janeiro.Visando contribuir para melhoria na qualidade de vida, reduzir apressão nos hospitais gerais, colaborando com a alta responsável.Durante o percurso do TFG foram estudados 5 terrenospara implantação do projeto, dois situados no Centro, um na Penhae outro no Cachambi. Nesse processo de análise e comparação, oterreno situado na Rua Panamá - Penha se mostrou coerente com asdemandas populacionais para implantação de uma UCC e aspectospaisagísticos considerados relevantes para o projeto.Dos critérios relevantes de projeto na tomada de decisão para sua implantação lista-se:Integrar a paisagem com as áreas internas do projeto.Descentralização de hospitais geraisFacilidade de AcessoExtensão do TerrenoAspectos da PaisagemAproximar a escala do projeto do usuário e colaborar com a prevenção de infecçõesPara transportes públicos, privados e de emergênciaComportar o programa numúnico nível7Avenida Henrique Valadares, n° 56 - CentroÁrea≌ 3.700m² IAT: 5,01• Dimensão do Terreno• A remoção do uso atual não implica em grandes impactos para vizinhança• Custo por m² em virtude da localização• Pode ser uma zona de disseminação de vírus• Afastado de zonas residenciais • Insolação prejudicada em virtude do edifício vizinho • Macrozona de ocupação controladaPONTOS POSITIVOSPONTOS NEGATIVOS• Proximidade com uma rede de serviços de saúde• Fácil Acesso• Local movimentado • Proximidade a comércio• O terreno faz frente com três ruas 8Avenida Henrique Valadares, n° 133 - CentroÁrea≌ 14.655m² IAT: 5,02• Dimensão do Terreno• Não possui uso• Proximidade com uma rede de serviços de saúde• Custo por metro quadrado em virtude da localização• Pode ser uma zona de disseminação de vírus• Afastado de zonas residenciais • Fácil Acesso• Local movimentado • Proximidade a comércio• O terreno faz frente com três ruas PONTOS POSITIVOSPONTOS NEGATIVOS• Macrozona de ocupação controlada9O TERRENO ESCOLHIDOPASSADO | PRESENTE | OPORTUNIDADES O terreno escolhido localiza-se na Rua Panamá com a Rua do Couto, possui umaárea 7.490 metros quadrados. Encontra-se situado na Macrozona de Ocupaçãoincentivada, que permite o uso misto. Faz frente com três ruas, Rua Panamá, Ruado Couto e Rua Luíza Figueiredo.NFigura 11: Planta de Situação. Fonte: Cadastral Rio de Janeiro• A Penha possui o equivalente a 18,51% de sua população com mais de 65anos.• Por sua localização estratégica no cenário da zona norte, como mostrará oestudo do sistema viário realizado e, também, apresentar a possibilidadeapoiar a estrutura de saúde do bairro.• Ainda, o aspecto econômico presente em toda zona norte acentua o contextode vulnerabilidade para pessoas com locomoção reduzida e idosos, o quereforça a necessidade da implantação de uma UCC na região.• Caráter Residencial e acolhedor do bairroPENHAFigura 10: Mapa da cidade do Rio de Janeiro com demarcação do bairro da Penha. Fonte: FGV10CENÁRIOVISADA 2 VISADA 1 VISADA 3 Figura 13: Mapa de visadasFonte: Acervo PessoalFigura 14: Fotografia Rua PanamáFonte: Acervo PessoalFigura 15: Fotografia Rua Luísa FigueiredoFonte: Acervo PessoalFigura 16: Fotografia Rua do Couto. Fonte: Acervo Pessoal11CURTUME CARIOCAFigura 17: Perspectiva Aérea do Bairro nos anos 1990 com demarcação da área ocupada pelo curtume. Fonte: Acervo PessoalIGREJA NOSSA SENHORA DA PENHA POSTO DE SAÚDEHOSPITALCORPO DE BOMBEIROS12LEGENDAMAPEAMENTOUNIDADES DE SAÚDE + EMERGÊNCIAEm 1938 foi inaugurado o Hospital Estadual Getúlio Vargas, sendoum dos primeiros hospitais implantados no subúrbio. Atualmente a Penha contauma rede de apoio e suporte a saúde, através de um hospital, quatro Postos deSaúde e três Clínicas da Família A área de intervenção é resguardada pelaClínica Da Família, que através do sistema do SUS desenvolve o trabalho deacompanhamento da saúde de seus moradores.No mapa ao lado são demarcados os postos de saúde, hospitais eCorpo de Bombeiros. Possuir essa infraestrutura de saúde é fundamental paraimplantação da UCC. Embora haja a intenção de desvinculá-la da estrutura dohospital geral por questões já discutidas, é importante que haja uma redepróxima de apoio, tanto para facilitar o acesso e encaminhamento de pacientes,quanto para auxiliar em procedimentos que não competem ao programa emquestão.Implantar uma UCC nessa região significa completar essa rede de atenção asaúde, oferecendo tanto aos moradores quanto aos bairros vizinhos aoportunidade de ser assistido por um nível de cuidado intermediário.Possibilitando, também, a redução da demanda de leitos em hospitais como opróprio Getúlio Vargas ou o Hospital Geral de Bonsucesso, o que melhora aqualidade de atendimento nesses espaços.HOSPITAL GERAL GETÚLIO VARGAS Figura 18: Mapeamento Espaços de Saúde na Penha. Imagem AutoralLEGENDAPONTO DE ÔNIBUSESTAÇÃO DE BRTESTAÇÃO DE TREMMAPEAMENTORUA QUITOTRANSPORTE PÚBLICO + SISTEMA VIÁRIOO terreno se encontra no trecho que compreende entre a linha do trem e aAvenida Brasil. Pelo bairro passam diversas vias importantes, com a já citadaAvenida Brasil, que liga a Zona Oeste passa pela Zona Norte dando acesso aNiterói e a Região Central. As Ruas Quito e Ibiapina e Avenidas Lobo Junior eBraz de Pina são vias constantemente movimentação, que incluem rotas quelevam da zona oeste a zona sul do Rio.Pensando na malha do transporte público, o bairro é privilegiado com diversosmodais e linhas, como mostra o mapa ao lado. Considerando que o público alvoatendido pela UCC é idoso e/ou possui mobilidade reduzida foi realizado umestudo afim de analisar e verificar se as distâncias percorridas são ergonômicase atendem ao programa. Abaixo são listadas distâncias em relação a cadamodal.Ponto de Ônibus: mais próximo: 360metros Trem: 670 metrosBRT Estação 1: 986 metrosBRT Estação 2: 1,14kmDISTÂNCIAS MÍNIMAS PERCORRIDAS PARA ACESSO AOS MODAIS905 - Bonsucesso x Irajá 906 - Jardim América x Cajú923 - Jardim Violeta x Iapi da Penha940 - Ramos x Madureira 355 - Madureira x Praça Tiradentes 350 - Irajá x Passeio483 - Copacabana x Penha489 - Duque de Caxias SaensPena 497 - Laranjeiras x Penha630 - Saens Pena x Penha LINHAS DE ÔNIBUS QUE ATENDEM O ENTORNO IMEDIATO (RAIO DE X METROS)Na Penha, assim como em vários bairros da Zona Norte, existe uma divisão emdetrimento da implantação da linha de trem. O que gera diversos impactos, umdeles é a falta de integração espacial e, nesse caso, de transporte dentro dopróprio bairro. Hoje não existe uma linha de ônibus que circule por todo bairro daPenha. Isso faz com que as pessoas tenham que atravessar constantemente alinha do trem para ter acesso a um modal específico ou a uma linha de ônibusque circule em determina parte do bairro. Essa situação se torna mais dramáticaquando se pensa que ali transitam pessoas idosas e/ou com a mobilidadereduzida.Figura 19: Mapeamento transporte público na Penha. Imagem Autoral14ESTUDOLEGISLAÇÃO E CONDICIONANTESSegundo o Plano Diretor LC111/2011 o lote está numa Zona de Uso Misto, quepermite a inserção de um projeto de espaço de saúde naquela localidade. Paradisposições de ocupação, a área está inserida na Macrozona de Ocupaçãoincentivada, onde é determinado em 2,5 o coeficiente de aproveitamento doterreno. São permitidas construções de até 8 pavimentos, obedecendo ogabarito de 29 metros. Acerca de proteção das edificações e locais parainteresse do patrimônio cultural, não existe nenhum tombamento dentro ou nasimediações do lote, sendo livre a intervenção nele.ASPECTOS AMBIENTAISPara análise do ambiente é utilizada a NBR 15.220-3 que institui o zoneamentobioclimático brasileiro e estabelece diretrizes construtivas para melhorar odesempenho térmico das edificações. O cidade do Rio se encontra na ZonaBioclimática 8 (ZB-8), considerada a zona mais quente. A norma recomenda ouso de aberturas grandes com sombreamento, as alvenarias e cobertura sejamleves e de material/cor refletora.Por estar situada numa cidade de clima tropical úmido, com altas temperaturasdurante o verão, invernos secos e visando a maior eficiência energética eeconômica do unidade é de suma importância considerar o clima durante todo oprojeto. No diagrama a seguir é mostrada a orientação solar e a direção dosventos no terreno.De acordo com o gráfico no terreno existe a predominância dos ventos nosentido sudeste e oeste. Considerando a ventilação uma das principais diretrizespara ZB 8, nessas fachadas podem ser exploradas aberturas e permeabilidadesna implantação. Por outro lado, como a chuva também acompanha o sentido dovento é importante considerá-la no projeto de modo a mitigar seus impactos.Figura 20: Diagrama de Aspectos Climáticos. Imagem Autoral Figura 21: Gráfico Rosa dos Ventos cidade do Rio de Janeiro. Fonte: projetee.com PROGRAMA PROPOSTO15Para o desenvolvimento do projeto será considerado a tipologia deHospital Especializado em Cuidados Continuados obedecendo a capacidademínima de 40 leitos .Instaura-se também o atendimento a pacientes não-utentes.De modo a promover o cuidado continuado em casos que não há demanda deinternação, mas ainda a necessidade de acompanhamento• Recepção• Sala de reuniões• Direção• Sala de arquivos• Assistência SocialSETOR ADMINISTRATIVOCLÍNICO APOIO TÉCNICO SOCIAL• Salão de convivência• Auditório • Refeitório• Jardim• Café• Sala de atendimento• Consultório Odontológico• Sala Multiuso de reabilitação• Farmácia e estocagem• Quarto de internação• Depósito de limpeza • Copa • Vestiário para funcionários • Sala para material descontaminado • Depósito de resíduos• Embarque e desembarque de ambulâncias• Lavanderia • Sala de leitura• Oficina DIRETRIZES DE PROJETOIntegração dos ambientes internos com o exterior Privilegiar ventilação e iluminação natural Horizontalizar o programa Setorização eficiente, adequada aos fluxos e processosQuartos de internação individuais e confortáveis.Utilização da arte para composição do espaço16PROGRAMA DE NECESSIDADESPRÉ-DIMENSIONAMENTOPROGRAMA E QUADRO DE ESTIMATIVA DE ÁREAS MÍNIMAS SETOR AMBIENTE QUANTIDADE ÁREA UNIT. ÁREA TOTAL (m²)ADMINISTRATIVORECEPÇÃO 1 20 20SANITÁRIOS 4 8 32ADMINISTRAÇÃO 1 30 30SECRETARIA 1 16 16SALA DE ARQUIVOS 1 8 8TESOURARIA 1 12 12RECURSOS HUMANOS 1 4,35 4,35SALA DE REUNIÕES 1 30 30DIREÇÃO 1 15 15ARQUIVO 1 12 12COPA 1 6 6CLÍNICOCONSULTÓRIO 4 9 36CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO 1 12 12ASSISTÊNCIA SOCIAL 1 9 9ESPERA 1 25 25SANITÁRIO 2 12 24TERAPÊUTICO CONSULTÓRIOS 4 10 40SALA MULTIUSO DE REABILITAÇÃO 1 35 35ESPERA 1 25 25VESTIÁRIO 2 20 40PROCEDIMENTOSSALA DE INALAÇÃO COLETIVA 1 12 12SALA DE CURATIVOS 1 9 9SALA PARA COLETA 3 2,5 7,5FARMÁCIA 1 14 14ESTOCAGEM 1 4 4ENTREGA DE RESULTADO DE EXAMES 1 12 12RAIO X 1 25 25ARQUIVO 1 3,6 3,6ESPERA 1 30 30SANITÁRIOS 2 8 16INTERNAÇÃOBANHO ASSISTIDO 1 12 12POSTO DE ENFERMAGEM 1 8 8COPA 1 1,5 0DEPÓSITO DE RESÍDUOS 1 3,5 3,5DEPÓSITO DE ROUPAS SUJAS 1 4,5DEPÓSITO DE ROUPAS LIMPA 1 6SALA DE UTILIDADES 1 7 7DTL 1 5,4QUARTO DE INTERNAÇÃO 40 30 1200SOCIALCAFÉ 1 60 60REFEITÓRIO 1 80 80AUDITÓRIO 1 130 130SALA DE CONVIVÊNCIA 1 40 40SALA DE CONVIVÊNCIA FUNCIONÁRIOS1 30 30SALA DE LEITURA 1 40 40ATELIER 1 30 30SANITÁRIOS 4 12 48PÁTIOS 3 100 300JARDIM 2 100 200APOIO TÉCNICOVESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS2 18 36COPA 2 9 18COZINHA 1 25 25CARGA E DESCARGA DE MATERIAIS1 25 25RECEBIMENTO, INSPEÇÃO E REGISTRO (MATERIAIS E EQUIPAMENTOS)1 12 12ALMOXARIFADO 1 10 10DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA (DML)1 2,5 2,5DEPÓSITO DE MACAS E CADEIRAS DE RODAS1 4,5 4,5SALA DE ARMAZENAGEM DE ROUPA SUJA2 6 12SALA DE ARMAZENAGEM DE ROUPA LIMPA2 10 20DEPOSITO DE RESÍDUOS CONTAMINADOS1 5,4 5,4DEPÓSITO DE RESÍDUOS COMUNS 1 5,4 5,4DEPÓSITO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS1 5,4 5,4ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DE LIXO3 3,25 9,75RECEPÇÃO, DESCONTAMINAÇÃO E SEPARAÇÃO DE MATERIAS 17,2 7,2ESTERILIZAÇÃO E ESTOCAGEM DE MATERIAL 112 12ABRIGO EXTERNO DE RESÍDUOS 1 10 10ÁREA TOTAL ESTIMADA: 2973,117ReferênciasREDE SARAH – SALVADORFigura 7:.Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos -da-arquitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-filgueiras-lima-leleSalvador, Bahia | 1987-1991 | João Filgueiras Lima | Área Construída: 1652m² | Capacidade para 157 leitosRelação com a arquitetura local: - Construção baixa, alto da cumeada com vista pela ventilação privilegiadasConforto ambiental: iluminação e ventilação natural, soluções de proteção solarComposto por apenas um bloco horizontal (disposto sobre galerias subterrâneas) Flexibilização da construçãoPrivilegia os espaços verdes e sua relação com o interior Uso de Artes para Composição e humanização dos ambientes Disposição da maior parte do programa em nível térreo 18ReferênciasCENTRO GERIÁTRICO SANTA RITAFigura 8: Disponível em: https://www.archdaily.com/24725/santa-rita-geriatric-center-manuel-ocana?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-userCiutadella, Espanha | 2003 | Manuel Ocaña | Área Construída: 5.990 m² | Capacidade para 157 leitosAmpla acessibilidade, autonomia, física, segurança psicológica e respeito a privacidade dos hospedes e visitantes.Programa se desenvolve no nível térreo Volume único onde no seu centro nasce um pátio que interliga todos os setorers. Redução das barreiras arquitetônicas (corredores, portas em ambientes em claustro)Proposta da criação de um ambiente diferenciado que estimule o aproveitamento do tempo Conforto ambiental: técnicas, materiais e cores 19ReferênciasCENTRO MÉDICO PSICOPEDAGÓGICOFigura 9:. Fotografias e Desenho técnico do Centro Médico PsicopedagógicoDisponível em: https://www.archdaily.com.br/br/878967/centro-medico-psicopedagogico-comas-pont-arquitectosCidade de Vic, Espanha | 2015 | Comas-Pont arquitectos | Área Construída: 1652m²Implantada num parque, num local onde estão implantadas os principais centros de saúde de cidadeImplantação no modelo pavilhonarEstrutura modular, numa escala doméstica (6x2,4metros)Eficiência Energética + ventilação PassivaO paisagismo faz parte da terapia desenvolvida20DIAGNÓSTICO URBANO E INTERVENÇÕES PROPOSTASPROJETOForam elencados os principais problemas urbanos que afetam ofuncionamento desse lugar. No diagrama acima estão representados osprincipais pontos que serão objeto de intervenção:1. Falta de legibilidade no traçado urbano;2. Arruamentos largos que acarretam em situações de insegurança para os pedestres e condutores;3. Ruas e espaços públicos subutilizados;4. Falta de acessibilidade nas travessias.21DIAGNÓSTICO URBANO E INTERVENÇÕES PROPOSTASPROJETOA partir disso foram definas estratégias para mitigar os problemasurbanos e contribuir com a acessibilidade da UCC:1. Alinhar o traçado das ruas afim de melhorar a legibilidade do espaço.2. Estratégias de pintura no piso em ruas largas. 3. Criação de rampa de transferência para travessia acessível.4. Elevação da pavimentação com piso intertravado afim de reduzir a velocidade do tráfego (traffic calming).22ARBORIZAÇÃO E SETORIZAÇÃO DA PRAÇAAlém da proposta arquitetônica, para garantir a ativação do espaço público comoum todo é necessário agir também nas áreas livres. Deste modo, propõe-se emparalelo a criação de espaços que se relacionem com o programa da UCC econtribuam para a apropriação do espaço público. Sendo assim, é proposto para apraça:1. A criação de um pista de corrida no seu entorno;2. Local de contemplação e permanência: pórtico de acesso a praça que remetem a história do antigo Curtume.3. Ágora: espaço central para reunião, realização de feiras e atividades ao ar livre.4. Academia pública voltada para terceira idade.23ARBORIZAÇÃO E SETORIZAÇÃO DA PRAÇAPara complementar a vegetação e garantir sombreamento nas áreas depermanência propõem-se o plantio de novas espécies na praça. Relacionandoseus posicionamentos com a orientação solar e os espaços criados nasetorização a seguir.24ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃOOPÇÃO 1 LEGENDA ADMINISTRATIVOCLÍNICOQUARTOS DE INTERNAÇÃO ÁREA SOCIALCIRCULAÇÃO ACESSO PRINCIPALACESSO DE SERVIÇOESTACIONAMENTOCARGA/DESCARGAA implantação foi determinada a partir do estudo dascondições do terreno, diretrizes de projeto e legislaçãoem vigor. O acesso principal da Unidade de CuidadosContinuados acontece pela Rua do Couto, de modo aprivilegiar a relação com a praça existente. Na Rua LuizaFigueiredo é posicionado o acesso de serviço, quefunciona tanto para os funcionários, como visitantes,todas as operações e manejo de insumos no interior dolote.Todo programa Clínico e administrativo é voltado parafachada de acesso, de modo a já setorizar os limites deacesso. Por conseguinte os blocos dos quartos deinternação são dispostos no interior, preconizando o ventopredominante que vem do sudeste, posicionando a maiordimensão das fachadas dos quartos em direção opostaao norte – com maior insolação.O bloco destinado as áreas sociais é dispostoacompanhando paralelamente a Rua Luiza Figueiredo,permitindo que as áreas de convívio tenham um plano defundo menos movimentado. Mas ao mesmo tempo,oferecendo ao exterior , através da permeabilidade, amovimentação e segurança que atualmente não existem..Entre os volumes são criados pátios, que além deproduzirem maior conforto ambiental, contribuempara a terapia desenvolvida pela unidade sendo partedo programa proposto. Em relação ao exterior, ospátios se comunicam com a Rua Panamá através desoluções de permeabilidade que serão propostas nodecorrer do trabalho. Os volumes dos dormitórios sãoseparados de modo a gerar uma circulação externaque possibilite o acesso aos outros pátios sem quehaja necessidade de transitar no interior da unidadeFigura 22: Diagrama com Setorização dos Ambientes e relação com meio. Imagem AutoralFigura 23: Diagrama com Setorização dos Ambientes. Imagem Autoral25ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃOOPÇÃO 2 LEGENDA ADMINISTRATIVOCLÍNICOQUARTOS DE INTERNAÇÃO ÁREA SOCIALCIRCULAÇÃO ACESSO PRINCIPALACESSO DE SERVIÇONa segunda opção de implantação a lógica de acesos eposicionamento do estacionamento e carga/descargasão mantidas, uma vez que tem relação com a o melhoraproveitamento das condições no espaço.Levando em consideração essa dinâmica, os setoresadministrativo e clínico também são mantidos em suasposições. Contudo, no interior do lote ocorrem algumasalterações. Primeiramente, os volumes destinados aosquartos de internação são dispostos longitudinalmente,de forma aproveitar a maior extensão do terreno paraacomodar o setor com maior área dentro do programa.As circulações internas do bloco que é dividido sãoESTACIONAMENTOCARGA/DESCARGAvoltadas para o exterior, de modo a fazer divisa com oterreno. Afim de garantir a ventilação cruzada , nasparedes de divisa do lote serão utilizados materiais quepermitam a permeabilidade.Considerando a relação com o exterior, propõe que obloco esteja elevado em relação ao nível da rua paraoferecer privacidade as operações realizadas em seuinterior. Entre os blocos de dormitórios são criadospátios, que além de representarem um ganho paraqualidade do ambiente, possibilitam a mobilidade econtato com a natureza.O bloco destinado as áreas sociais é implantadofazendo divisa com a Rua Panamá, oferece umaperspectiva mais movimentada. No centro do blocoé criado o terceiro pátio, em menor escala e maisintimista.Embora não esteja definido na implantação, existemcirculações internas e externas entre os setores,que aparecerão posteriormente com odesenvolvimento da planta. .Figura 24: Diagrama com Setorização dos Ambientes e relação com meio. Imagem AutoralFigura 25: Diagrama com Setorização dos Ambientes. Imagem Autoral26DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOEm relação a estrutura pré-existente optou-se pela demolição, em virtude doperigo da contaminação do solo e pela falta de documentos e registros queque servissem de base para estruturação do projeto. Permanecendo apenas ochaminé, por conta de seu valor histórico para região.Sendo assim, o projeto será desenvolvido totalmente no nível térreo, evitandodesníveis nos espaços internos, o que além de reduzir o risco de acidentestambém contribui para recuperação uma vez estimula a movimentação dosresidentes.e, claro, permite a acessibilidade de todos os espaços.27DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOO programa foi distribuído no terreno, tomando a praça como acesso principale graduando os níveis de acesso, partindo de público até o totalmente restrito.28DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOADMINISTRAÇÃORECEPÇÃODESENVOLVIMENTO PESSOALAPOIO TÉCNICOATENDIMENTOTERAPÊUTICOINTERNAÇÃO29DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOAfim de dinamizar a conexão dos espaços propostos, foramdispostas externas circulações entre os diferentes níveis de acesso,o que facilita a conexão entre os setores e colabora com o controlede acesso. O afastamento dos pavilhões também contribui naventilação dos compartimentos, agregando ao conforto ambiental daunidade e garantindo a renovação de ar em seu interior, item crucialpor se tratar de uma unidade de saúde.30DESENVOLVIMENTO VOLUMÉTRICOOs pavilhões são afastados uns dos outros para criação de espaçoslivres internos que se articularão com os setores próximos. Estes espaçosserão caracterizados de acordo com sua função, proporcionandodiversas ambiências. Além contribuir como filtro para a ventilação, essasáreas proporcionam um ambiente mais humanizado para todos osusuários.31Paisagismo – ConcepçãoFigura 35: Identificação dos limites de atuaçãoDurante o projeto foi definido que o paisagismo da praça seria integrado com a UCC de modo a criar maior conexão com seu entorno.O que proporciona aativação do espaço público, garante a sustentabilidade social do espaço, a segurança dos usuários e o plenofuncionamento do conjunto praça e unidade.32Paisagismo – ConcepçãoFigura 36: Diagrama conceitual para paisagismoA articulação dos espaços se inicia a partir da irradiação do espaço público para a UCC. Foi definido o centro da praça como ponto de início do traçadopaisagístico, alinhando-se ao eixo de acesso da unidade (em laranja), onde estão concentradas as principais atividades. Irradiando-se a partir deste centro, tem-se uma diferenciação de pisos e texturas, que irão partir da praça e adentrarão nos espaços livres da UCC, criando a conexão visual do conjunto.Figura 37: Permeabilidade do solo no interior do terreno33Paisagismo – ConcepçãoO processo de internação gera bastante estresse por parte do usuário, nesse sentido oferecer acesso seguro e controlado a áreas externas setrata de uma ótima estratégia para redução da ansiedade. Dessa forma, setorização do paisagismo é pensada para oferecer diferentespossibilidades de apropriação dos espaços externos e interação com a natureza.1. Pátio2. Jardins Transitáveis3. Jardins contemplativos34Setorização dos ambientes em plantaFigura 38: Diagrama de implantação com Setorização macro dos AmbientesAFigura 39: Compartimentação dos setores, com hierarquia de acesso aos ambientesNas figuras 38 e 39 é possível observar o zoneamento dos setores dentro de cada bloco, sua conformação se deuconsiderando a orientação solar, relações com as áreas externas criadas e dinâmica de trabalho para cadaambiente, principalmente se tratando do Setor Clínico e de Apoio Técnico.Os ambientes relacionados a recebimento de insumos e a procedimentos que envolvem terceirização sãoposicionados mais próximos a fachada da Rua Luiza Figueiredo.Os ambientes relacionados ao apoio as atividades clinicas e desenvolvidas no setor de internação sãoposicionadas ao lado do corredor esquerdo.As áreas destinadas a apoio aos funcionários da unidade (copa, área de convivência) são posicionadaspróximas a administração e recepção, voltadas para a fachada sudeste, onde existe menor insolação. Tendotambém relação com o jardim, o que proporciona ambientes de descompressão maior qualidade ambiental.Os ambientes administrativos relacionados ao atendimento direto ao público são posicionados ao lado darecepção.No interior do bloco administrativo, são posicionados as áreas de trabalho que requerem maior privacidade econtrole de acesso.Os consultórios são posicionados próximos a recepção, concentrando-se principalmente na fachada noroeste.Que embora seja a fachada com maior insolação, é contemplada com o jardim onde há o trafego reduzido depessoas e por isso maior privacidade para quem está em atendimento.;Os ambientes relacionados a procedimentos e exames são posicionados no final do bloco, de modo a obedecera ideia de atendimento clinico e posteriormente intervenção.Os ambientes que possuem acesso público irrestrito são posicionados no eixo de acesso a unidade.Ambientes sociais voltados principalmente aos residentes da unidade são posicionados no final do pavilhão, deforma a controlar o acesso externo e gerar maior privacidade.Os ambientes relativos a fisioterapia são posicionados voltados para o pátio afim de facilitar a integração com oexterior.Os consultórios são voltados para os jardins contemplativos para que haja maior privacidade.No centro do pavilhão de internação é posicionado o posto de enfermagem e os ambientes de apoiorelacionados, afim de otimizar o trabalho dos enfermeiros e facilitar o acesso e visibilidade dos quartos.As circulações foram pensadas e posicionadas sempre priorizando a ventilação e iluminação natural dosambientes internos.35Setorização dos ambientes em plantaFigura 38: Diagrama de implantação com Setorização macro dos AmbientesAFigura 39: Compartimentação dos setores, com hierarquia de acesso aos ambientes36Figura 40: Corte esquemático A, demonstrando incidência solar em laje simplesFigura 41: Corte esquemático A, demonstrando funcionamento de laje com colchão de arFigura 42: Corte esquemático A, demonstrando estratégias de cobertura para mitigar os problemas de irradiaçãoEstratégias de cobertura para mitigar insolação na edificaçãoA figura 40 ilustra um sistema de laje simples recebendoincidência solar gerando irradiação que aquece os ambientesinternos. Nesse sentido, a primeira estratégia utilizada é acriação de colchão de ar exercendo a função de isolantetérmico evitando a propagação direta do calor recebido nacobertura. (figura 41). Para os ambientes externos sãoplantadas espécies de árvores de modo a contribuir com osombreamento.Além das estratégias que visam bloquear a incidência solar,utiliza-se de soluções ativas para remoção do ar quente dointerior da Unidade. Os compartimentos são posicionados deforma a gerar ventilação cruzada; a circulação central possui pédireito elevado e abertura de ‘sheds’ que também contribuempara a melhoria do conforto ambiental. Estratégiasrepresentadas na figura 42.O pátio central por possuir maior área exposta a insolação,intempéries e por se tratar de um espaço que relaciona arecepção ao setor de internação, propõem-se o uso decobertura modular com aberturas pontuais que protegem oespaço e ao mesmo tempo oferecem iluminação natural.A vegetação por sua vez, além da função de sombreamento,atuará como pulmão verde filtrando e melhorando a qualidadedo ar que circula entre os pavilhões.37Figura 40: Corte esquemático A, demonstrando incidência solar em laje simplesFigura 41: Corte esquemático A, demonstrando funcionamento de laje com colchão de arFigura 42: Corte esquemático A, demonstrando estratégias de cobertura para mitigar os problemas de irradiaçãoEstratégias de cobertura para mitigar insolação na edificação38ESTUDOS DE INSOLAÇÃO NAS FACHADASA partir da definição da implantação foi possível estudar os impactos da insolação em cada fachada afim de observar as orientações mais criticas, e escolher soluções arquitetônicas adequadas para cada face de acordo com a orientação e época do ano. De acordo com a leitura das cartas solares analisadas, constatou-se que as fachadas nordeste e noroeste são aquelas que recebem a maior parte da insolação crítica, seja por períodos da tarde ou grandes períodos seguidos. Nessas fachadas, cuidou-se para proteger os vãos de esquadrias, com a utilização de venezianas e/ou o recuo da fachada com a criação de varandas (como é o exemplo das unidades de internação).Figura 45: Insolação na fachada Noroeste Figura 46: Insolação na fachada SudoesteFigura 43: Insolação na fachada Sudeste Figura 44: Insolação na fachada Nordeste39ACESSO PRINCIPALACESSO TÉCNICOFigura 47: Planta de Cobertura401 Depósito de Roupa Suja2 Rouparia3 Área de Serviço4Recepção e Separação de Materias5 Vestiário Funcionários6 Controle de Acesso7 DTL8Recepção e Esterilização de Materiais9Armazenamento e Distribuição de Materiais10 DML11 Almoxarifado12 Depósito de Macas13 Depósito Externo de Resíduos14 Sala de Curativos15 Sala de Coleta16 Resultado de Exames17 Lavabos18 Consultório Odontológico19 Consultório Indiferenciado20 Sala de Espera21 Farmácia22 Sala de Inalação Coletiva23 Sala de Preparo24 Sala de Exame - Radiologia25 Arquivo - Radiologia26 Circulações - Atendimento27 Recursos Humanos28 Lavabos29 Tesouraria30 Direção31 Sala de Reuniões32 Secretaria33 Sala de Espera34 ARQUIVO35 Circulações36 Recepção37 Auditório38 Café39 Cozinha - Café40 Lavabos41 Refeitório42 Cozinha - Refeitório43 Circulações44 Sala de Convivência45 Sala de Leitura46 Oficina47 Sala de Espera48 Consultório - Psicologia49 Vestiário + Sanitários50 Sala Multiuso de Reabilitação51 Consultório Indiferenciado52 Lavabos53 Quarto de Internação54Quarto de Internação -Acessibilidade55 Posto de Enfermagem56 Depósito de Roupa Suja57 Rouparia58 Lavabo - Posto de Enfermagem 59 DTL60 Sala de Utilidades61 Circulações62 Pátio62 Pátio Interno - Área de Internação63 JardimACESSO PRINCIPALACESSO TÉCNICOFigura 48: Planta baixa com layout e paisagismoLegenda:41Quadro de Áreas - UCCSetor Número Ambiente QuantidadeÁrea total (m²)APOIO TÉCNICO1 Depósito de Roupa Suja 1 13,112 Rouparia 1 19,163 Área de Serviço 1 21,324Recepção e Separação de Materias 1 22,675 Vestiário Funcionários 2 28,426 Controle de Acesso 2 12,097 DTL 2 2,888Recepção e Esterilização de Materiais 1 11,729Armazenamento e Distribuição de Materiais 1 12,1710 DML 1 8,111 Almoxarifado 1 8,6312 Depósito de Macas 1 9,1713 Depósito Externo de Resíduos 1 3,76ATENDIMENTO14 Sala de Curativos 1 10,0915 Sala de Coleta 1 16,3116 Resultado de Exames 1 3,1217 Lavabos 3 16,7718 Consultório Odontológico 1 12,3119 Consultório Indiferenciado 4 40,7520 Sala de Espera 1 40,6121 Farmácia 1 922 Sala de Inalação Coletiva 1 9,4423 Sala de Preparo 1 12,7824 Sala de Exame - Radiologia 1 18,3825 Arquivo - Radiologia 1 1,5526 Circulações - Atendimento 1 33,66ADMINISTRATIVO27 Recursos Humanos 1 17,3528 Lavabos 1 16,2629 Tesouraria 1 9,7430 Direção 1 16,7331 Sala de Reuniões 1 20,332 Secretaria 1 29,5833 Sala de Espera 1 11,24O 21 Farmácia 1 922 Sala de Inalação Coletiva 1 9,4423 Sala de Preparo 1 12,7824 Sala de Exame - Radiologia 1 18,3825 Arquivo - Radiologia 1 1,5526 Circulações - Atendimento 1 33,66ADMINISTRATIVO27 Recursos Humanos 1 17,3528 Lavabos 1 16,2629 Tesouraria 1 9,7430 Direção 1 16,7331 Sala de Reuniões 1 20,332 Secretaria 1 29,5833 Sala de Espera 1 11,2434 ARQUIVO 1 6,635 Circulações 1 17,9636 Recepção 1 161,37SOCIAL37 Auditório 1 115,838 Café 1 78,7739 Cozinha - Café 1 20,440 Lavabos 4 15,2641 Refeitório 1 96,242 Cozinha - Refeitório 1 25,6643 Circulações 1 46,3444 Sala de Convivência 1 66,1745 Sala de Leitura 1 44,3746 Oficina 1 42,81TERAPÊUTICO47 Sala de Espera 1 35,6348 Consultório - Psicologia 2 22,2549 Vestiário + Sanitários 2 36,6750 Sala Multiuso de Reabilitação 1 77,6951 Consultório Indiferenciado 2 28,0552 Lavabos 2 3,58INTERNAÇÃO53 Quarto de Internação 38 811,6854Quarto de Internação -Acessibilidade 2 55,5855 Posto de Enfermagem 1 45,8356 Depósito de Roupa Suja 1 3,4457 Rouparia 1 3,94INTERNAÇÃO53 Quarto de Internação 38 811,6854Quarto de Internação -Acessibilidade 2 55,5855 Posto de Enfermagem 1 45,8356 Depósito de Roupa Suja 1 3,4457 Rouparia 1 3,9458 Lavabo - Posto de Enfermagem 1 3,3659 DTL 1 2,8360 Sala de Utilidades 1 19,25CIRCULAÇÃO61 Circulações 804,5PAISAGISMO62 Pátio 1 249,4862 Pátio Interno - Área de Internação 1 406,2363 Jardim 340,03QUADRO DE ÁREAS POR AMBIENTE Área total: 4206,9 m²42Implantação Figura 49: Corte geral AA, demonstrando relação entre os blocos de diferentes caráterFigura 50: Corte geral BB, demonstrando relação entre os blocos de acesso controlado e seus respectivos pátios43Figura 51: Corte Fachada Principal - AuditórioMATERIALIDADEA escolha dos materiais empregados no projeto seguiu três critérios: primeiroatender as recomendações da RDC50-Anvisa, segundo escolher materiais combom desempenho térmico e que contribuíssem para o conforto ambiental e, porultimo, que remetessem ao histórico do terreno.Levando-se em consideração a sustentabilidade e versatilidade que o espaço desaúde necessita com os galpões anteriormente construídos no terreno, o sistemaconstrutivo adotado consiste em estrutura metálica associada a laje ‘steel frame’coberta por telhas isotérmicas sanduiche. Para os fechamentos internos foramescolhidas placas de dry-wall com câmara de ar, que além de versáteis possuemum ótimo desempenho energético. Para os fechamentos externos foram adotadosdois tipos de soluções: placas cimentícias e esquadrias de vidro.As estratégias de composição e proteção de fachada foram determinadas emfunção da orientação solar e do posicionamento dos ambientes dentro do terreno.Um exemplo é a fachada principal (Figura 51), a qual tem orientação sudeste epor isso recebe o sol matutino durante todas as estações. Por ser a fachada deacesso e com vista para praça, existe a intenção de conectá-la visualmente masmantendo a privacidade das atividades no interior da edificação.Optou-se por utilizar esquadrias de vidro como fechamento, afim de permitir avisualização do exterior. No entanto, decidiu-se implantá-la recuada do limite dafachada. Foi escolhido também criar uma pele de tijolo maciço assentado deforma desencontrada, a estrutura remete a cobogós, porém possui estéticarustica que se relaciona com o industrial e com as casas antigas da região.Através dessa segunda pele a iluminação incide de forma difusa e a privacidadeno interior da edificação é resguardada. Além disso, foram criadas estruturasmodulares pré-moldadas em concreto que protegem o interior da enrolação epermitem maior visibilidade do exterior.ELEMENTO ESTRUTURAL DE FACHADA EM CONCRETO PRÉ-MOLDADOTIJOLO MACIÇOVIGA METÁLICA PERFIL I TELHA SANDUÍCHE44CHAPA EXPANDIDAVENEZIANA EM MADEIRAVIGA METÁLICA PERFIL I PAVIMENTO TÉCNICOQUARTO VARANDAFigura 52: Corte Fachada Setor de Internação - QuartosNos fachadas nordeste dos pavilhões de apoio técnico, atendimento eterapêutico são utilizadas venezianas móveis associadas as esquadrias, demodo a proteger da incidência solar nos momentos críticos e também oferecerprivacidade as áreas de atendimento.Para concepção das fachadas dos quartos (Figura 52) foi preciso alinhar ademanda de ventilação e iluminação natural, na quantidade adequada paraque os residentes tivessem conforto, com a necessidade de privacidade e aconexão visual com os espaços externos.Por isso foi adotado o painel de chapa expandida, que permite a ventilaçãonatural e promove iluminação difusa no interior da varanda. Esse material alémde reduzir a visibilidade de quem está no exterior, também se integrafacilmente ao paisagismo. Para reduzir a incidência solar foram instaladasvenezianas como proteção horizontalMATERIALIDADE45Figura 53: Perspectiva – Praça em visão sequencial 01.46Figura 54: Perspectiva – Praça em visão sequencial 02.47Figura 55: Perspectiva – Fachada de acesso da UCC.48Figura 56: Perspectiva – Acesso principal da UCC, vista da fachada.49Figura 57: Perspectiva – Fachada principal completa e estacionamento.50Figura 58: Perspectiva – Hall de acesso.51Figura 59: Perspectiva – Pátio principal.52Figura 60: Perspectiva – Corredor com vista para bloco de internação.53Figura 61: Perspectiva – Pátio interno do bloco de internação.CARVALHO, Antônio Pedro Alves de. Arquitetura de Unidades Hospitalares.Salvador: FAUUFBA,ARQSAUDE/GEA – hosp,ISC,2004.ALVES DE CARVELHO, A. P. VILAS-BOAS, D. Orientações da ArquiteturaHospitalar para o controle de contágio: Covid-19. Bahia: FAUFBA e ABDEH, 35p,2020.BRANDÃO LOPES, F. SOUZA, C. Envelhecimento e Cuidados ContinuadosIntegrados: Uma nova perspectiva no cuidado à saúde do idoso em CampoGrande/MS. Mais 60: Estudos sobre Envelhecimento, São Paulo, Volume 30, p.48,49, 2020.BOCCOLINI, C. SILVA CAMARGO, A. T. Textos para discussão: Morbimortalidadepor doenças crônicas no Brasil. FIO-CRUZ, 2016. Disponível em:.Acessado em: 16 de abril de 2021.LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando.Eficiência Energéticana Arquitetura. [3.ed.] Rio de Janeiro.SCHOELER, Guilherme Pereira; et. Al. Proposta de recuperação de áreadegradada de um curtume desativado no município de Pelotas/RS. UniversidadeFederal de Pelotas, 2019. 2º Congresso Sul-Americano de resíduos sólidos esustentabilidade. Foz do Iguaçu/PR, 2019."CENTRO MÉDICO PSICOPEDAGÓGICO / COMAS-PONT ARQUITECTOS" [Centro Médico Psicopedagógico / Comas-Pont arquitectos] 14 Dez 2020.ArchDaily Brasil. Acessado 29 Ago 2021. 2021.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.809, de 07 de dezembro de 2012.Estabelece a organização dos cuidados prolongados para retaguarda à Rede deAtenção às Urgências e Emergências (RUE) e às demais Redes temáticas deatenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Gabinetedo Ministro, 2012. Disponível em:>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt2809_07_12_2012.html.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_cuidado_pessoa_idosa_sus.pdf 2021.UNIFESP, Linhas de Pesquisa. Biorremediação. Acessado em 28/08/2021 2021.“SANTA RITA GERIATRIC CENTER / MANUEL OCAÑA" 15 Jun 2009. ArchDaily.Acessado 29 Ago 2021. 2021.54BIBLIOGRAFIA:5556AGRADECIMENTOSA mais sincera gratidão a Deus por ter chegado até essa etapa. Sem seu amor, bondade e graça não teria conseguido sequer um dia.Aos meus pais por terem sempre acreditado, incentivado e apoiado todos os meus sonhos. A todas as pessoas que me acolheram desde que vim morar no Rio de Janeiro. Em especial aos meus tios Beto e Andreia, por terem me oferecido um lar no meu momento de maior vulnerabilidade. Ao meu namorado Leonardo, por toda atenção, auxílio e compreensão. Gratidão a toda minha ancestralidade, que trilhou um caminho árduo para que eu chegasse até aqui. Em especial minha avó Adelaide, minha eterna gratidão. Ao orientador Mauro, por ter me mostrado o caminho. E a todos os professores que me orientaram e contribuíram para minha formação, principalmente a professora Tereza que durante o curso técnico despertou em mim o interesse por arquitetura.

Garantia do acesso integral à saúde na atenção oncológica

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