Os desafios da enfermagem na assistência ao utente portador da doença de Alzheimer: Conhecimentos dos enfermeiros da Delegacia de Saúde de São Vicente sobre a doença

O aumento da esperança média de vida e o crescimento das doenças crónicas progressivas e incuráveis na população adulta e idosa, aliados à busca contínua do aperfeiçoamento da qualidade de vida, estão intimamente relacionados com o progresso dos cuidados de saúde. Por essa razão, a medicina viu-se diante de um novo desafio: o aumento de doenças neuro degenerativo. De entre essas doenças encontra-se a doença de alzheimer que tem-se revelado um problema de saúde pública. Atualmente cerca de 35 milhões de pessoas no mundo são portadoras da doença de alzheimer sendo essa uma patologia que envolve perda de memória e acarreta distúrbios cognitivos importantes. Vários são os fatores que poderão estar por trás desses números, destacando-se de entre eles a dificuldade no diagnóstico precoce da doença, aliados à falta de preparação dos profissionais que tratam os utentes, bem como à falta de preparação dos familiares ou cuidadores. Esta pesquisa pretende, com a analise dos conhecimentos dos enfermeiros da Delegacia de Saúde de São Vicente sobre a doença de alzheimer e da assistência de enfermagem para esses utentes, dar a conhecer as dificuldades que o enfermeiro experimenta na assistência ao utente com alzheimer visando um planeamento de cuidados de enfermagem coerentes com as reais necessidades do utente portador da doença de alzheimer, possibilitando assim um cuidado mais humano ao utente e aos seus familiares. Para o estudo da temática optou-se por utilizar a metodologia qualitativa do tipo exploratório com uma abordagem fenomenológica utilizando como instrumento de recolha de dados a entrevista estruturada que foi aplicada a quinze (15) enfermeiros da Delegacia de Saúde de São Vicente. Foi realizado no período de tempo compreendido entre Agosto e Setembro de 2016. Os resultados do estudo evidenciaram que os enfermeiros possuem um conhecimento superficial e insuficiente sobre a doença de alzheimer, e apontam ainda que os enfermeiros não estão preparados para acompanhar esses utentes, aspeto preocupante devido ao cenário atual que revela uma tendência para o aumento dos novos casos da doença de alzheimer. É imperativo que os enfermeiros sejam formados de modo a estar capacitados para cuidar desses utentes