O artigo pretende discutir o estatuto da narratividade na obra de Hume, não apenas como metodologia, mas como o único meio através do qual a natureza humana ela mesma pode ser abordada no interior de seu projeto de uma ciência do homem. Em uma perspectiva exclusivamente empírica, a história se revela como o nível de composição de narrações tanto no estudo dos costumes quanto ao lidar com a formação das relações de ideias. A leitura de muitos comentadores de Hume, que dissociam o Tratado da História da Inglaterra como dois desenvolvimentos separados de uma escrita heterogênea, pode ser desconstruída, assim, através de uma consideração atenta do que está em jogo nas demandas de objetividade no contexto da historiografia pós-rankean