O propósito deste artigo é mostrar na poesia de Max Martins um léxico de palavras que refutam a beleza enquanto única via da expressão poética. O levantamento indica vocábulos condizentes com a banalidade cotidiana do mundo, porém, em conformidade com a máxima de Lao-Tsé, “Palavras confiáveis não são belas, palavras belas não são confiáveis”. O estudo aponta, todavia, o caráter anti-intelectual de expressões fora do padrão, mas de acordo com a tradição da mística erótica ocidental. Assim, analisamos boa parte da obra do poeta paraense, sob o intuito de encontrarmos o Ocidente nos poemas de influência oriental. O recorte temporal vai se situar nos idos de 1950, quando o autor em questão assimila e renova a proposta de Robert Stock, que enfat...