<p>A partir de uma leitura da peça <em>Calígula</em>, elaborada entre 1941 e 1943, procurar-se-á contribuir na restituição das preocupações éticas, políticas e filosóficas em cena no teatro de Albert Camus, analisando o sentido de sua expressão teatral no contexto de dois combates,ao niilismo filosófico e ao totalitarismo político de seu tempo. Observaremos em <em>Calígula</em> um importante registro do amadurecimento das leituras de duas heranças filosóficas relevantes na formação intelectual de Camus, Nietzsche e Heráclito, à luz da experiência do totalitarismo, observando e ressaltando com isso a amplitude de seu intertexto filosófico e a importância do aporte ético e político de Camus como pensador multifacetado, engajado nos enfrentame...