Leucemia Linfoblástica Aguda em Crianças

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2015A leucemia linfoblástica aguda é uma neoplasia das células precursoras linfocitárias que pode afetar a linhagem B ou a T e é considerada bastante heterogénea na sua apresentação clínica e biológica. Representa cerca de 80% das leucemias em crianças, com um pico de incidência entre os 3 e os 5 anos. A sua etiologia é ainda desconhecida, no entanto, fatores genéticos e ambientais parecem ser relevantes. O diagnóstico é feito com base na história clínica, em estudos morfológicos da medula óssea e do sangue periférico e, também, em estudos genéticos, moleculares e imunológicos. A classificação das leucemias, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é feita com base em aspetos imunológicos, genéticos e moleculares. O prognóstico serve para estratificar o risco dos doentes e é baseado em dados biológicas e clínicos, características das células leucémicas e também na resposta do doente à terapêutica. A terapêutica inclui quatro fases: indução, consolidação, terapêutica direcionada para o sistema nervoso central (SNC) e por fim a fase de manutenção. A taxa de sobrevivência dos regimes atuais é de cerca de 80%. Novas abordagens terapêuticas estão a ser estudadas para melhorar os resultados obtidos com as opções terapêuticas atuais, um dos exemplos é, a combinação de anticorpos monoclonais com a quimioterapia. O transplante de células estaminais hematopoiéticas é a única cura. Para tal efeito é preferido um irmão como dador e a fonte de células estaminais preferencial é medula óssea