Polifenóis e as doenças inflamatórias : doença de crohn e colite ulcerosa

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2015As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são consideradas um grupo de doenças crónicas do Trato Gastrointestinal (GI) com elevada prevalência a nível mundial. As citocinas têm um papel crucial no desenvolvimento das DII, tal como a Doença de Crohn (DC) ou Colite Ulcerosa (CU). Estas doenças são caraterizadas pela excessiva produção de citocinas pro-inflamatórias, ativação do fator nuclear (NF-?B), aumento do stress oxidativo e consequente disfunção da barreira intestinal. Este desequilíbrio entre as citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias, impede a resolução do processo inflamatório e consequente progressão da doença. Atualmente, existem várias terapêuticas associadas às DII, mas os fármacos utilizados possuem diversos efeitos colaterais. De modo a superar todas as limitações impostas às atuais terapias, existe uma maior necessidade de investigar novas terapêuticas mais seguras e eficazes. Nos últimos 10 anos, os compostos fenólicos têm sido extensivamente estudados, tendo em conta os seus potenciais beneficíos para a saúde humana. Uma dieta rica em polifenóis, nomeadamente compostos flavonóides como as antocianinas, tem a capacidade de oferecer proteção contra o desenvolvimento de doenças cancerígenas, cardiovasculares, neurodegenerativas, reumáticas e anti-inflamatórias. Deste modo, a associação de fármacos atualmente utilizados com compostos naturais antioxidantes parece ser essencial para a conceção de novas terapêuticas. Ainda assim, é necessário a investigação mais pormenorizada da absorção, metabolismo, biodisponibilidade e distribuição dos fenóis no organismo, de modo a confirmar os efeitos benéficos destes compostos químicos no tratamento de DII