Espelhos nus Sohlepse: tríptico

Trabalho de Projecto submetido à Escola Superior de Teatro e Cinema para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Teatro - especialização em Artes PerformativasEste relatório, que se denomina de ensaio em estado literário, é uma reflexão acerca do processo que levou à criação do projecto ESPELHOS nus SOHLEPSE. Ele resulta de um processo performativo e académico de reflexão acerca do papel do corpo no corpo do actor, no seu trabalho artístico. ESPELHOS nus SOHLEPSE tem o seu início com uma abordagem ao auto-retrato até que termina na morte do próprio actor. Este é um trabalho criativo onde se constrói uma máquina de guerra como potencialidade teatral e que ganha a forma final num quadro em tríptico. Na procura de um evento performativo que se auto-destrói, por esgotamento, para se re-criar no momento da sua actualidade plástica, dá-se primazia aos afectos e à presença do actor/artista, em detrimento do regime semiótico que teima em prender os seus órgãos. Neste movimento revolucionário, assiste-se à osmose entre a poesia e o conceito, criando duas abordagens sobre o papel do corpo no corpo do actor: Actor Nuvem e Dramaturgia do Actual. Nesta criação, destrói-se uma tradição dialéctica e eleva-se o corpo do actor a um volume esvaziado de interioridade, lançando-o na paradoxal zona de fronteira. Este é um trabalho que teve o seu debut público em Julho de 2016 e que está em constante actualização, pelo que, a sua forma actual, é meramente uma duração temporária.ABSTRACT - This report, which is called a rehearsal in literary state, is a reflection about the process that led to the creation of the project named ESPELHOS nus SOHLEPSE. It is the result of a performative and academic process of reflection about the body's role in the actor's artistic body work. ESPELHOS nus SOHLEPSE had his beginning with an approach to self-portrait and has its ending is the death of the actor himself. This is a process based on the creation of a war machine, as an artistic potential form and has its final shape in a triptych. In the research to find a performative event that self- destructs, by exhaustion, to re-create himself on his plastic form, the focus is mainly on the artist/actor’s presence and his afectiveness. This is a war against the semiotic system that insists on holding actor’s organs. In this revolutionary movement, we witness an osmosis between poetry and concepts by creating two approaches on the actor’s body work: Cloud Actor and Actual’s Dramaturgy on his body. In this process, a destruction of a dialectical tradition takes place and also the creation, or rising, of the actor’s body to a volume emptied of interiority, that lives on the paradoxical border area. This work had his public debut in July 2016 and it is constantly being updated, therefore, this report in its present form is merely a temporary duration.N/