Disponibilidade de nutrientes em biofertilizantes produzidos com diferentes resíduos orgânicos.

Biofertilizante é o produto que contém componentes ativos ou agentes biológicos capazes de atuar direta ou indiretamente em toda a planta cultivada ou em parte dessa, melhorando o desempenho do sistema de produção. Os biofertilizantes podem ser produzidos de forma aeróbica ou anaeróbica, e a composição desses é resultado da decomposição dos resíduos orgânicos utilizados e do processo de biodigestão adotado. Esse trabalho teve como objetivo caracterizar biofertilizantes produzidos com diferentes resíduos orgânicos, visando sua aplicação como insumos em sistemas de produção. Utilizou-se os resíduos orgânicos esterco bovino; resíduos vegetais triturados de embaúba; gliricídia e ingá (folhas); açaí (ponta da palmeira do açaí; resíduo da indústria do palmito); bananeira (pseudocaule), para a produção dos biofertilizantes. Seis tratamentos foram avaliados: T1 - 20 kg de esterco, 10 kg de embaúba e 10 kg de açaí; T2 - 20 kg de esterco, 10 kg de embaúba e 10 kg de bananeira; T3 - 10 kg de esterco, 10 kg de gliricídia, 10 kg de embaúba e 10 kg de açaí; T4 - 10 kg de esterco, 10 kg de gliricídia, 10 kg de embaúba e 10 kg de bananeira; T5 - 10 kg de esterco, 10 kg de ingá, 10 kg de embaúba, 10 kg de açaí e, T6 - 10 kg de esterco, 10 kg de ingá, 10 kg de embaúba e 10 kg de bananeira, completando o volume final de 150 L com água. A biodigestão foi conduzida aerobiamente durante 60 dias. Observou-se elevação do pH e teores de potássio quando o esterco foi parcialmente substituído pelos resíduos de leguminosas. Os teores de magnésio foram mais elevados nos tratamentos que utilizaram a glirícidia e os teores de cálcio foram mais baixos nos tratamentos que utilizaram ingá. Para o fósforo, observou-se teores mais elevados nos tratamentos que utilizaram bananeira, quando comparados com os que receberam açaí, exceto para os tratamentos que receberam ingá