Transferência de supressividade de solos a Rhizoctonia solani e efeito de metabolitos voláteis.

A possibilidade de transferência da supressividade a R. solani foi testada através da mistura de um solo supressivo com um solo conducente nas concentrações de 0; 0,1; 0,5; 1,0; 5,0 e 10,0%. O solo supressivo foi obtido numa mata na microbacia do Córrego do Taquara Branca (Sumaré, SP), e o conducente em cultivo comercial de tomate, na mesma microbacia. A avaliação foi realizada através do crescimento de R. solani GA 4, em placas de Petri contendo os solos, fumigados ou não com clorofórmio, e uma camada de ágar-água. A fumigação foi realizada para verificar o efeito da eliminação da microbiota do solo na supressividade ao patógeno. Houve redução no crescimento do patógeno, isto é, a supressividade foi transferida nas concentrações de 5 e 10% de solo supressivo não fumigado. Não houve transferência quando foi usado o solo fumigado demonstrando a importância da microbiota na supressividade. O efeito de metabólitos voláteis na supressividade foi avaliado através do crescimento do patógeno em fundos de placas de Petri (5 cm de diâmetro), contendo meio de cultura ágar-água, cobertos por tela de nylon, e enterrados em solos de mata, de tomate, de cana-de-açúcar e de pastagem, obtidos na mesma microbacia. Houve uma reducao significativa no crescimento do patógeno nos solos de mata e pastagem em relação a testemunha (BDA), evidenciando que também este mecanismo esta associado a supressividade a R. solani