Influência de fatores bióticos e abióticos do solo na supressividade a Rhizoctonia solani.

Em 36 locais com diferentes tipos de solo e cobertura vegetal, da microbacia do Taquara Branca (Sumaré, SP), foram coletadas amostras de solo, caracterizadas quanto as propriedades físico-químicas e biológicas e avaliadas quanto a supressividade a R. solani, através do crescimento do patógeno em placas de Petri contendo ágar-água vertido sobre as amostras de solo, fumigadas ou não com clorofórmio. A taxa de crescimento do patógeno foi maior nas amostras de solo fumigado do que no não fumigado, demonstrando a influência da microbiota na supressividade. As amostras coletadas na mata foram mais supressivas do que as coletadas em solos cultivados, além de apresentar maior teor de matéria orgânica, menor pH, menor V(%), maior quantidade de H+Al, maior desprendimento de CO2 e maior atividade enzimática da microbiota, avaliada pela hidrolise de FDA (diacetato de fluoresceina). Porém, na avaliação de microrganismos (fungos, bactérias, actinomicetos, protozoários, Pseudomonas fluorescens e Fusarium spp.), pelo método de contagem em meio de cultura seletivo, não foram observadas diferenças entre os solos. Também não foi observada a influencia de macro e micro nutrientes e da condutividade elétrica do solo na supressividade a R. solani