Congenital malformations associated with assisted reproduction technologies

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2015Com números que não são negligenciáveis, a Procriação Medicamente Assistida (PMA) contribui em Portugal com 1.9% dos nascimentos, não podendo os riscos e segurança desta técnica ser descurados. Neste trabalho pretende-se rever a literatura científica sobre a associação entre malformações congénitas e PMA, tentando compreender o papel de cada técnica, assim como quais as malformações mais prevalentes e quais os possíveis mecanismos por detrás desta relação. Após pesquisa bibliográfica extensa, incluíram-se 55 artigos nesta revisão. Parece evidente um risco aumentado de defeitos congénitos associado à PMA, com um papel pouco claro da FIV e da ICSI. Estudos parecem indicar uma maior segurança na doação de oócitos, protocolos de estimulação ovárica ligeira, utilização de espermatozoides testiculares ou do epidídimo e de homens azoospérmicos, transferência de embriões após menor tempo de cultura e, principalmente, na criopreservação, por congelação lenta ou vitrificação. A prevalência dos vários tipos de malformações é variável entre estudos, com as malformações cardíacas, gastrointestinais, urogenitais, de blastogénese e de imprinting a merecer papel de destaque, assim como as neoplasias. O mecanismo causal ainda está por esclarecer, e embora as gestações múltiplas aparentemente possam ser excluídas, o mesmo não pode ser dito da subfertilidade, com uma contribuição ainda considerável neste risco.With 1.9% of all births in Portugal being conceived relying on Assisted Reproduction Technologies (ART), the proportion of ART children is not negligible, and therefore the risks and safety of this technique cannot be overlooked. The aim of this work is to review the scientific literature on the relationship between congenital malformations and ART, trying to understand the role of each technique, as well as the most prevalent malformations and the causes of this higher risk. After searching the literature, 55 studies where included in this review. An increased risk of birth defects in association with ART is evident, although the role played by IVF and ICSI is still uncertain. Studies seem to report a higher safety in some techniques, like oocyte donation, mild ovarian stimulation, use of testicular or epididymal sperm or from men with azoospermia, transfer of embryos after shorter time of culture and, mainly, after cryopreservation, either by slow freezing or vitrification. The prevalence of different sub-groups of malformations varies among studies, being cardiovascular, gastrointestinal, urogenital, blastogenesis and imprinting malformations more frequently reported, as well as neoplasms. The mechanism behind these malformations isn't yet fully understood, and even though we may safely exclude a connection to multiple pregnancies, subfertility seems to contribute significantly