Routines in theory and in practice, a criticism of the cognitive perspective

The aim of this article is to provide a better understanding of the concept of routines. We will start by showing how Schumpeter introduced this concept and how Nelson and Winter have disseminated it so as to offer a deeper understanding of what a firm is. Through the notion of routines evolutionary theory opens up the organizational "black box" and offers a deeper insight into the firm's behavior. If routines are regarded as the loci of organizational memory, the articulation of knowledge (i. e. rendering it explicit by means of a natural, symbolic, or other language) is far from perfect, owing to the presence of tacit knowledge and the costs of articulation. We will attempt to show the evolution of this notion in some recent research (Cohen et al., 1995). These works, based on an articicial intelligence's approach developed by Simon, describe in a computational dimension which separates the body from the spirit. We will criticize this perspective by showing that tacit knowledge is not always included in cognitive maps but rather in technical artefacts and in operators' bodies, as underlined by Rosenberg. This will bring us to discussion of other dimensions of organizational memory that are able to capture the diversity of tacit knowledge without excluding the various reservoirs of knowledge (interference of technical artefacts, social interactions...). This last point will be discussed through a review of recent empirical studies which underline the articulation of knowledge by considering initial events, such as social interactions, bodily and mental skills, and technical artifacts, as an important dimension in building up routines.O objetivo de nosso trabalho é proporcionar uma compreensão maior do conceito de rotina. Começaremos por mostrar como Schumpeter o introduziu e como Nelson e Winter o difundiram, no intuito de dar uma odéia maos cara do que é uma empresa. Através da noção de rotinas, a teaoria evolucionária abre a "caixa preta" organizacional e oferece um discernimento maos profundo do comportamento da empresa. Se considerarmos as rotinas como os loci da memória organizacional, veremos que a articulação do conhecimento (isto é, sua explicitação por meio de uma linguagem natural, simbólica ou outra) está longe de ser perfeita, em virtude da presença do conhecimento tácito e dos custos de articulação. Tentaremos mostrar a evolução dessa idéia em algumas pesquisas recentes (Cohen et al., 1995). Esses importantes trabalhos, baseados numa abordagem da intelligência artificial desenvolvida por Simon, descrevem a aprendizagem numa dimensão computacional que separa o corpo do espírito. Criticaremos essa abordagem, mostrando que o conhecimento tácito nem sempre é incluído nos maps cognitivos, mas sim em artefatos técnicos e no corpo dos operadores, como foi sublinhado por Rosenberg. Isso nos leverá a uma discussão de outras dimensões da memória organizacional, que conseguem captar a diversidade do conhecimento tácito sem excluir os diversos depósitos de conhecimento (interferência dos artefatos técnicos, interações sociais etc.). Este último aspecto será discutido através de uma resenha dos recentes estudos empíricos que frisam a articulação do conhecimento mediante a consideração dos eventos iniciais, como interções sociais, habilidades corporais e mentais e artefatos técnicos, como uma dimensão importante da construção das rotinas