O estudo constitui um registo da argumentação de J. Ratzinger no seu tratado sobre a escatologia e do seu contributo na desconstrução do pressuposto assumido na escatologia sobretudo no âmbito da teologia protestante, mas que encontrou amplo acolhimento também na teologia católica, segundo o qual a escatologia cristã seria devedora dos esquemas do pensamento grego. No seu intento de desplatonizar a escatologia, J. Ratzinger foi levado progressivamente à verificação de que o sentir eclesial se distancia criticamente do esquematismo grego e que na sua concepção antropológica da relação alma-corpo é essencialmente cristã, relevando-se assim a novidade da concepção cristã do homem na sua constituição metafísica, com grandes consequências para ...