Primeiros resultados do efeito dos novos porta-enxertos sobre novas cultivares de cerejeira (Prunus avium L.) na Gardunha (Cova da Beira)

Comunicação apresentada no Simpósio de Propagação Vegetativa de Espécies Lenhosas que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco de 18 a 20 de Outubro de 1996.Após dois anos de experimentação apresentam-se os primeiros resultados sobre as percentagens de pegamento de dois tipos de enxertia, de garfo e de borbulha, em local definitivo, de três novos porta-enxertos de cerejeira – Damil; Tabel-Edabriz; e Maxma 14 – num pomar localizado na Serra da Gardunha, Cova da Beira, utilizando novas cultivares. Simultaneamente são apresentados outros parâmetros de avaliação de afinidade cultivar/porta-enxerto, tais como: a variação da taxa de crescimento ao longo do primeiro ciclo vegetativo; o n.º de ramificações; o crescimento acumulado; o diâmetro do tronco junto à zona de enxertia; e os órgãos de frutificação presentes e respectiva distribuição na copa (hábitos de frutificação), após o segundo ciclo vegetativo. Estes dados são comparados, nas mesmas cultivares, com o porta-enxerto tradicional, o Prunus avium L. silvestre. Destes primeiros ciclos vegetativos podemos concluir o efeito marcado do vigor do porta-enxerto sobre a variação e o crescimento total dos lançamentos das cultivares, bem como o efeito deste sobre a diferenciação e tipo de órgãos de frutificação presentes. Contudo este efeito é extremamente variável em função do simbionte observado. Como primeiras conclusões podemos avançar o maior efeito ananicante do Tabel-Edabriz e o maior efeito vigorizante do Maxma 14, nalgumas cultivares quase idêntico ou superior, ao do Prunus avium L. silvestre