Dançoterapia Integrativa: uma metodologia de intervenção nos comportamentos agressivos

"Sem resumo feito pelo autor"; Dentro de cada um de nós existe um espirito criativo, tantas vezes esquecido, anulado ou renunciado... Em cada um de nós, existe também a capacidade de acordara linguagem das imagens, dos sons, dos movimentos e mesmo das metáforas, e através delas religarmo-nos com os aspectos mais profundos de nós próprios e do mundo. Por isso, a expressão criativo-artística é a nossa linguagem nativa, primária ... é uma via de entrada para o nosso mundo profundo, expressando sensações, intuições, memórias e sentimentos que não são acessíveis à palavra. Este é o principio geral que está na base das várias conceptualizações das Terapias Expressivas ou Artístico-Expressivas. Nenhuma abordagem terapêutica ou de promoção de saúde pode tocara Pessoa se relegar o corpo ou o movimento para segundo plano, porque é no corpo que tudo isto se processa. Por outro lado, a Arte oferece-nos um poderoso meio de expressão do mundo interno, de aprendizagem e relação connosco e com o Outro, de comunicação e partilha de conhecimento. O corpo, o movimento e a arte apelam-nos a uma reacção criativa connosco com o outro e com o meio. Neste capítulo tentamos perspectivar a Dançoterapia como uma abordagem expressiva do corpo e do movimento humano, onde a dimensão dos afectos e das relações está sempre presente, num processo holístico de vivência integrativa dos vários níveis da Pessoa. Para tal, abordaremos, numa primeira fase, alguns aspectos conceptuais, fazendo um sobrevoo por alguns aspectos históricos que contribuíram para a estruturação da dançoterapia como disciplina, reflectindo, a partir da sua delimitação conceptual, sobre alguns dos fundamentos teóricos que lhe estão subjacentes. Procuraremos, de seguida, a sua compreensão enquanto abordagem psicoterapêutica específica, nomeadamente face às outras terapias de mediação corporal e terapias artístico-expressivas. Numa segunda fase, refletiremos sobre os aspectos metodológicos, começando por referir algumas teorias psicológicas e orientações que lhes estão associadas, aspectos diferenciados do trabalho individual e em grupo e metodologias de intervenção específicas, onde evocaremos o trabalho dos principais dançoterapeutas. Por fim e numa terceira fase, serão abordados alguns dos aspectos interventivos da dançoterapia com diferentes populações (nomeadamente em saúde mental, necessidades especiais e necessidades educativas especiais) e em diferentes settings (clínico, escolar e comunitário) evocando alguns trabalhos realizados em cada uma destas áreas