É sempre com o maior agrado que se vê irromper à luz do dia uma obra sobre a personalidade do pensador açoriano. Ainda mais quando esse produto foge do estilo apologético e se poderá guindar à altura dos escritos de Leonardo Coimbra, Joaquim de Carvalho, António Sérgio, Joel Serrão ou Eduardo Lourenço (que o produtor da obra cita como excepções à regra encomiástica que domina os escritos sobre o filósofo). Ainda que o autor, humildemente, diga que a presente obra apenas pretende “acrescentar alguma coisa ao conhecimento de uma figura (e duma época) tão importante na nossa história cultural”(p. 7). E poderíamos somar mais uma qualidade pois, ao contrário de outras obras, não se limita ao estudo do pensamento filosófico do autor1. A reflexão ...