A casa de João Xavier de Almeida no contexto da arquitectura da serra

Quem, proveniente da cumeada maior do Caldeirão, atravessar o Baixo Guadiana, tomando os trajectos interflúvios entre as ribeiras afluentes, acabará por observar que a aproximação ao rio – compreendendo aí também as vertentes de Odeleite – não introduz uma transformação significativa no povoamento serrano. Para nascente da portela que abre, entre São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra, uma passagem entre as serras a Ocidente e a Oriente, estende-se uma manta apertada de pequenos aglomerados, designados por montes, polarizada por um restrito número de aldeias de Igreja, sedes de freguesia, que organizam a ocupação deste território, entre o baixo Algarve e a peneplanície alentejana. Na maior parte dos casos, os montes da serra do Caldeirão constituem assentamentos onde se poderiam juntar algumas dezenas de fogos de pequenos proprietários que complementavam os proveitos da cerealicultura e das pequenas hortas no fundo dos corgos com a criação de animais