A influência do bem-estar subjetivo no comprometimento com a carreira: o efeito mediador do comprometimento organizacional

Apesar de ao longo da literatura disponível o bem-estar subjetivo ser o objeto de investigação em várias áreas distintas, no estudo sobre esta temática e a sua relação com o comprometimento dos indivíduos, ainda é algo bastante escasso. Como tal, um dos objetivos do presente trabalho passa por contribuir para a colmatação desta lacuna e numa primeira fase, perceber de que forma a avaliação do próprio indivíduo sobre o seu bem-estar, tem influência no seu comprometimento com a carreira. Devido à relevância e impactos que este tipo de comprometimento pode ter nas organizações, sentiu-se a necessidade de complementar a presente investigação com a análise dos efeitos de mediação que o comprometimento organizacional pode ter na relação entre bem-estar subjetivo e comprometimento com a carreira. Para a realização deste estudo, optou-se por uma metodologia de natureza quantitativa, com uma abordagem hipotético-dedutiva e transversal e, como tal, foi realizado um inquérito que contou com 229 participantes, de diferentes nacionalidades e características. Os resultados obtidos revelaram existir um impacto positivo do bem-estar subjetivo no comprometimento afetivo com a carreira e também na relação com o comprometimento normativo com a carreira, quando mediada pela componente afetiva do comprometimento organizacional.Despite the availability of literature on subjective well- being in various distinct areas of research, the study of this subject and its relationship with individuals' commitment is still quite scarce. Therefore, one of the objectives of this current work is to contribute to filling this gap and, in the initial phase, to understand how individuals' self-assessment of their well-being influences their career commitment. Due to the relevance and impacts that this type of commitment can have on organizations, there was a need to complement this research by analyzing the mediating effects that organizational commitment can have on the relationship between subjective well-being and career commitment. For this study, a quantitative methodology was chosen, with a hypothetical-deductive and cross-sectional approach. A survey was conducted with several individuals, with the condition of participation being a connection to a particular organization. This research included 229 participants from different nationalities and characteristics. The obtained results revealed a positive impact of subjective well-being on affective commitment to the career, as well as on the relationship with normative commitment to the career when mediated by the affective component of organizational commitment