O Brasil está de volta: credibilidade e protagonismo na política externa de Lula da Silva

In this paper I analyse the first hundred days of President Luiz Inácio Lula da Silva’s new foreign policy. With that in mind I apply the historical method grounded on Brazilian concepts of International Relations such as autonomy and pragmatic equidistance. I intend to explain inductively current events by means of Brazilian foreign policy historical structures of the 1930s and the 1960s. I hypothesize that the environmental agenda must be seen as the new foreign policy’s pivot because it may support other Brazilian international agendas. When it comes to the War in Ukraine, I argue that Brazil’s position of equidistance is the best suited to pursue national interests defined in terms of development. I affirm that equidistance is rooted not only in diplomatic traditions but is also in tune with the principle of non-intervention. However, I argue that Lula’s “peace club” proposal may jeopardize such equidistance if he cannot help exposing contradictions in his statements.histórico baseado em conceitos brasileiros em Relações Internacionais, tais como autonomia e equidistância pragmática. Pretendemos explicar eventos atuais por meio de estruturas históricas da política externa brasileira dos anos 1930, 1960 e 2000. Defendemos que a agenda ambiental se tornou o pivô da nova política externa, em razão da necessidade de se implementar uma nova renovação de credenciais para o Brasil. No que se refere à Guerra da Ucrânia, argumentamos que a posição brasileira de equidistância é a mais adequada para perseguir os interesses nacionais definidos nos termos do desenvolvimento. Afirmamos que a equidistância está enraizada não apenas nas tradições diplomáticas, mas também está em linha com o princípio da não-intervenção. No entanto, argumentamos que a proposta de Lula de um “clube da paz” pode prejudicar tal equidistância se ele não puder evitar expor contradições em seus pronunciamentos