Education and Human Rights: interdisciplinary dialogues

A dominação num sistema colonial não se limita ao campo empírico, mas, por se tratar de uma ideologia, provoca no próprio colonizado as consequências do seu controle, pois estabelece através da sua desumanização a noção de legitimidade para com as atrocidades que lhes são impostas, não tendo como libertá-lo de uma condição opressora se para ele esta é legitima. Por este motivo é relevante delimitar-se na atualidade como se proceder para educar com os oprimidos aos processos de descolonização. É nesse contexto que surge a proposta da coletânea EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS: diálogos interdisciplinares. Pensada a partir do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas, da Escola de Educação e Humanidades, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, um Programa da Área Interdisciplinar da CAPES, a coletânea foi estruturada em três volumes: Volume 1 - Educação, saberes e interculturalidade; Volume 2 - Currículo, formação, desigualdades e exclusões e; Volume 3 - Educação, justiça e políticas públicas de direitos humanos e, foi pensada para reunir trabalhos dedicados a compreender, divulgar, difundir e aperfeiçoar o tema da educação em direitos humanos, considerando os seus aspectos históricos, políticos, jurídicos, ideológicos, sociológicos e culturais, e que reflitam os seus desdobramentos nas temáticas de gênero, classe e raça, considerando a educação não apenas enquanto um direito, mas especialmente enquanto um mecanismo de garantia e promoção da dignidade de todos os seres humanos e da construção de uma sociedade mais justa e solidária. Assim, apresentada a obra, esperamos que possam desfrutá-la, pois, a superação da hegemonia dos direitos humanos presente num sistema que herdou características coloniais só pode ser atingida pelas próprias partes marginalizadas, uma vez que a solução para a ideologia da desumanização se faz mediante a conscientização da própria classe oprimida, não através de um processo individual, mas coletivo, de quebra dos dogmas anteriormente impostos pela força dominante. O papel da educação crítica e libertadora não se encerra na quebra com o sistema hegemônico, mas torna-se ao desenvolvimento de uma pedagogia específica voltada para a universalização dos direitos humanos e para a própria preservação da humanidade. Boa leitura!Domination in a colonial system is not limited to the empirical field, but, as it is an ideology, it provokes the consequences of its control in the colonized itself, as it establishes through their dehumanization the notion of legitimacy towards the atrocities that are imposed on them, there is no way to free him from an oppressive condition if it is legitimate for him. For this reason, it is important to define today how to proceed to educate the oppressed in the processes of decolonization. It is in this context that the proposal for the collection EDUCATION AND HUMAN RIGHTS: interdisciplinary dialogues arises. Created based on the Postgraduate Program in Human Rights and Public Policies, from the School of Education and Humanities, from the Pontifical Catholic University of Paraná, a Program in the Interdisciplinary Area of CAPES, the collection was structured in three volumes: Volume 1 - Education , knowledge and interculturality; Volume 2 - Curriculum, training, inequalities and exclusions and; Volume 3 - Education, justice and public human rights policies and was designed to bring together works dedicated to understanding, disseminating, disseminating and improving the theme of human rights education, considering its historical, political, legal, ideological, sociological and cultural, and that reflect their developments in the themes of gender, class and race, considering education not only as a right, but especially as a mechanism for guaranteeing and promoting the dignity of all human beings and the construction of a fairer society and supportive. Thus, having presented the work, we hope that you can enjoy it, as overcoming the hegemony of human rights present in a system that inherited colonial characteristics can only be achieved by the marginalized parties themselves, since the solution to the ideology of dehumanization is made through the awareness of the oppressed class itself, not through an individual process, but a collective one, of breaking the dogmas previously imposed by the dominant force. The role of critical and liberating education does not end with breaking with the hegemonic system, but rather involves the development of a specific pedagogy aimed at the universalization of human rights and the preservation of humanity itself. Good reading