FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS NO BRASIL: CONSOLIDAÇÃO DE UMA PROPOSTA INTERCULTURAL NO ENSINO SUPERIOR

Since the Constitution of the Federative Republic of Brazil in 1988, the management of the governmental institutions responsible for accompanying the indigenous people in the programs of strengthening, visibility and integration of their sociocultural values into the national project has been expanded. Therefore, meetings with traditional authorities, public officials and external persons interested in contributing to community processes began to take place more frequently and intensely. As a result of these struggles and associations, at the beginning of this millennium, an initiative to create higher courses in several federal and state public universities in the country for the professionalization of indigenous people who work as teachers in their respective communities came up. These programs were called “Intercultural Bachelor's Degrees” and are designed exclusively to assist the territorial and educational demands of indigenous populations, through the consolidation of teaching practice in basic education schools. Taking into account a bibliographic review, this article intends to expose a critical analysis, based on intercultural and political discussions, about the intercultural proposal for the training of indigenous teachers, considering the potentials and challenges it has had since its creation until the present day. The results lead us to affirm that these higher education courses reach some of the criteria that appear in the official discourse, but do not achieve a true intercultural dynamic, which allows us to deconstruct the legitimacy of the concept and question its applicability.Desde la Constitución de la República Federativa de Brasil de 1988, se amplió y profundizó la gestión de las instituciones gubernamentales responsables por acompañar a los pueblos indígenas, en los programas de fortalecimiento, visibilidad e integración de sus valores socioculturales al proyecto nacional. Por lo tanto, las reuniones con autoridades tradicionales, funcionarios públicos y personas externas interesadas en contribuir a los procesos comunitarios, comenzaron a tener lugar con mayor frecuencia e intensidad. Como resultado de estas luchas y asociaciones, a principios de este milenio surge la iniciativa de crear cursos de pregrado en varias universidades públicas federales y estatales del país, para la profesionalización de indígenas que se desempeñan como profesores en sus respectivas comunidades. Esos programas fueron denominados “Licenciaturas Interculturales” y están diseñados exclusivamente para atender las demandas territoriales y educativas de las poblaciones indígenas, a través del fortalecimiento de la práctica docente en las escuelas de educación básica. A partir de una revisión bibliográfica, este artículo se propone exponer un análisis crítico, con base en discusiones de carácter intercultural y político, sobre la propuesta intercultural para la formación de profesores indígenas, considerando los potenciales y los desafíos que ha tenido desde su creación hasta el día de hoy. Los resultados nos llevan a afirmar que esos cursos de educación superior cumplen algunos de los criterios que aparecen en el discurso oficial, pero no logran una verdadera dinámica intercultural, lo que nos permite deconstruir la legitimidad del concepto y cuestionar su aplicabilidad.Desde a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, ampliou-se e aprofundou a gestão das instituições governamentais responsáveis pelo acompanhamento dos povos indígenas, nos programas de fortalecimento, visibilidade e integração de seus valores socioculturais ao projeto nacional. Portanto, reuniões com autoridades tradicionais, funcionários públicos e pessoas externas interessadas em contribuir aos processos comunitários, começaram a ocorrer com mais frequência e intensidade. Como resultado dessas lutas e parcerias, no início deste milênio, surge a iniciativa de criar cursos de graduação em várias universidades públicas federais e estaduais do país para a profissionalização de indígenas que atuam como professores em suas respetivas comunidades. Estes programas foram denominados “Licenciaturas Interculturais” e estão desenhados exclusivamente para atender as demandas territoriais e educacionais das populações indígenas, através do fortalecimento da prática docente nas escolas de ensino básico. A partir de uma revisão bibliográfica, este artigo se propõe expor uma análise crítica, com base em discussões de caráter cultural e político, da proposta intercultural para a formação de professores indígenas, contemplando os potenciais e os desafios que ela apresenta, desde sua criação até o presente. Os resultados nos levam a afirmar que tais cursos do ensino superior atendem alguns dos valores que aparecem no discurso oficial, mas não conseguem uma verdadeira dinâmica intercultural, o que nos permite desconstruir a legitimidade do conceito e questionar sua aplicabilidade