Resistência por chance de escolha de genótipos experimentais de batata-doce a mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B)

IC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Agronomia.A ocorrência de viroses se destaca entre os fatores que mais causam prejuízos à produção de batata-doce. A mosca-branca é um dos principais vetores persistentes de espécies virais, na cultura. Uma forma de reduzir os danos causados por essas pragas é a seleção de genótipos resistentes e o emprego desses em um sistema de manejo integrado sustentável. Com isso, o objetivo com este estudo foi realizar a seleção de genótipos de batata-doce resistentes à mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B) por meio do teste de chance de escolha. Conduziu-se dois ensaios experimentais, sendo um para genótipos de polpa laranja e outro para genótipos de polpa roxa. Nesses ensaios seis genótipos de cada grupo de cor de polpa foram submetidos à análise de atratividade, utilizando delineamento completamente casualizado, com oito repetições. Foram quantificados o número de adultos, ovos e ninfas encontrados na face abaxial da folha, bem como a densidade de tricomas foliares dos genótipos. Constatou-se que o maior número de tricomas foliares na face abaxial afetam negativamente a atratividade da mosca-branca. Dos genótipos de polpa laranja, o UFSC-UEO-50, obteve desempenho superior para resistência a mosca-branca. Em contrapartida, o genótipo UFSC-FEO-68, demonstrou maior preferência pela para estadia e oviposição, enquanto que UFSC-CEO-28, UFSC-UEO-20, UFSC-UEO-96 demonstraram resultados intermediários. Quanto aos genótipos de polpa roxa, o controle comercial SCS370 Luiza destacou-se com o menor número de adultos, ovos e ninfas de mosca-braca, seguido pelo genótipo experimental UFSC-UEP-24. Em contrapartida, o genótipo UFSC-UEO-20 demonstrou maior preferência para estadia e oviposição, enquanto UFSC-FEP-42, UFSC-UEP-30 e UFSC-KEP-156 demonstraram resultados intermediários para resistência à mosca-branca. Os genótipos UFSC-UEO-50 de polpa laranja e SCS370 Luiza de polpa roxa possuem resistência à mosca-branca, com potencial para reduzir os danos por viroses ocasionados por esse vetor