EVIDENCIAÇÃO DOS CAPITAIS NOS RELATÓRIOS INTEGRADOS DAS EMPRESAS LISTADAS NA B3 DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA

TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Ciências Contábeis.O relato integrado é um método de comunicação em forma de documento que unifica informações financeiras e não financeiras de uma organização e a forma como ela transforma recursos em valor a curto, médio e longo prazo. O objetivo deste estudo é analisar o nível de evidenciação dos capitais não financeiros (capital natural, social, humano e intelectual) a partir dos relatórios integrados sob a ótica de disclosure. Buscou analisar em seus relatórios integrados e de sustentabilidade as empresas do ramo de energia listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3) em virtude de seus negócios dependerem de recursos naturais e por possuírem responsabilidade com a preservação do meio ambiente. A pesquisa envolveu análise documental de relatórios integrados com abordagem qualitativa e de natureza descritiva, com foco na análise do conteúdo (BARDIN, 2016). Foram examinadas 10 empresas listadas na B3 que adotaram o modelo do International Integrated Reporting Council (IIRC) e mantiveram divulgações contínuas entre 2016 e 2022. Os principais resultados destacam que empresas do setor de energia revela variações significativas e que desafios comuns se destacam na segurança do trabalho e diversidade de gênero. Além disso, o setor influencia a divulgação dos capitais não financeiros de acordo com a relevância desses ativos para o setor. Este estudo contribui para o debate sobre a padronização internacional da divulgação voluntária, visando melhorar o nível de disclosure e atender às necessidades de investidores e outras partes interessadas, como colaboradores, fornecedores, clientes, governo e comunidade. Também identifica as características que impactam a divulgação dos capitais não financeiros nas empresas de energia listadas na B3. Como uma contribuição prática para as organizações que adotam o relato integrado voluntariamente, o estudo destaca a necessidade de padronização da nomenclatura usada nos relatórios anuais