Avaliação da densidade mineral óssea em adultos com Síndrome de Down

Orientador: Prof. Dr. Renato NisiharaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna e Ciências da Saúde. Defesa : Curitiba, 04/03/2022Inclui referênciasResumo: INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, houve aumento importante da expectativa de vida das pessoas com Síndrome de Down (SD), o que aumenta a preocupação com possíveis complicações que possam aparecer com o avançar da idade. Alguns autores reportaram que a densidade mineral óssea (DMO) parece estar comprometida em adultos com SD, o que por consequência leva essa população a um maior risco de fraturas. Não existem estudos latino-americanos sobre a DMO em pessoas com SD. OBJETIVOS: Avaliar a DMO em uma amostra de pessoas com SD brasileiras, maiores de 18 anos. Associar alterações na DMO com força de preensão palmar, índice de massa corporal (IMC) e nível de atividade física. MÉTODOS: Os participantes foram recrutados na Associação Reviver Down em Curitiba-PR. A DMO foi determinada utilizando-se o exame Densitometria por emissão de Raio-X de dupla energia (DXA), sendo analisados o quadril (colo de fêmur e fêmur total) e coluna lombar. Foram aferidos peso e altura para determinação do IMC, medida da força de preensão palmar pelo dinamômetro de Jammar® e classificação do nível atividade física pelo Questionário Internacional de Atividade Física-Versão Curta (IPAQ). RESULTADOS: Foram estudadas 26 pessoas com SD, sendo 8 homens e 18 mulheres com idade média de 30,7±10,3 anos. Foi observado que 6/18 (33,3%) das mulheres e 3/8 (37,5%) dos homens possuíam baixa DMO para a idade. Verificou-se existir correlação positiva entre força de preensão palmar e Z- score de colo de fêmur nas mulheres (P=0.02) e do IMC com Z- score de colo de fêmur nos homens (P=0.04). Todas as demais correlações foram não significativas. CONCLUSÕES: Observou-se alta prevalência de baixa DMO em adultos com SD, mais frequente em homens. O Zscore de colo de fêmur, mostrou correlação positiva com força de preensão palmar em mulheres, e com o IMC em homensAbstract: BACKGROUND: In recent decades, there has been a significant increase in the life expectancy of people with Down Syndrome (DS), which increases the concern about possible complications that may appear with advancing age. Some authors have reported that bone mineral density (BMD) seems to be compromised in adults with DS, which consequently leads this population to a higher risk of fractures. There are no Latin American studies on BMD in people with DS. OBJECTIVES: To evaluate BMD in a sample of Brazilian people with DS, over 18 years of age. Associate changes in BMD with handgrip strength, body mass index (BMI) and physical activity level. METHODS: Participants were recruited from Association Reviver Down in Curitiba-PR. BMD was determined using the Dual Energy X-Ray Emission Densitometry (DXA) exam, with the hip (femur neck and total femur) and lumbar spine being analyzed. Weight and height were measured to determine BMI, handgrip strength was measured using the Jammar® dynamometer and physical activity level was classified using the International Physical Activity Questionnaire-Short Version (IPAQ). RESULTS: Twenty-six people with DS were studied, 8 men and 18 women with a mean age of 30.7±10.3 years. It was observed that 6/18 (33.3%) of the women and 3/8 (37.5%) of the men had low BMD for their age. There was a positive correlation between handgrip strength and femoral neck Z- score in women (P=0.02) and between BMI and femoral neck Z- score in men (P=0.04). All other correlations were non-significant. CONCLUSIONS: A high prevalence of low BMD was observed in adults with DS, more frequent in men. The femoral neck Z-score showed a positive correlation with handgrip strength in women, and with BMI in me