O ensaio de Jean-Luc Nancy, “A oferenda sublime”, foi publicado originalmente em 1988, numa antológica coletânea, Du Sublime, organizada pelo mesmo Nancy e Michel Déguy. Nancy contraria toda a tradição negativa do sublime, nas suas múltiplas formulações, desde Longino, passando por Kant, Hegel, entre outros, chegando até a contemporaneidade, com a famosa fórmula de Jean-François Lyortard, a de que o sublime seria uma “apresentação (disso) que há o inapresentável”. Num diálogo com muitas vozes, mas, inspirado, sobretudo, por Benjamin e um certo Heidegger, apesar dele, Nancy revisita vários temas da “Analítica do Sublime” de Kant, como o disforme, a totalidade, o ilimitado (ou a “ilimitação”, como ele prefere cunhar), o infinito. Sua interpre...