Tomás de Aquino classifica a lógica simultaneamente como arte e ciência. Essa ambiguidade foi interpretada por alguns scholars como uma contradição prima facie que deveria ser eliminada para que a posição de Tomás fizesse sentido. No presente artigo, tentaremos, primeiramente, sugerir que a mesma ambiguidade estava presente em diversos autores do período e ilustraremos esse ponto citando como exemplo a classificação proposta por Rogério Bacon. Em segundo lugar, analisaremos uma outra classificação importante da lógica como ciência do discurso e da razão, visão compartilhada, por exemplo, por Roberto Kilwadby. Em terceiro lugar, mostraremos que Tomás não segue essa tradição e propõe entender a lógica apenas como ciência da razão, posição ess...