ESTUDO BOTÂNICO, FÍSICO-QUÍMICO E FITOQUÍMICO DA PREPARAÇÃO DO EXTRATO HIDROALCÓOLICO DE FOLHAS DE MANIVA, ESPÉCIE Manihot esculenta Crantz

A folha da Mandioca, também conhecida como Maniva, é o componente principal de um dos pratos típicos de maior consumo na Região Norte do Brasil, a Maniçoba, altamente nutritiva para uso humano e animal.  A Maniva está dentro da família Euphorbiaceae, onde os biótipos de seus integrantes são perenes e arbustivos, com facilidade em se desenvolver em solos áridos e pobres nutricionalmente, com resistência a pragas e a insetos, também tendo como uso, o controle deste tipo de problema agrário, têm como representantes, a seringueira (Hevea sp) e a mamona (Ricinus communis), importantíssimas na economia como produto de exportação bruto, pela sua capacidade de gerar látex, possuindo função de proteção para a planta, contendo Taninos Condensados ou outros elementos químicos, característica esta, que a Maniva também compartilha. Um dos maiores efeitos citotóxicos de suas folhas, são unidades antinutritivas, que apresentam risco ao seu consumo antes de serem devidamente cozidas ou preparadas, tais como ácido oxálico, nitratos, cianeto, inibidores de tripsina e saponinas. Tendo colaborações em efeitos medicinais para o organismo, a Maniva tem efeitos antiprurídicos (combate agentes químicos ou doenças tópicas que levem à coceira), antiespasmódica (auxilia no combate e tratamento de cãibras), combate de microrganismos patogênicos que estejam nas camadas mais superficiais da pele, como fungos e bactérias e estimulação da atividade mitogênica de linfócitos (estimula e reforça o sistema imunológico). Os embasamentos teóricos descritos na literatura, descrevem as folhas da mandioca como rejeito ou resíduo de produção em cultivos e plantações, descartando seu aproveitamento e biodisponibilidade em novas aplicações tecnológicas, como elaboração de inseticidas, desenvolvimento de combustíveis etanoicos alternativos e até no tratamento de efluentes industriais pela sua presença de Taninos, que agem como agentes floculantes, necessitando-se de novas pesquisas e metodologias, para o seu aproveitamento completo e diminuição dos desperdícios de produção e cultivo, bem como a difusão das novas aplicações científicas descobertas em pesquisas