A relação dos parâmetros laboratoriais, comorbilidades e sintomas com a mortalidade em doentes com COVID-19 hospitalizados na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco

Trabalho de natureza profissional apresentado ao Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, para obtenção do Título de Especialista em Ciências Biomédicas Laboratoriais.O presente estudo foi realizado na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), que teve por objetivos: verificar quais parâmetros laboratoriais influenciam o risco elevado de mortalidade dos doentes com COVID-19 internados na ULSCB; verificar quais parâmetros laboratoriais, características demográficas, comorbilidades e sintomas influenciam a probabilidade de óbitos nos doentes com COVID-19 internados na ULSCB; e verificar quais parâmetros laboratoriais, características demográficas, comorbilidades e sintomas influenciam a probabilidade de óbitos nos doentes vacinados para o SARS-CoV-2, internados na ULSCB. A metodologia utilizada foi observacional analítica de coorte retrospetiva. Como resultados, verificou-se que o aumento da PCR e D-Dímeros e a linfopenia apresentaram valor preditivo para o risco elevado de mortalidade. E as variáveis idade avançada, diabetes, aumento da PCR e linfopenia aumentavam a probabilidade dos doentes internados por COVID-19 falecerem. Em relação à vacinação, o grupo dos doentes imunizados a única variável que aumentava a probabilidade de falecer por COVID-19 foi a insuficiência cardíaca crónica. Em conclusão, pode referir-se que existem biomarcadores com valor preditivo cálculo do risco elevado de mortalidades, e que em conjunto com as comorbilidades pode-se obter a probabilidade de um doente com COVID-19 falecer. E a vacinação não contribuiu para reduzir o risco, dos doentes internados por COVID-19 com insuficiência cardíaca crónica, de falecerem.