O impacto da implementação do Housing First na saúde mental de pessoas em situação de rua: Uma revisão sistemática

Introduction: Mental disorders are very prevalent health problems in homeless people and correspond to one of the main barriers to monitoring and helping this population. The Housing First (HF) model has proven to be an innovative and effective proposal to improve the approach and follow-up of patients. Objective: To present a synthesis of the knowledge about the impact that HF can provide on the lives of homeless people with mental disorders. Evaluating its contribution in better monitoring and treatment of psychiatric conditions. Methodology: Systematic review of the literature carried out in the Medline, Cochrane, LILACS and Google Scholar databases, selecting 18 clinical trials. Results: There was no consensus on all the criteria evaluated when relating HF and the mental health of homeless people. Regarding psychiatric symptoms, treatment adherence and the number and period of hospitalizations, direct or indirect improvements were found in the HF group. Regarding substance use, there was no consensus among the articles evaluated. Concerning suicidal ideation, there was no significant improvement. Conclusion: More studies are still needed in the area due to lack of consensus in the results, but according to the analyzed articles, the HF has shown to be promising in providing greater autonomy to users, which is one of the main means for improving the quality of life and mental health. The relationship between home stability and mental health is evident, so the choice of HF must be seen from a public health perspective and not just as an urban and social problem.Introducción: Los trastornos mentales son problemas de salud muy prevalentes en las personas sin hogar, siendo una de las principales barreras de atención para esta población. El modelo Housing First (HF) ha demostrado ser una propuesta innovadora y efectiva para mejorar este segmento. Objetivo: Presentar una síntesis de conocimientos sobre el impacto que tiene el HF en la salud mental de la población sin hogar. Evaluando su contribución al seguimiento y tratamiento de las enfermedades psiquiátricas. Metodología: Revisión sistemática realizada en las bases de datos MedLine, Cochrane, LILACS y Google Académico, seleccionando 18 ensayos clínicos radomizados. Resultados: No hubo consenso en todos los criterios evaluados al relacionar HF y salud mental de personas sin hogar. En relación con los síntomas psiquiátricos, la adherencia al tratamiento y el número y período de hospitalizaciones, se encontraron mejoras directas o indirectas en el grupo de HF. En cuanto al consumo de sustancias, no hubo consenso entre los artículos evaluados. En cuanto a la conducta suicida, no hubo una mejora significativa. Conclusión: Aún se necesitan más estudios en el área debido a la falta de consenso en los resultados, pero según los artículos analizados, la estrategia HF se ha mostrado prometedora en brindar mayor autonomía a los usuarios, que es uno de los principales medios para mejorar la salud mental. La relación entre estabilidad del hogar y salud mental es evidente, por lo que la elección por HF debe verse desde una perspectiva de salud pública y no sólo como un problema urbano y social.Introdução: Os transtornos mentais são problemas de saúde muito prevalentes em pessoas em situação de rua, sendo uma das principais barreiras para a assistência médica a essa população. O modelo Housing First (HF) se mostra uma proposta inovadora e eficaz para melhorar esse seguimento. Objetivo: Apresentar a síntese do conhecimento a respeito do impacto que o HF tem na saúde mental de populações em situação de rua, de modo a avaliar sua contribuição no acompanhamento e tratamento dos quadros psiquiátricos. Metodologia: Revisão sistemática da literatura realizada nas bases de dados MedLine, Cochrane, LILACS e Google Acadêmico, sendo selecionados 18 ensaios clínicos randomizados. Resultados: Não houve consenso em todos os critérios avaliados ao relacionar HF e saúde mental de pessoas em situação de rua. Em relação aos sintomas psiquiátricos, à adesão ao tratamento e ao número e período de internações, foram encontradas melhorias diretas ou indiretas no grupo HF. Em relação ao uso de substâncias, não houve consenso entre os artigos avaliados. Já em relação ao comportamento suicida, não houve melhora significativa. Conclusão: Ainda são necessários mais estudos na área devido a falta de consenso entre os resultados. Mas, de acordo com os artigos analisados, a estratégia HF se mostra promissora ao proporcionar maior autonomia aos usuários, sendo este um dos principais meios para a melhoria da saúde mental. Fica evidente a relação da estabilidade domiciliar com a saúde mental; sendo assim, a escolha pelo HF deve ser vista sob uma perspectiva de saúde pública e não apenas como um problema urbano e social