PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICO A PARTIR DO AMIDO DE MANDIOCA

A sociedade atual consome enorme quantidade de plástico diariamente. Os plásticos são materiais orgânicos poliméricos sintéticos de constituição macromolecular, facilmente transformável mediante o emprego de calor e pressão, e que serve de matéria-prima para a fabricação de vários objetos. Devido a sua versatilidade, variedade de aplicações, preço e durabilidade o seu uso tem aumentado muito em todo mundo. A questão é que o plástico pode causar muitos danos ao meio ambiente. Nas últimas décadas, os níveis de produção dispararam, especialmente as embalagens. Hoje, estiva-se que no mundo produz cerca 139 milhões de toneladas de resíduos plásticos de uso único. Grande parte desse resíduo contamina os oceanos. Há uma estimativa de que cerca de 110 pedaços de plástico por quilômetro quadrado no oceano Pacífico. Estudos apontam que a degradação do plástico pode levar até 450 anos para sumir da superfície terrestre. Assim, há inúmeros problemas com os reduzidos de plástico que a sociedade irá enfrentar nas próximas décadas. Dentro desse contexto, na última década, estudos utilizando polímeros biodegradáveis para o desenvolvimento de embalagens vêm se destacando cada vez mais, buscando materiais com elevada biodegradabilidade após o descarte. Dentre eles, destaca-se o uso do amido, visto que além de ser uma matéria-prima abundante, não tóxica, biodegradável, comestível, de baixo custo de comercialização, está disponível em todo o mundo e possui elevada capacidade de formação de gel. A partir disso, nosso projeto de pesquisa é produzir um plástico biodegradável, ou seja, que são derivados de produtos vegetais, tais como o amido, que ocorre em grande abundância na natureza, como por exemplo nas raízes da mandioca (Manihot esculenta Crantz). Os plásticos biodegradáveis decompõem-se em seus componentes mais simples a partir da atividade dos microrganismos que decompõem as substâncias orgânicas em seus componentes básicos: água, gás carbônico e minerais. Somente a energia não volta mais a ser luz, mas perde-se no espaço em forma de calor. Dessa forma, para que um plástico seja considerado biodegradável, ele precisa ser degradado dentro de um período de tempo que não exceder a 180 dias. Os materiais utilizados foram o amido de mandioca, peróxido de hidrogênio, ácido acético (vinagre) e água. Para a elaboração do material plástico foi preparada uma solução de amido de mandioca, de água, e de uma solução de 6% de peróxido de hidrogênio em um recipiente plástico, com proporções de 60% de amido e 40% de água, e depois realizada a pesagem desta mistura. Para esta quantidade foi acrescentado 15% de peróxido de hidrogênio e em seguida, para obter uma solução homogênea, o material foi agitado mecanicamente por 30 minutos. Depois, a mistura foi colocada para secar a temperatura ambiente por 120 horas. O material formado foi caracterizado pelas seguintes propriedades: espessura, e permeabilidade a água. Diante dos resultados obtidos, nesta pesquisa, foi possível produzir um material biodegradável a partir do amido. Foi possível produzir um produto de bom aspecto, e o fato de o material plástico de amido de mandioca ser usado na fabricação de vasos para plantas