Há espaço para o sagrado no horizonte conceitual e experiencial do homem contemporâneo?

Este artigo propõe-se a dialogar com a noção de sagrado, buscando situá-la no contexto das sociedades contemporâneas. Partindo de um esboço histórico da civilização ocidental e ancorado nas contribuições teóricas de autores como Rudolf Otto, Mircea Eliade e outros, o sagrado é situado em sua dimensão histórica e simbólica e revisitado a partir da análise da experiência do sujeito no mundo. Em tal contexto, a psicologia – em sua abordagem existencial-humanista – busca aprofundar esse diálogo, destacando a importância da sacralidade em face da angústia da finitude e das questões de sentido último. Ressaltando, pois, o caráter simbólico, cultural e histórico das experiências com o sagrado, este artigo busca refletir sobre as reconfigurações das experiências religiosas nos contextos atuais, tendo em vista sua importância na construção incessante de sentidos existenciais