Imagens, vozes e identidade nas práticas artísticas latino-americanas

From a critical position regarding the importance that the visual assumes both in the political public sphere and in the specific domain of art, the article discusses the way identities are structured under colonial, gender and sexual perspectives in a public space conformed by the arendtian notion of space of appearance. While many feminist artists propose an articulation of their practices with a critique of visuality, investing in sound and texts productions – like Narcisa Hirsch, Rubiane Maia and Gloria Camiruaga –, in parallel, black feminist authors have been calling attention to the potential of voices and speech in order to face interseccionalized oppressions. There is an interest here in connecting the political dimension of art produced recently in Latin America and discussions held by political theories regarding the production of identities.A partir de uma posição crítica, com relação à importância que o visual assume tanto na esfera pública política geral quanto no domínio específico da arte, o artigo discute o modo como as identidades se estruturam sob perspectivas coloniais, sexuais e de gênero, em um espaço público conformado à noção arendtiana de espaço da aparência. Enquanto muitas artistas feministas propõem uma articulação de suas práticas com uma crítica da visualidade, investindo em produções sonoras e textuais – como Narcisa Hirsch, Rubiane Maia e Gloria Camiruaga –, em paralelo, feministas negras vêm destacando a potência das vozes e da fala ao enfrentar opressões interseccionalizadas. Interessa aqui uma aproximação entre a dimensão política da arte, produzida recentemente na América Latina, e discussões levantadas por teorias políticas no que se refere às produções de identidades