FAKE NEWS NO PROCESSO ELEITORAL BRASILEIRO DE 2018: Efeitos de sentidos circulantes em sociedade

This paper aims to analyze the effects of meaning materialized in a Fake News taken from the news checking agency, APF (2018), which circulated in the media channels during the 2018 Brazilian presidential elections. Our methodological theoretical contribution is anchored, above all, in the works derived from discourse analysis of pecheutian affiliation, from which we mobilize the notions of discursive formation and discursive memory. The gestures of description and interpretation mobilized in the analysis show the discursive formation of the corrupt politician, updating the discursive memory of the historical event of the Mensalão and Operation Lava Jato processes, which culminated in the arrest of former President Lula. The movement of meaning of the materiality establishes the elaboration of a discursive network, summoning sites of significance that make resume the already said "Lula thief" and "A good criminal is a dead criminal" whose meanings point to a moralist discourse crossed by the discourse of hate that manufactures the rhetoric of good citizen versus evil citizen.Este trabalho tem o objetivo de analisar os efeitos de sentido materializados em uma Fake News retirada da agência de checagem de notícias, APF (2018), que circulou nas vias midiáticas durante as eleições presidenciais brasileiras de 2018. Nosso aporte teórico metodológico ancora-se, sobretudo, nos trabalhos derivados da análise do discurso de filiação pecheutiana, a partir do qual mobilizamos as noções de formação discursiva e de memória discursiva. Os gestos de descrição e interpretação mobilizados na análise mostram a formação discursiva do político corrupto, atualizando a memória discursiva do acontecimento histórico dos processos do Mensalão e Operação Lava Jato, que culminou na prisão do ex-presidente Lula. A movimentação de sentido da materialidade instaura a elaboração de uma rede discursiva, convocando sítios de significância que fazem retomar os já ditos “Lula ladrão” e “Bandido bom é bandido morto” cujos sentidos apontam um discurso moralista atravessado pelo discurso de ódio que fabrica a retórica do cidadão de bem versus cidadão do mal