Sméagol/Gollum: a study about the character’s ambivalence and its role in Tolkien’s work

Esta pesquisa de mestrado almejou realizar, no âmbito dos estudos de High Fantasy e gótico, a análise do personagem Sméagol/Gollum, pertencente a O Hobbit ([1937-1951] 2004; 1998) e O Senhor dos Anéis ([1954-1955] 2012; 2001), de John Ronald Reuel Tolkien. O objetivo principal dessa pesquisa consistiu em compreender a ambivalência apresentada pelo personagem e demonstrar como esse aspecto foi significativo para a construção da trama, bem como da própria jornada desse indivíduo e dos seres ao seu redor. Além da questão da duplicidade de personagem e de como tal fenômeno é configurado nos dois romances, pretendeu-se entender em que medida a renomeação do personagem (de Sméagol a Gollum) está atrelada a aspectos de bem e mal e a questões identitárias. Como aporte teórico para o gênero fantasia, recorremos a Jackson (1998), Mendlesohn (2008), Tolkien ([1964] 2013) Roas (2014), Arantes (2016), Campra (2016) e Correia (2021); para o gênero High Fantasy, pautamo-nos nas considerações de Alexander (1971); para o gótico, utilizamos Botting (1996), Punter (2004), Rossi (2008), Albuquerque (2013) e França (2016; 2017); quanto à análise do personagem, apoiamo-nos em Brait (1985; 2017), Candido (1985) e Reis (2018); em relação ao duplo, fundamentamos a pesquisa em Rosset (1988), Amorim (2009), Garcia (2009), Rank (2013) e Freud ([1919] 2020).This Master's research aimed at carrying out, within the scope of High Fantasy and Gothic studies, the analysis of Sméagol/Gollum, a character belonging to the The Hobbit ([1937-1951] 2004; 1998) and The Lord of the Rings ([1954-1955] 2012; 2001), by John Ronald Reuel Tolkien. The main objective of this research was to understand the ambivalence presented by the character and demonstrate how this aspect was significant for the construction of the plot, as well as the journey of this individual and the beings around him. In addition to the issue of character duplicity and how this phenomenon is configured in both novels, we intended to understand up to what extent the character's renaming (from Sméagol to Gollum) is related to aspects of good and evil and identity issues. As theoretical framework related to fantasy as a genre, we turned to Jackson (1998), Mendlesohn (2008), Tolkien ([1964] 2013), Roas (2014), Arantes (2016), Campra (2016) and Correia (2021); in terms of High Fantasy as a genre, we were guided by Alexander (1971); for the Gothic, we resorted to Botting (1996), Punter (2004), Rossi (2008), Albuquerque (2013) and França (2016; 2017); as for the analysis of the character, we based ourselves on Brait (1985; 2017), Candido (1985) and Reis (2018); regarding the Doppelgänger, we applied studies from Rosset (1988), Amorim (2009), Garcia (2009), Rank (2013) and Freud ([1919] 2020).Não recebi financiament