Pegadas de Mulan na encenação de Raya: imaginários sociodiscursivos em construção

Nesta dissertação de mestrado, procura-se refletir acerca da construção dos imaginários sociodiscursivos do feminino depreendidos de dois filmes “de princesa” da Disney, constituintes do corpus pesquisado, a saber: “Mulan” (1998) e “Raya e úlitmo Dragão” (2021). Tendo em vista que as animações produzidas pela Walt Disney Studios têm um enorme impacto na sociedade e fazem sucesso no mundo inteiro, influenciando meninas e meninos que assistem às produções fílmicas, é possível afirmar que fazem circular socialmente com grande força determinados imaginários sobre a mulher e sobre as princesas. Assim, esta pesquisa assume como objetivo geral analisar esses imaginários sociodiscursivos que orientam a construção das identidades discursivas de duas princesas do Universo Disney, a saber: Mulan, de “Mulan” (1998), e Raya, de “Raya e o último dragão” (2021). Nos 23 anos que separam as duas animações, supõe-se, como hipótese principal do trabalho, que muito do imaginário social e discursivo que se faz da mulher mudou e, consequentemente, a relação de descoberta que Mulan estabelece com ela mesma é diferente daquela flagrada em Raya. Esta investigação estará embasada, essencialmente, na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, de Patrick Charaudeau, além de lançar mão de incursões teóricas advindas de Mira (2017), bell hooks (2019), Michelli (2020) e Kerbrat-Orecchioni (1980).In this master's dissertation, it is researched to reflect on the construction of the sociodiscursive imaginaries of the two Disney "princess" films, constituents of the feminine corpus, namely: "Mulan" (1998) and "Raya e úlitmo Dragão" (2021). In view of the success achieved by Walt Disney Studios, the studios have an enormous impact on society and do so all over the world, influencing girls and boys who watch physical productions, it is to say that they circulated socially with great decisive force for women and women. about princesses. Thus, this research assumes the general objective of analyzing these sociodiscursive imaginaries that guide the construction of the discursive identities of two princesses from the Disney Universe, namely: Mulan, from “Mulan” (1998), and Raya, from “Raya and the Last Dragon” (2021). In the 23 that separate as two animations, it is assumed, as the main hypothesis of the work, that much of the social and discursive imaginary of women has changed and, consequently, the relationship of discovery that Mulan establishes with herself is different from that in Raya. . This investigation will be based, essentially, on the Semiolinguistic Theory of Discourse Analysis, by Patrick Charaudeau, in addition to hand analysis of techniques derived from Mira (2017), bell hooks (2019), Michelli (2020) and Kerbrat-Orecchi (1980) .100 p