CRESCIMENTO E TROCAS GASOSAS DE PLANTAS JOVENS DE AÇAÍ (Euterpe oleraceae) SOB DOIS REGIMES HÍDRICOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL.

Na floresta Amazônica, o açaizeiro (Euterpe oleracea, Mart.) destaca-se por ser a palmeira mais produtiva desse estuário, tanto em frutos como em gêneros derivados da planta. Sendo assim, o experimento foi realizado em casa de vegetação pertencente à Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pa, nos meses de setembro a novembro de 2011. Plantas jovens de açai (Euterpe Oleraceae Mart), de 6 meses de idade, propagadas sexuadamente, foram transplantadas para vasos contendo 6 kg de um latossolo amarelo. Após 30 dias do transplantio (período de aclimatação), as plantas foram submetidas à irrigação diferenciada, compondo dois regimes hídricos diferentes (tratamentos), a saber: irrigado (controle) e déficit hídrico. Para o tratamento irrigado, as plantas foram mantidas sob constante irrigação conforme descrito anteriormente; enquanto para o tratamento de déficit hídrico as plantas foram submetidas à suspensão completa da irrigação durante todo o período experimental subseqüente. A avaliação dos tratamentos foi realizada nos tempos 0, 4, 8, 12 e 16 dias da imposição do déficit hídrico. Os efeitos do déficit hídrico foram avaliados por meio de variáveis de crescimento e trocas gasosas, relacionados ao controle da abertura e fechamento estomático e manutenção do status hídrico foliar. O período de dezesseis dias após a suspensão da irrigação foi suficiente para promover um déficit hídrico expressivo. Assim, foi observado que o potencial hídrico de antemanhã foi reduzido de -0,03 MPa para -2,58 Mpa. Para a condutância estomática, foi observado que o curso dos dias de experimento seguiu o mesmo padrão observado para a transpiração, mas com a concavidade inversa das regressões obtidas para cada um dos tratamentos. O déficit hídrico por dezesseis dias resultou em alterações consideráveis nas variáveis biofísicas avaliadas, principalmente na condutância estomática, cuja redução não foi por si só, uma estratégia eficiente na manutenção do status hídrico foliar. O déficit hídrico por dezesseis dias resultou em reduções significativas em todas as variáveis de crescimento avaliadas