A Escola do Recife: recensão e crítica no interior da História do Direito e do pensamento social brasileiro

A chamada “Escola do Recife” foi, inegavelmente, um dos marcos da evolução dos estudos no campo do Direito em território nacional. Ainda assim, seu nome traz consigo um conjunto de controvérsias que vão desde a definição de seus contornos teóricos, filosóficos, políticos e doutrinários, até o limite da atuação e força de seus integrantes ao longo do Brasil republicano. Procuramos delimitar no presente artigo nosso entendimento em torno da definição do movimento, especialmente no limite das ideias de Tobias Barreto de Menezes (1839-1889) e sua contribuição para o campo do Direito brasileiro num contexto de transição do Brasil Império ao Brasil republicano, da circulação internacional da chamada “nova intuição” do Direito em território nacional, apontando para as possíveis contribuições para a renovação na formação dos jovens bacharéis e das definições da justiça naquele contexto, bastante demarcada pela formulação da noção de “culturalismo” aplicada ao Direito