UMA MULTIPOLARIDADE BIPOLAR? OS DESAFIOS E AS POSSIBILIDADES DO BRASIL FRENTE A UMA NOVA ARQUITETURA DO SISTEMA INTERNACIONAL

<p>Este artigo emerge da análise conjuntural, a partir da qual se apreende um reordenamento sistêmico que encaminha a uma nova arquitetura do sistema internacional. Tal situação traz efeitos ao Brasil, o que conduz ao problema de pesquisa deste artigo resumido na seguinte pergunta: quais os desafios e as possibilidades para o Brasil frente à nova arquitetura do sistema internacional? Lança-se a hipótese de que está em formação uma <em>multipolaridade bipolar</em>, na qual a estrutura das relações internacionais se dirige à constituição de dois grandes blocos que absorvem as potências presentes em um mundo considerado, até então, multipolar. Os Estados Unidos e a China emergem enquanto as lideranças desses blocos contrapostos, os quais serão mais bem investigados ao longo do trabalho. Desse modo, propõe-se uma abordagem qualitativa, a qual através da metodologia hipotética-dedutiva da Análise de Conjuntura encontra sustentação nas Teorias das Relações Internacionais, com ênfase no Paradigma Realista. Aponta-se, enfim, que tal cenário é positivo para o Brasil enquanto potência média, no que cabe a este se utilizar de uma política externa equidistante e pragmática em vias de barganhar maiores benefícios.</p&gt